Paramirim: diferenças entre revisões

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{{ver desambig|o curso-d'água|Rio Paramirim}}
{{Info/Município do Brasil
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<!-- Cabeçalho -->
| nome = Paramirim
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<!-- Dados gerais -->
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'''Paramirim''' é um [[município]] [[brasil]]eiro do [[estados do Brasil|estado]] da [[Bahia]], localizado no [[Sertão]] [[Bahia|Baiano]]. Sua população estimada em 2017 é de 22.286 habitantes.<ref>{{Citar web|url=http://cod.ibge.gov.br/2W9FP|titulo=IBGE {{!}} Cidades {{!}} Bahia {{!}} Paramirim|acessodata=2017-10-05|obra=cod.ibge.gov.br}}</ref>
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== História ==
== História <ref>{{citar web|url=https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/paramirim.pdf|titulo=Paramirim - Histórico|data=|acessodata=|publicado=IBGE|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{citar web|url=https://oecojornal.com.br/municipio-de-paramirim-evolucao-territorial-cartografada/|titulo=MUNICÍPIO DE PARAMIRIM: EVOLUÇÃO TERRITORIAL CARTOGRAFADA|data=|acessodata=15 de julho de 2019|publicado=Jornal O Eco|ultimo=Rodrigues|primeiro=Samuel}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Arqueologia na Bahia|url=http://www.historia-bahia.com/arqueologia.htm|obra=www.historia-bahia.com|acessodata=2019-07-15}}</ref><ref name=":0">{{citar web|url=https://www.cmparamirim.com.br/leiorganica/Lei-Org%C3%A2nica-do-Munic%C3%ADpio-de-Paramirim.pdf|titulo=Lei Orgânica do Município de Paramirim|data=|acessodata=|publicado=Câmara Municipal de Paramirim|ultimo=|primeiro=}}</ref>==
A primeira penetração ocorrida no território deste Município deu-se em consequência da colonização e exploração das minas do [[Rio das Contas]], no município de [[Rio de Contas (Bahia)|Rio de Contas]], quando [[Portugal|portugueses]] e [[Brasil|brasileiros]], seguindo pelas margens do [[Rio Brumado]], cujas nascentes se controvertem no [[Pico das Almas]] com as do [[Rio Paramirim]], lograram acesso às minas de ouro do Morro de Fogo nas proximidades do Vale do Paramirim, onde se encontra localizada hoje a cidade deste nome.<ref>https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/paramirim.pdf</ref>
No município de Paramirim, existem vários [[Sítio arqueológico|sítios arqueológicos]] com [[arte rupestre]]. Ao tudo indica que, a região onde hoje se situa Paramirim é habitada há, pelo menos, uns 11 mil ou 12 mil anos atrás. No [[século XVI]], a região era habitada por [[Índios do Brasil|índios]] [[Línguas tupi-guaranis|tupi-guaranis]].
 
Assim, surgiram, nos princípios do [[século XVIII]], os primeiros habitantes desta região, os [[portugueses]] Manuel José Pereira, tenente Valério Manuel Viana Luís Ribeiro de Magalhães, Antônio Ribeiro de Magalhães e Manuel Marques Vilela, e os [[brasileiros]] Antônio da Rocha Bastos e José da Rocha Bastos. Além das explorações de [[minérios]], eles começaram a incentivar a [[agricultura]] e a [[pecuária]], organizando as primeiras fazendas do território, como a da Cachoeira, a da Conceição, a Santa Apolônia e a fazenda Pires.
As terras que pertenceriam a Paramirim, desde o [[século XVII]], faziam parte de uma grande sesmaria, a Casa da Ponte, do mestre-de-campo Antônio Guedes de Brito. A Casa da Ponte era uma “espécie” de feudo pecuarista. Nesse contexto, a Bacia do Paramirim, encaixada entre a [[Serra Geral (Bahia)|Serra Geral Baiana]] e a [[Chapada Diamantina]], era um importante corredor de fazendas criadoras de [[gado]] [[Bos taurus|bovino]].
 
