Horacio Quiroga: diferenças entre revisões

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Traduzi da página da Wikipedia de Horacio Quiroga em espanhol. Seção Obra.
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Em [[1937]], após ter sido diagnosticado com [[câncer]], Quiroga cometeu [[suicídio]], ingerindo uma dose letal de [[cianureto]].
 
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==Obras==
 
== Obra ==
Seguidor da escola modernista fundada por [[Rubén Darío]] e leitor obsessivo de [[Edgar Allan Poe]] e [[Guy de Maupassant]], Quiroga foi atraído por temas que incluíam os mais estranhos aspectos da natureza, muitas vezes tingidos de horror, doença e sofrimento para os seres humanos. Muitas de suas histórias pertencem a esta corrente, cuja obra mais emblemática é a coletânea [[Contos de Amor, de Loucura e de Morte]].
 
Por outro lado, percebe-se em Quiroga, a influência do britânico [[Rudyard Kipling]] ''(O Livro da Selva)'', que se cristalizaria em seu próprio [[Contos da Selva]], delicioso exercício de fantasia dividido em várias histórias protagonizadas por animais. Seu [[Decálogo do perfeito contista]], dedicado aos escritores novatos, estabelece certas contradições com sua própria obra. Enquanto o Decálogo prega um estilo econômico e preciso, empregando poucos adjetivos, escrita natural e simples e clareza na expressão, em muitas de suas histórias Quiroga não segue seus próprios preceitos e usa uma linguagem ornamentada, com abundantes adjetivos e um vocabulário, às vezes, extravagante.
 
Ao desenvolver ainda mais seu estilo particular, Quiroga evoluiu para o retrato realista '''(quase sempre angustiado e desesperado)''' da natureza selvagem que o rodeava em [[Misiones (província)|Misiones]]: a selva, o rio, a fauna, o clima e o terreno formam o andaime e o cenário em que seus personagens se movem, padecem e frequentemente, morrem. Especialmente em seus relatos, Quiroga descreve, com arte e humanismo, a tragédia que persegue os miseráveis trabalhadores rurais da região, os perigos e sofrimentos a que se veem expostos e o modo pelo qual essa dor existencial se perpetua nas gerações seguintes. Além disso, ele tratou de muitos assuntos considerados tabus na sociedade do início do século XX, revelando-se um escritor audacioso, alheio ao medo e avançado em suas ideias e tratamentos. Atualmente, estas particularidades seguem sendo evidentes na leitura de seus textos.
 
Alguns estudiosos da obra de Quiroga acreditam que o fascínio pela morte, acidentes e doenças (que o relaciona com Edgar Allan Poe e [[Charles Baudelaire|Baudelaire]]) se deve à vida incrivelmente trágica que teve. Sendo isto verdade ou não, Horácio Quiroga, de fato, deixou para a posteridade algumas das mais terríveis, brilhantes e transcendentais obras da literatura hispano-americana do século XX.
 
==Bibliografia==
Cronologia bibliográfica de publicações em vida do autor: