Apartheid de género: diferenças entre revisões

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=== Paquistão ===
Na sociedade paquistanesa existe um forte apartheid de género, tendo as mulheres um estatuto subalterno nas esferas política, económica e social. Por exemplo, uma Lei de 1951 impede as mulheres paquistanesas com maridos estrangeiros de obterem para os seus cônjuges a cidadania paquistanesa. Sistemas judiciais paralelos, como as ''jirgas'', continuam a funcionar contra as mulheres, permitindo a continuação de práticas discriminatórias contra elas.<ref>{{Citar web|titulo=Women’s rights in Pakistan: NGOs compile report to show the ‘real’ picture|url=https://tribune.com.pk/story/481390/womens-rights-in-pakistan-ngos-compile-report-to-show-the-real-picture/|obra=The Express Tribune|data=2012-12-19|acessodata=2019-07-09|lingua=en|ultimo=Tribune.com.pk}}</ref>. Apesar de ilegalizadas, as ''jirgas'' permanecem; o governo paquistanês n̴ão consegue, ou tem sérias dificuldades, em impor as suas decisões, neste como noutros casos lesivos da metade feminina da população, como os crimes de "honra".<ref>{{citar web|url=https://tribune.com.pk/story/479508/womens-disempowerment-lack-of-political-will-resource-constraint-major-factors/|titulo=Women’s (dis)empowerment: Lack of political will, resource constraint major factors|data=14 de Dezembro de 2012|acessodata=|publicado=The Express Tribune|ultimo=|primeiro=}}</ref> O primeiro ministro [[Imran Khan|Imram Khan]]. numa visita ás áreas tribais em 2019, prometeu a continuação do sistema de ''"jirgas",'' já que eram "preferidas pelas populações." <ref>{{citar web|url=https://www.dawn.com/news/1493381/jirga-space-slashed|titulo=Jirga space slashed|data=11 de Julho de 2019|acessodata=|publicado=Dawn|ultimo=Rehman|primeiro=I.A.}}</ref>
 
As disparidades de género na actividade económica, educação e literacia, e o [[Razão (matemática)|ratio]] entre os dois sexos,têm sido citadas como prova de apartheid de género sistemático no Paquistão. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Weiss|primeiro=Anita M.|data=1 de Setembro de 2003|titulo=Interpreting Islam and Women's Rights|url=https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/02685809030183007|jornal=International Sociology|lingua=en-US|volume=18|numero=3|paginas=581–601|doi=10.1177/02685809030183007|issn=0268-5809|acessodata=}}</ref>
 
Alguns estudos sugerem que os papéis de género na sociedade paquistanesa são transmitidos através dos manuais escolares do ensino primário e secundário, que negligenciam a inclusão de figuras femininas importantes na história e nos estudos sociais. O apartheid de género é assim institucionalizado através de textos e imagens em que as mulheres são de certo modo invisíveis, apropriadas para papéis domésticos - elas cozinham, elas costuram, elas lavam, elas alimentam, elas cuidam dado casalar - e raramente retratadas a trabalhar fora de casa. Além disso, em termos de personalidade e carácter, homens e mulheres são descritos como opostos distintos: enquanto as mulheres são "vaidosas, tolas e estúpidas", os homens são "inteligentes, corajosos e fortes". Consequentemente, os papéis de género socializados reforçam e perpetuam o apartheid de género.<ref>{{citar periódico|ultimo=Sadia|primeiro=Jabeen|ultimo2=Ilyas|primeiro2=Amir|data=2012|titulo=Gender Role Modelling in Textbooksː Case Study of Urdu Textbooks of Sindh Province|url=|jornal=Pakistan Journal of Women’s Studies: Alam-e-Niswan -Vol. 19, No. 1, 2012, pp.75-93, ISSN: 1024-1256|acessodata=}}</ref>
 
<br />{{referências}}