John Wayne Gacy: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m v2.01b - Corrigido usando WP:PCW (Link igual ao texto do link)
→‎Vítimas não identificadas: Ampliação do verbete com base no seu congênere anglófono. Revisões são bem vindas
Linha 105:
Através de sua filiação ao [[:en:Moose_International|Moose Club]] local, Gacy tomou conhecimento de um clube de palhaços "Jolly Joker" cujos membros regularmente se apresentavam em eventos de arrecadação de fundos e paradas, além de entreter voluntariamente crianças em hospitais<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/12421532|título=Buried dreams : inside the mind of a serial killer|ultimo=Cahill, Tim.|primeiro=|data=1986|editora=Bantam Books|ano=|local=New York|página=143|páginas=|isbn=0553051156|oclc=12421532|acessodata=}}</ref>. Ao cabo do ano de 1975, Gacy juntou-se aos Jolly Jokers e criou os seus próprios personagens: "Pogo, o Palhaço" e "Patches, o Palhaço". Gacy fez as sua próprias roupas de palhaço e aprendeu a aplicar a maquiagem a si mesmo, muito embora alguns palhaços profissionais tenham notado que os cantos aguçados de sua boca eram contrários às bordas arredondadas que os palhaços profissionais comumente usam com vistas a não assustar as crianças<ref name=":9" />. É sabido que Gacy tenha atuado como "Pogo" ou "Patches" em várias festas locais, eventos do Partido Democrata e de caridade, além de ter atuado em hospitais infantis<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/12421532|título=Buried dreams : inside the mind of a serial killer|ultimo=Cahill, Tim.|primeiro=|data=1986|editora=Bantam Books|ano=|local=New York|páginas=145-147|isbn=0553051156|oclc=12421532|acessodata=}}</ref>. Também é conhecido o fato dele ter ido, trajado como palhaço, no seu bar favorito, o qual era chamado "The Good Luck Lounge", em várias oportunidades com a justificativa de que ele havia se apresentado em um evento de caridade e estava passando por lá apenas para uma bebida social antes de ir embora para casa<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/5564916|título=The man who killed boys|ultimo=Linedecker, Clifford L.|primeiro=|data=1980|editora=St. Martin's Press|ano=|local=New York|página=111|páginas=|isbn=0312511574|oclc=5564916|acessodata=}}</ref>.
 
Em 1975 Gacy disse a sua esposa que ele era bissexual<ref name=":10">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/12421532|título=Buried dreams : inside the mind of a serial killer|ultimo=Cahill, Tim.|primeiro=|data=1986|editora=Bantam Books|ano=|local=New York|página=102|páginas=|isbn=0553051156|oclc=12421532|acessodata=}}</ref>. Depois que ambos fizeram sexo no [[Dia das Mães|dia das mães]] daquele ano, ele disse a ela que seria "a última vez" que eles teriam sexo<ref name=":8" />. Ele passou a ficar a maior parte das noites longe de casa com a desculpa de que ele estava trabalhando até tarde<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/5564916|título=The man who killed boys|ultimo=Linedecker, Clifford L.|primeiro=|data=1980|editora=St. Martin's Press|ano=|local=New York|página=66|páginas=|isbn=0312511574|oclc=5564916|acessodata=}}</ref>. Sua esposa notou Gacy a trazer adolescentes à sua garagem, além de ter encontrado pornografia gay dentro de sua casa<ref name=":35">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/5564916|título=The man who killed boys|ultimo=Linedecker, Clifford L.|primeiro=|data=1980|editora=St. Martin's Press|ano=|local=New York|página=68|páginas=|isbn=0312511574|oclc=5564916|acessodata=}}</ref>. Eles se divorciaram consensualmente em março de 1976<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/5564916|título=The man who killed boys|ultimo=Linedecker, Clifford L.|primeiro=|data=1980|editora=St. Martin's Press|ano=|local=New York|página=87|páginas=|total-páginas=|isbn=0312511574|oclc=5564916|acessodata=}}</ref>.
 
