Apartheid de género: diferenças entre revisões

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=== Cristianismo ===
[[Imagem:Noli me assisi.jpg|miniatura|250px|direita|"Noli me tangere" - Fresco do Século XIII, provável autor Giotto. Segundo os textos sagrados cristãos, foi a Maria Madalena que Jesus Cristo apareceu pela primeira vez após a Ressurreição.]] Os termos "apartheid de género" e "apartheid sexual" também foram usados ​​para descrever o tratamento diferenciado das mulheres em instituições como a [[Igreja Anglicana]] <ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/uk/2001/oct/25/religion.world|titulo=Church persists with sexual apartheid, say women priests|data=25 de Outubro de 2001|acessodata=|publicado=The Guardian|ultimo=Bates|primeiro=Stephen}}</ref> e a [[Igreja católica Romana|Igreja Católica Romana]]. A ministra e escritora presbiteriana Patricia Budd Kepler aponta para a luta institucionalizada das mulheres pela aceitação no clero e liderança religiosa como exemplo de apartheid de género. Especificamente, Kepler critica as concepções tradicionais de masculinidade e feminilidade que limitam a autoridade feminina na igreja, insistindo, em vez disso, em que a entrada das mulheres no ministério não perturba a ordem divina.<ref>{{citar web|url=https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/004057367803400408|titulo=Women Clergy and the Cultural Order.|data=Janeiro de 1978|publicado=Theology Today Vol. 34 - i. 4 pag. 402–409.|ultimo=Kepler|primeiro=Patricia Budd}}</ref> Da mesma forma, Susan D. Rose descreve a estrutura familiar patriarcal das igrejas cristãs evangélicas na América como mantendo o apartheid de género. <ref>{{citar livro|título=Religious Fundamentalisms and the Human Rights (ed. Courtney W. Howland)|ultimo=D. Rose|primeiro=Susan|editora=Palgrave MacMillan|ano=2001|local=|páginas=9-11|acessodata=}}</ref>
 
A Igreja Católica Romana foi identificada como perpetuadora do apartheid de género devido à listagem do Vaticano de "a tentativa de ordenação sagrada de uma mulher" como uma ''delicta graviora'' - em outras palavras, um crime de igual importância ao abuso sexual de menores e "aquisição, posse ou distribuição de pornografia infantil por um clérigo ". <ref>{{citar web|url=http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20111123_levada-belo-horizonte_en.html|titulo=CONSIDERATIONS ON THE DELICTA GRAVIORA|data=23 de Novembro de 2011|acessodata=|publicado=Vaticano|ultimo=Levada|primeiro=William (Cardeal)}}</ref> <ref name=":1">{{citar web|url=https://www.ontheissuesmagazine.com/2010summer/2010summer_Bonavoglia.php|titulo=Women Challenge Gender Apartheid in the Catholic Church|data=|acessodata=30 de Junho de 2019|publicado=On The Issues Magazine|ultimo=Bonavoglia|primeiro=Angela}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://www.nytimes.com/2012/09/30/opinion/sunday/women-as-priests.html?_r=0|titulo=Women as Priests|data=29 de Setembro de 2012|acessodata=|publicado=The New York Times|ultimo=Levitt|primeiro=Judith}}</ref>À luz disso, alguns caracterizaram a Igreja Católica como endossando o patriarcado e, posteriormente, alienando as mulheres dos papéis de liderança dentro da religião.<ref name=":1" />
 
O Papa Francisco reforçou, em 2016, que "nunca" as mulheres seriam ordenadaS padres na Igreja Católica. O líder da Igreja Católica referiu-se à carta apostólica ''Ordinatio Sacerdotalis'', do Papa João Paulo II, de 1994, que entre outros motivos para a proibição aponta o exemplo de Jesus Cristo, que escolheu os seus Apóstolos apenas entre os homens; segundo o documento, a exclusão das mulheres do sacerdócio "está de acordo com o plano de Deus para a sua Igreja." <ref>{{Citar periódico|ultimo=Kirchgaessner|primeiro=Stephanie|data=2016-11-01|titulo=Pope Francis says women will never be Roman Catholic priests|url=https://www.theguardian.com/world/2016/nov/01/pope-francis-women-never-roman-catholic-priests-church|jornal=The Guardian|lingua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref> <ref>{{Citar web|titulo=Ordinatio Sacerdotalis (May 22, 1994) {{!}} John Paul II|url=https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/en/apost_letters/1994/documents/hf_jp-ii_apl_19940522_ordinatio-sacerdotalis.html|obra=w2.vatican.va|acessodata=2019-07-03}}</ref>
 
O papel de [[Maria Madalena]], como aponta [[Elisabeth Fiorenza]], é posto de ladoː "(...) enquanto as histórias de [[Judas Iscariotes|Judas]] e [[Pedro, o Apóstolo|Pedro]] estão gravadas na memória dos cristãos, a história da mulher ''(i.é, Maria Madalena)'' é virtualmente esquecida. Embora Jesus declare em Marcos: "E em verdade vos digo que, onde quer que o evangelho seja pregado em todo o mundo, o que ela fez será contado em memória dela" (14: 9) (...) O nome do traidor é lembrado, mas o nome do fiel discípulo é esquecido porque ela era uma mulher." <ref>{{citar livro|título=In Memory of Her (10.a edição)|ultimo=Fiorenza|primeiro=Elisabeth Schussler|editora=Crossroad Publishing Company|ano=1994|local=|páginas=xiii|acessodata=}}</ref>
 
=== Islão ===