Em 1820, no mês de janeiro, Florêncio da Rocha compra ao Conde da Ponte as terras de Pau de Colher e Manuel Joaquim Pereira de Castro as da Fazenda Poções, ao mesmo Conde, pela grande quantia, naquele tempo, de 145.000,00. Começa assim, o ajuntamento humano que deu início à povoação denominada arraial do Morro do Fogo, que seria, mais tarde, a cidade de Paramirim.
A primeira penetração ocorrida no território deste Município deu-se em consequência da colonização e exploração das minas do [[Rio das Contas]], no município de [[Rio de Contas (Bahia)|Rio de Contas]], quando [[Portugal|portugueses]] e [[Brasil|brasileiros]] (oriundos principalmente de outras regiões da [[Bahia]]), seguindo pelas margens do [[Rio Brumado]], cujas nascentes se controvertem no [[Pico das Almas]] com as do [[rio Paramirim]], lograram acesso às minas de ouro do Morro de Fogo, nos arredores de Paramirim. A descoberta de pedras preciosas na região ocorreu entre [[1715]] e [[1720]]. Os primeiros povoados, arraiais, freguesias e vilas da região surgiram com o início da mineração.
 
==== Formação administrativa ====
Assim surgiram, no início do [[século XVIII]], os primeiros colonizadores desta região, os [[portugueses]] Manuel José Pereira, tenente Valério Manuel Viana, Luís Ribeiro de Magalhães, Antônio Ribeiro de Magalhães e Manuel Marques Vilela, e os [[brasileiros]] Antônio da Rocha Bastos e José da Rocha Bastos. Além das explorações de [[minérios]], eles começaram a incentivar a [[agricultura]] e a [[pecuária]], organizando as primeiras fazendas do território, como a da Cachoeira, a da Conceição, a Santa Apolônia e a fazenda Pires.
Pela Resolução n.° 200, de 29 de maio de 1843 a capela existente no Arraial foi elevada à categoria de freguesia com o nome de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo.
 
Com o progresso verificado no arraial de Água Quente, em virtude da presença nele de fontes de [[águas termais]] e que fora fundado em terras da fazenda pertencente ao coronel Liberato José da Silva, foi para esse Arraial transferida a sede da freguesia do Morro do Fogo, pela Resolução provincial n.° 1.460, de 23 de março de 1875.
Em janeiro de [[1820]], Florêncio da Rocha compra ao [[Conde da Ponte]] as terras de Pau de Colher e Manuel Joaquim Pereira de Castro as da Fazenda Poções, ao mesmo Conde, pela grande quantia, naquele tempo, de 145.000,00. Começa assim, o ajuntamento humano que deu início à povoação denominada Arraial do Morro do Fogo (localizado na atual [[Érico Cardoso]]), que daria origem, mais tarde, à cidade de Paramirim.
 
Água Quente, sede da freguesia do Morro do Fogo, foi elevada à categoria de Vila com o nome de Industrial Vila de Água Quente, pela Lei Provincial n.° 1.849 de 16 de setembro de 1878, que criou o município do mesmo nome, formado pelos territórios das freguesias do Morro do Fogo e São Sebastião de Macaúbas. Entretanto, o Município não foi investido de fato nessa categoria pois a Lei n.° 1.849, que o criou, foi revogada pela Resolução Provincial n.° 2.236, de 6 de agosto, que elevou a capela dedicada a Santo Antônio, localizada no arraial do Ribeiro, que era filiada à freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo, à categoria de freguesia, com o nome de Santo Antônio.
Por volta de [[1840]], com a decadência das minas do Rio de Contas, alguns garimpeiros desceram a [[Serra das Almas (Bahia)|Serra das Almas]], pelas margens do [[rio Paramirim]], e encontraram um veio [[aurífero]] no Arraial do Morro do Fogo. Aí, esse arraial cresceu e alcançou algum progresso.
 
Em virtude de Ato estadual, datado de 24 de março de 1890, o Município foi restaurado com território desmembrado do de Minas de Rio de Contas, intuindo-se na posse de tal direito a 23 de maio do ano seguinte.
Com isso, em [[29 de maio]] de [[1843]], a Resolução n.° 200 eleva a capela existente no Arraial à categoria de freguesia, com o nome de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo.
 
Em 1898, o capitão Antônio José Cardoso, comerciante rico localizado em Água Quente, foi nomeado seu Intendente, tendo-o sucedido o coronel Juvêncio Pereira, genro do coronel Liberato José da Silva, falecido havia anos.
Com o passar do tempo, o ouro do Morro do Fogo se esgota. Como consequência, muitos mineradores se instalaram em fazendas ao longo do rio Paramirim. Se no [[século XVIII]] a economia aurífera impulsionava a criação de núcleos populacionais, a partir da segunda metade do [[século XIX]] surgem na região os núcleos populacionais agroprodutores.
 