== Primeiros assassinatos ==
Linha 364:
 
Em 2013, as autoridades de Illinois recomeçaram a tentativa de identificar os corpos restantes. Em maio deste ano, acabou se desvendando outro desaparecimento que achavam ser uma das vítimas da Gacy, mas como o DNA não correspondeu, o caso foi encaminhado para a polícia de New Jersey, a qual buscou nos arquivos de pessoas desaparecidas alguma compatibilidade e encontrou. Os restos mortais eram de Steven Soden<ref>{{Citar web|titulo=Authorities ID Bones of NJ Teen Who Went Missing in 1972|url=http://www.nbcnewyork.com/news/local/Missing-NJ-Boy-1972-Remains-Steven-Soden-Paterson-207451661.html|obra=NBC New York|acessodata=2019-03-29|lingua=en|primeiro=Jon|ultimo=Schuppe}}</ref>, um jovem de 16 anos que desapareceu durante uma excursão de seu orfanato, em 1972. Não se descobriram as circunstâncias de sua morte.
 
=== Disputa acerca da identificação de Michael Marino ===
Em 2012, testes de DNA realizados nos restos mortais identificados como sendo de Michael Marino revelaram que os estes foram mal identificados. A mãe de Marino sempre duvidou da identificação por conta de que a roupa encontrada junto ao cadáver era inconsistente com a que seu filho usara quando ela o viu pela última vez. Além disso, a radiografia da arcada dentária realizada no cadáver identificado como Michael Marino havia revelado que a vítima possuía todos os seus segundos molares, ao passo que a radiografia realizada em março de 1976 mostrara que um molar ainda não havia irrompido<ref>{{Citar web|titulo=Alleged victim of John Wayne Gacy to be exhumed|url=https://www.chicagotribune.com/news/ct-xpm-2011-10-07-ct-met-john-wayne-gacy-victim-20111007-story.html|obra=chicagotribune.com|acessodata=2019-07-08|lingua=en-US|primeiro=Erika Slife and Steve Mills, Tribune|ultimo=reporters}}</ref>. Todavia, o ortodontista que identificou os restos de Marino afirmou a sua certeza na precisão de suas descobertas acrescentando que ele "comparou 32 dentes e provavelmente mais dúzia deles tinham preenchimentos muito distintos e cada um deles era consistente com Michael Marino<ref>A identificação equívoca do corpo identificado como o de Michael Marino foi contestada porque nem o osso da maxila, tampouco o da mandíbula, estavam presentes no corpo exumado. Testes de DNA realizados no corpo de Kenneth Ray Parker também provou que o corpo de Marino não havia sido enterrado equivocadamente como o de Parker, levando à especulação de que os restos mortais incorretos de outra vítima de Gacy haviam sido liberados para a mãe de Marino como sendo os de seu filho; ou de que ambos os jovens tenham sido identificados erroneamente (os parentes de Kenneth Parker se recusaram a fazer os testes de DNA).</ref>.
 
=== Possíveis vítimas adicionais ===
À época da prisão de Gacy, ele havia alegado tanto aos investigadores de Des Plaines quanto aos de Chicago que o número total de vítimas assassinadas por ele poderia chegar a 45<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/48686002|título=Killer clown : the John Wayne Gacy murders|ultimo=Sullivan, Terry (Lawyer)|primeiro=|data=1983|editora=Pinnacle Books|ano=|local=New York|página=196|páginas=|isbn=0786014229|oclc=48686002|acessodata=}}</ref>. Entretanto, apenas 33 corpos já encontrados podiam ser ligados a Gacy. Os agentes escavaram o terreno de sua casa até que expuseram o [[subsolo]] de argila abaixo dos alicerces, ainda que apenas 29 corpos fossem encontrados enterrados em sua propriedade<ref>{{Citar web|titulo=The Evening News - Pesquisa no arquivo do Google Notícias|url=https://news.google.com/newspapers?nid=1982&dat=19790318&id=oHdGAAAAIBAJ&sjid=RioNAAAAIBAJ&pg=2520,2232357|obra=news.google.com|acessodata=2019-07-08}}</ref>. Quando perguntado se havia mais vítimas, Gacy simplesmente disse "Isso é para vocês descobrirem"<ref>{{Citar web|titulo=Retired detective wants Gacy probe reopened|url=https://www.chicagotribune.com/news/breaking/ct-bn-xpm-2011-03-18-29143715-story.html|obra=chicagotribune.com|acessodata=2019-07-08|lingua=en-US|primeiro=Larry|ultimo=Potash}}</ref>.
 
No 8 de maio de 1977, Charles Hattula foi encontrado afogado em um rio próximo a [[Freeport (Illinois)|Freeport, Illinois]]<ref>Kozenczak (2012), p. 116</ref>. Hattula, um funcionário da PDM Contractors havia sido ligado à investigação inicial sobre Gacy depois do desaparecimento de Robert Piest; isto foi após que o mesmo funcionário que informara os investigadores sobre o desaparecimento de Gregory Godzik os informou sobre sobre a morte de Hattula. Para além disso, tal funcionário alegou que Hattula era conhecido por ter desavenças com Gacy<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/48686002|título=Killer clown : the John Wayne Gacy murders|ultimo=Sullivan, Terry (Lawyer)|primeiro=|data=1983|editora=Pinnacle Books|ano=|local=New York|página=99|páginas=|isbn=0786014229|oclc=48686002|acessodata=}}</ref>; este informou a vários de seus empregados que o jovem havia se afogado depois do corpo de Hattula ter sido recuperado do Rio Pecatonica. As autoridades de Des Plaines contataram com seus colegas em Freeport durante a investigação acerca de Gacy, mas disseram que o jovem morreu dada sua queda de uma ponte<ref name=":36">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/48686002|título=Killer clown : the John Wayne Gacy murders|ultimo=Sullivan, Terry (Lawyer)|primeiro=|data=1983|editora=Pinnacle Books|ano=|local=New York|página=124|páginas=|isbn=0786014229|oclc=48686002|acessodata=}}</ref>. À época da morte de Hattula, Gacy tinha ficado noivo e sua noiva havia se mudado para sua casa, o que deixa a possibilidade de Gacy ter se livrado do corpo de Hattula no Rio Pecatonica no lugar de enterrá-lo no espaço sob o soalho de sua casa. Porém, a morte de Hattula foi considerada, oficialmente, como acidental<ref name=":36" />.
 
Gacy afirmou depois de ter atacado e libertado Jeffrey Rignall em março de 1978 que ele começou a desovar suas vítimas no Rio Des Plaines. Ele confessou ter descartado cinco cadáveres desse modo. Mas, apenas quatro corpos foram encontrados no rio e conclusivamente confirmados como vítimas de Gacy. Dado o espaço de tempo de mais de quatro meses entre a data dos assassinatos e da primeira e segunda vítimas conhecidas terem sido jogadas ao rio, é possível que esta vítima desconhecida tenha sido morta entre junho e novembro de 1978<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/12421532|título=Buried dreams : inside the mind of a serial killer|ultimo=Cahill, Tim.|primeiro=|data=1986|editora=Bantam Books|ano=|local=New York|página=220|páginas=|isbn=0553051156|oclc=12421532|acessodata=}}</ref>.
 
Um agente policial aposentado de Chicago chamado Bill Dorsch<ref>{{Citar web|titulo=Sheriff barred from digging for more Gacy victims|url=https://www.chicagotribune.com/news/breaking/chi-sheriff-wants-new-dig-for-gacy-victims-20120329-story.html|obra=chicagotribune.com|acessodata=2019-07-09|primeiro=By Steve|ultimo=Mills}}</ref> afirmou que tinha motivos para acreditar que pode ter mais vítimas enterradas no terreno do prédio de apartamentos no quarteirão 6100 da Avenida West Miami em Chicago; uma propriedade a qual Gacy foi zelador por vários anos antes de ter sido preso em 1978. Em 1975, Dorsch — então um policial de Chicago — observou Gacy (o qual ele conhecia de forma casual), segurando uma pá nas primeiras horas da manhã. Quando confrontado por Dorsch quanto as suas ações, Gacy disse que estava a trabalhar e estava muito ocupado durante o dia. Dorsch também alegou que vários outros residentes da Avenida West Miami disseram que, no início até meados da década de 1970, viram Gacy cavando valas nos terrenos da propriedade<ref>{{Citar web|titulo=Grave mistake: the controversial, high-tech search for John Wayne Gacy's lost victims|url=https://www.theverge.com/2013/5/10/4315390/the-controversial-high-tech-search-for-john-wayne-gacy-lost-victims|obra=The Verge|data=2013-05-10|acessodata=2019-07-09|lingua=en-US|primeiro=Matt|ultimo=Stroud}}</ref>; um desses residentes também disse que Gacy colocaria plantas mas valas que ele havia cavado. À época que tais ações foram observadas, Gacy ainda era casado com Carole Hoff<ref>{{Citar web|titulo=The Southeast Missourian - Pesquisa no arquivo do Google Notícias|url=https://news.google.com/newspapers?nid=1893&dat=19981112&id=zJEkAAAAIBAJ&sjid=w9wFAAAAIBAJ&pg=1375,1891358|obra=news.google.com|acessodata=2019-07-09}}</ref>. Depois do seu primeiro assassinato em 1972, não se sabe que ele tenha enterrado nenhuma vítima de seus homicídios embaixo de sua casa até um mês depois de seu divórcio, em março de 1976. (John Butkovich havia sido enterrado sob sua garagem e um vítima desconhecida definida como "corpo 28" havia sido enterrada no seu quintal.) A esposa de Gacy havia informado aos agentes policiais que, em várias ocasiões nos anos que antecederam sua separação, que ela tinha encontrado várias carteiras de homens e cartões de identidade descartados aos arredores do terreno na Summerdale, 8213<ref name=":35" />. Quando ela confrontou Gacy acerca disto, ele agressivamente a disse que propriedade não era da sua conta<ref name=":35" />.
 