De acordo com a Lei estadual n.° 460, de 16 de julho de 1902, a sede municipal foi transferida para a povoação do Arraial do Ribeiro (hoje Paramirim), que naquele tempo estava em fase de maior desenvolvimento do que Água Quente e por se achar mais bem localizado geograficamente. O acontecimento foi marcado com grandes festas, estando presentes as autoridades da Comarca de Minas do Rio de Contas.
Um desses núcleos agroprodutores era o Arraial de Água Quente (atual sede de Érico Cardoso). Com o progresso verificado no arraial de Água Quente, que foi fundado e se desenvolveu nas terras da fazenda do coronel Liberato José da Silva, em virtude da presença de [[águas termais]] nesse lugar, foi para esse Arraial transferida a sede da freguesia do Morro do Fogo, pela Resolução provincial n.° 1.460, de [[23 de março]] de [[1875]].
 
Pela Lei estadual n.° 736, de 26 de junho de 1909, o Município e a Vila passaram a ter o nome de Paramirim, que, na [[língua tupi-guarani]], significa "o rio pequeno".
A Freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo, sediada no Arraial de Água Quente, foi elevada à categoria de vila, com o nome de Industrial Vila de Água Quente, pela Lei Provincial n.° 1.849 de [[16 de setembro]] de [[1878]], que criou o município do mesmo nome, formado pelos territórios das freguesias do Morro do Fogo e São Sebastião de [[Macaúbas]] (atual [[Caturama]]).
 
Na divisão administrativa de 1911, o Município aparece formado pelos distritos de Paramirim, Canabravinha, Água Quente e Santa Maria do Ouro.
O Arraial do Ribeiro foi fundado pelo português Antônio Ribeiro de Magalhães, um dos primeiros colonizadores da região. Este senhor foi muito inteligente na escolha da localização da sua fazenda. Assentou-a na [[Depressão (geografia)|depressão]], abaixo das elevações do Morro da Estrela e da Serra do Cruzeiro, terrenos compostos por [[Aluvião|aluviões]] deixados pelo trabalho erosivo do [[rio Paramirim]], portanto, de natureza muito fértil. Diferentemente do Arraial de Água Quente, o Arraial do Ribeiro estava situado em um ponto de passagem de boiadas e viajantes, logo se transforma num importante entreposto, alcançando um crescimento acelerado. Isto justifica sua elevação, em [[1881]], à categoria de freguesia, com o topônimo de Santo Antônio do Paramirim. O Arraial do Ribeiro é hoje a sede de Paramirim.
 
Segundo o Decreto estadual n.° 7.455, de 23 de junho de 1931, foi o município de Bom Sucesso (atual [[Ibitiara]]) extinto e anexado ao de Paramirim; porém, o Decreto estadual n.° 7.479, de 8 de julho do mesmo ano, transferiu para o Município de [[Macaúbas]] o território de Bom Sucesso.
Pela resolução provincial nº 2175, de [[20 de junho]] de [[1881]], a Industrial Vila de Água Quente foi extinta e seu território foi anexado ao município de Minas do Rio de Contas (atual [[Rio de Contas (Bahia)|Rio de Contas]]). Em virtude de Ato estadual, datado de [[24 de março]] de [[1890]], a vila foi restaurada, intuindo-se na posse de tal direito em [[23 de maio]] do ano seguinte.
 
Em 1932, pelo Decreto Estadual n.° 8.187, de 23 de setembro, o distrito de Canabravinha foi extinto e anexado ao Distrito Sede, perdurando a extinção até 1938, quando voltou a ser distrito.
Em [[1898]], o capitão Antônio José Cardoso, comerciante rico localizado em Água Quente, foi nomeado seu Intendente, tendo-o sucedido o coronel Juvêncio Pereira, genro do coronel Liberato José da Silva, falecido havia anos.
 
Pelo Decreto estadual n.° 11.089, de 30 de novembro de 1938, o distrito de Santa Maria do Ouro passou a denominar-se Ibiajara.
De acordo com a Lei estadual n.° 460, de [[16 de julho]] de [[1902]], a sede da Vila foi transferida para o Arraial do Ribeiro (Santo Antônio do Paramirim), que naquele tempo estava em fase de maior desenvolvimento do que Água Quente e por se achar mais bem localizado geograficamente. O acontecimento foi marcado com grandes festas, estando presentes as autoridades da Comarca de Minas do Rio de Contas.
 
APela Lei Estadualestadual n.° 736628, de [[2630 de junho]]dezembro de [[1909]]1953, elevoufoi acriado Industrialo Viladistrito de Água[[Rio Quentedo àPires]], condiçãoaparecendo deo cidadeMunicípio formado, coma opartir topônimodaí, pelos distritos de Paramirim, nomeÁgua esteQuente, queCanabravinha, deriva do [[língua tupi-guarani|tupi-guarani]]Ibiajara e significaRio "riodo pequeno"Pires.
 