Em março de 2012, os subordinados do xerife do Condado de Cook fizeram um pedido para escavar o terreno dessa propriedade. Todavia, o procurado do estado no Condado de Cook negou tal pedido ao afirmar a falta de uma provável causa como razão do pedido ter sido negado (incluindo a busca pregressa de 1998)<ref>{{Citar web|titulo=Sheriff wants to excavate in search of Gacy victims|url=https://www.chicagotribune.com/news/ct-xpm-2012-03-30-ct-met-gacy-dig-20120330-story.html|obra=chicagotribune.com|acessodata=2019-07-09|lingua=en-US|primeiro=Steve Mills, Chicago Tribune|ultimo=reporter}}</ref>. Entretanto, o escritório do xerife notou que, em 1998, uma pesquisa por radar havia notado 14 áreas de interesse dentro do terreno da propriedade, ainda que apenas duas dessas 14 anomalias (descobertas pelo radar) tinham sido escavadas. Das 12 restantes, as quais a polícia não havia examinado em detalhe naquela ocasião, quatro foram descritas como "incrivelmente sugestivas" como esqueletos humanos<ref>{{Citar web|titulo=To Parents of the Missing in Chicago: A Note About John Wayne Gacy|url=https://www.huffpost.com/entry/john-wayne-gacy-search_b_2569172|obra=HuffPost|data=2013-02-01|acessodata=2019-07-09|lingua=en|primeiro=Tracy|ultimo=Ullman|primeiro2=ContributorFreelance television|ultimo2=producer}}</ref>. Além disso, Bill Dorsch proveu à polícia uma carta da empresa de radares que a busca de 1998 estava incompleta<ref>{{Citar web|titulo=Sheriff barred from digging for more Gacy victims|url=https://www.chicagotribune.com/news/breaking/chi-sheriff-wants-new-dig-for-gacy-victims-20120329-story.html|obra=chicagotribune.com|acessodata=2019-07-09|primeiro=By Steve|ultimo=Mills}}</ref>.
 
Um segundo pedido para escavar os terrenos da Avenida West Miami foi apresentado ao promotor do Condado de Cook pelo xerife Tom Dart em outubro de 2012. Tal pedido foi concedido em janeiro de 2013; uma busca na propriedade foi realizada na primavera do mesmo ano. Tanto os cães farejadores do FBI, quanto os equipamentos de radar de penetração ao solo foram usados na segunda busca da Avenida West Miami; a busca, entretanto, não revelou quaisquer restos humanos<ref>{{Citar web|titulo=Search of killer John Wayne Gacy's mother's home fruitless; county sheriff to keep hunting|url=https://www.timescolonist.com/news/world/search-of-killer-john-wayne-gacy-s-mother-s-home-fruitless-county-sheriff-to-keep-hunting-1.109486|obra=Times Colonist|acessodata=2019-07-09|primeiro=The Associated|ultimo=Press}}</ref><ref>Houve questionamentos acerca da integridade e meticulosidade da segunda busca feita na Avenida West Miami argumentando-se que o solo ainda estava congelado quando do momento da busca e que a imprensa não havia sido informada (20 de março); que tinha sido feito uma busca no terreno seis dias após a procura ter sido realizada; e que aos cães usados na busca apenas havia sido dado amostras de solo. </ref>.
 
==''Modus Operandi''==