Em 1962 e 1963, desmembraram-se do município de Paramirim, por emancipação, os distritos de [[Rio do Pires]], [[Ibiajara]] e [[Érico Cardoso|Água Quente]], passando a partir daquele ano o município a constituir-se dos distritos de Paramirim e Canabravinha.&nbsp;
Na divisão administrativa de [[1911]], o Município aparece formado pelos distritos de Paramirim (sede), Canabravinha, Água Quente e Santa Maria do Ouro.
 
Segundo o Decreto estadual n.° 7.455, de [[23 de junho]] de [[1931]], o município de Bom Sucesso (atual [[Ibitiara]]) foi extinto e anexado ao de Paramirim; porém, o Decreto estadual n.° 7.479, de [[8 de julho]] do mesmo ano, transferiu para o Município de [[Macaúbas]] o território de Bom Sucesso.
 
Em [[23 de setembro]] de [[1932]], pelo Decreto Estadual n.° 8.187, o distrito de Canabravinha foi extinto e anexado ao Distrito Sede, perdurando a extinção até [[1938]], quando voltou a ser distrito.
 
Pelo Decreto estadual n.° 11.089, de [[30 de novembro]] de [[1938]], o distrito de Santa Maria do Ouro passou a denominar-se Ibiajara.
 
Pela Lei estadual n.° 628, de [[30 de dezembro]] de [[1953]], foi criado o distrito de [[Rio do Pires]], aparecendo o município formado, a partir daí, pelos distritos de Paramirim (sede), Água Quente, Canabravinha, Ibiajara e Rio do Pires.
 
Em 1962 e 1963, emanciparam-se do município de Paramirim os distritos de [[Rio do Pires]], [[Ibiajara]] (distrito de Rio do Pires) e [[Érico Cardoso|Água Quente]], passando, a partir daquele ano o município a constituir-se dos distritos de Paramirim (sede) e Canabravinha.&nbsp;
 
Em [[1989]], Paramirim cede 279 km² para a composição do território do município de Caturama, que estava se desmembrando de [[Botuporã]].
 
Com o passar do tempo, Paramirim continua perdendo território para seus vizinhos. Por exemplo, o povoado de Santarém, que já pertenceu a Paramirim, nos [[anos 1990]] foi incorporado à administração de Érico Cardoso (antiga Água Quente).
 
Paramirim está se tornando um município cada vez mais urbanizado. A cidade tem duas frentes de urbanização: uma, situada na sede do município, e outra na localidade de Caraíbas. Hoje, a população urbana do município já corresponde a quase 50% da população total. Ao contrário da estimativa do [[IBGE]], que não leva em consideração processos migratórios, prevê-se que, dentro de dez anos (por volta de 2028, 2029, 2030) a população urbana de Paramirim corresponda a 60% da população total. Num futuro próximo, Paramirim será um município com a maioria da sua população vivendo na zona urbana.
 
=== Pioneiros ===
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O primeiro Pretor foi o Bel. Pio Alves Boaventura e o primeiro Juiz de Direito da Comarca foi Bel. Gudstein José Soares.
 
O primeiro vigário da Paróquia foi o Pe. [[Sebastião Dias Laranjeira]], que, mais tarde, tornou-se o segundo Bispo de [[Porto Alegre]], no [[Rio Grande do Sul]]. Ele dirigiu a Paróquia de Paramirim de [[1844]] a [[1857]].
 
O primeiro médico do Município foi Dr. José Bernardino de Souza Leão e os primeiros professores, José Cândido Vieira e Damião de Souza.
 
== Geografia ==
== Geografia <ref>{{Citar web|titulo=Paramirim - Informações do município|url=https://www.mfrural.com.br/mobile/cidade/paramirim-ba.aspx#Geografia|obra=www.mfrural.com.br|acessodata=2019-07-15|data=|publicado=MFRural|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Clima Paramirim: Temperatura, Tempo e Dados climatológicos Paramirim - Climate-Data.org|url=https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/bahia/paramirim-43258/|obra=pt.climate-data.org|acessodata=2019-07-15}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Geografia de Paramirim - BA|url=https://www.achetudoeregiao.com.br/ba/paramirim/geografia.htm|obra=www.achetudoeregiao.com.br|acessodata=2019-07-15|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>==
Informações gerais sobre os aspectos geográficos do município.
O Município de Paramirim está localizado no [[Sertão nordestino|Sertão]] da [[Bahia]], mais especificadamente no Centro-Sul Baiano, e seu território é totalmente abrangido pelo [[Polígono das secas|Polígono das Secas]].
 
=== Clima ===
Seu [[clima]] é quente na época das [[trovão|trovoadas]] ([[verão]]) e agradável no resto das [[estação do ano|estações]].
* '''Tipo Climático''': [[Clima tropical de savana|Tropical de savana]] (Aw)Semiárido
 
* '''Temperatura média anual (ºC)''': 2322,2 °C8
 
* '''Período chuvoso''': novembro a março
 
* '''Pluviosidade anual (mm):''' 745 mm686,4
 
=== Municípios limítrofes ===
 
* Ao Norte: [[Caturama]];
* Ao Sul: [[Caetité]] e [[Livramento de Nossa Senhora]];
* Ao Leste: [[Érico Cardoso]];
* Ao Oeste: [[Botuporã]] e [[Tanque Novo]].
 
=== Solo ===
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=== Hidrografia ===
Rocha ornamental.
O município faz parte da Bacia Hidrográfica do São Francisco, sendo o [[rio Paramirim]], que corta a cidade, um dos maiores e mais importantes afluentes da margem direita do [[Rio São Francisco]].
 
Bacia hidrográfica: Bacia do Rio São Francisco e Bacia do Rio de Contas.
O município possui muita água. A Barragem do Zabumbão, no município, formada pelo represamento das águas do rio Paramirim, fornece água para Paramirim e para diversos municípios da região.
 
Rio(s) principal: Rio Paramirim, Rio Riachão, Riacho Catuaba, Córrego da Caieira e Riacho Conceição.
* Bacia hidrográfica: Bacia do Rio São Francisco e Bacia do Rio de Contas.
* Rio(s) principal: Rio Paramirim, Rio Riachão, Riacho Catuaba, Córrego da Caieira e Riacho Conceição.
 
=== Dados gerais ===
Altitude do Distrito Sede do Município: &nbsp;654 m acima do nível do mar;
 
*Latitude Altitudedo daDistrito Sede do Município: 62413,4425 m acima do nível doGraus marSul;
 
* Latitude da Sede do Município: 13,4425 Graus Sul;
* Longitude dado Distrito Sede do Município: 42,23889 Graus Oeste;
 
* Rodovia de acesso: BA - 152;
Rodovia de acesso: BA - 156;
* Área territorial: 1.120 km²;
 
* Distritos: Paramirim (sede) e Canabravinha.
Área territorial: 1.120 km2
 
==Turismo ==
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* Os engenhos de raspadura; as rodas de farinha, com seu beijú; os teares; e os umbuzeiros, árvores símbolo da região, de onde é extraído o umbú, também utilizado para fazer doces.
 
== Economia ==
== Economia <ref name=":0" /><ref>{{Citar web|titulo=Conheça as 10 cidades mais desenvolvidas da Bahia|url=https://www.simoesfilhoonline.com.br/conheca-as-10-cidades-mais-desenvolvidas-da-bahia/|obra=|data=2016-01-26|acessodata=2019-07-15|lingua=pt-BR|publicado=Simões Filho Online|ultimo=Brandão|primeiro=Jefferson}}</ref>==
 
Conforme registro da JUCEB, possui 43 indústrias, ocupando o 98.º lugar na posição legal da Bahia e 389 estabelecimentos comerciais, 118.ª posição dentre os municípios baianos. No setor de minerais é produtor de granito. Seu parque hoteleiro registra 129 leitos. Registro médio do consumo elétrico residencial igual a 93,84 Kwh/hab., 151.º lugar no ranking dos municípios baianos.
 
Os principais recursos econômicos do município são a&nbsp;[[agricultura]], a&nbsp;[[pecuária]], pequenas indústrias, a&nbsp;[[silvicultura]], que, depois das atividades domésticas, é o ramo ocupacional mais numeroso. O município é um dos maiores produtores nacionais de [[melancia]].
 
Mesmo sendo uma cidade pequena, Paramirim é um dos municípios mais desenvolvidos do [[Sertão nordestino|Sertão]] da [[Bahia]] e está na lista das 40 cidades mais desenvolvidas do Estado da Bahia, sendo mais desenvolvida até que algumas das cidades mais importantes do estado, como [[Jequié]], [[Paulo Afonso]], [[Senhor do Bonfim (Bahia)|Senhor do Bonfim]], [[Bom Jesus da Lapa]] e [[Ilhéus]]. De longe, Paramirim é o município mais desenvolvido do Território de Identidade da Bacia do Paramirim.
 
== Cultura ==