Jardim Duque da Terceira: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Parabola filho prodigo vista conjunto.jpg|thumb|250px|Jardim Duque da Terceira: painéis de azulejo representando a [[parábola do filho pródigo]] (parte da cerca do convento dos franciscanos).]]
[[Imagem:Jardim Duque da Terceira ilha Terceira, Açores 6.JPG|thumb|250px|Jardim Duque da Terceira: destaque para o feto arbóreo ao centro da foto.]]
O '''Jardim Duque da Terceira''' é um parque municipal integrado no [[Centro Histórico de Angra do Heroísmo]] ([[ilha Terceira]]), conjunto inscrito na [[Património Mundial|lista do Património Mundial da UNESCO]], considerado um dos mais belos [[jardim|jardins]] clássicos do arquipélago dos [[Açores]]. Assim designado, por deliberação camarária de 18 de Janeiro de 1888, em homenagem a [[António José de Sousa Manoel de Menezes Severim de Noronha]], [[duque da Terceira]],<ref name="siaram">[http://siaram.azores.gov.pt/patrimonio-cultural/Jardins-dos-Acores/Jardim-Duque-Terceira/_texto.html Paulo J. M. Barcelos, "Jardim Duque da Terceira'' in ''SIARAM : sentir e interpretar o ambiente dos Açores''].</ref> o complexo de parque e edifícios conexos ocupa cerca de 31&nbsp;600&nbsp;m<sup>2</sup> e está implantado nos terrenos outrora ocupados pelas cercas do [[Palácio dos Capitães-Generais (Angra do Heroísmo)|Colégio dos Jesuítas]] e do [[Convento de São Francisco de Angra]] e pelos quintais da [[Casa do Capitão do Donatário de Angra]]. É um jardim de traços clássicos, construído em patamares ligados por caminhos declivosos, desenhados com pedras de [[basalto]], que se estendem até ao [[Alto da Memória]]. Conserva valiosos testemunhos da antiga cerca dos [[franciscanos]] e exibe uma grande variedade de [[espécime]]s vegetais pertencentes à flora das regiões subtropicais e tropicais.<ref>Maria Manuel Velasquez Ribeiro, “Jardim Duque da Terceira: espaço de representações e de memórias (a propósito dos seus 120 anos)", in ''Revista Atlântida'', vol. XLVII, p. 118. Angra do Heroísmo, 2002.</ref>
== História ==
Acompanhando as tendências dos inícios do [[século XIX]] o Município de Angra, com o valioso contributo de vários particulares, construiu em 1815 um «passeio público» no Alto das Covas, usando os terrenos anexos à cerca do [[Convento de São Gonçalo]]. Esta primeira tentativa de dotar a cidade de um espaço para atrair os cidadãos nas suas horas de lazer não surtiu o efeito desejado e em poucos anos o «passeio» ficou vandalizado e semi-abandonado, acabando por ser desmantelado em 1871.<ref name="CE"/> Entretanto fora construído um pequeno jardim na parte final da falésia acima do varadouro do [[Porto de Pipas]], que nos tempos do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] seria designado por «Jardim Brianda Pereira», mas que por estar situado em local considerado distante, e mesmo como sendo fora da cidade, também foi votado ao esquecimento, mas ainda assim persistindo até à década de 1950.
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Os imóveis existentes nas traseiras do Convento de São Francisco foram também integrados no Jardim em 2015, sendo recuperados e passando a albergar as áreas técnicas de produção de plantas e de limpeza e gestão do complexo de jardins. A azenha anexa, um dos moinhos da Ribeira dos Moinhos que se encontrava arruinado desde o [[sismo de 1980]] foi recuperado e também integrado no complexo.
 
Na parte anexa ao «Jardim de Baixo», nos antigos quintais da Casa do Capitão do Donatário, foi instalado o «Passeio Rui Teles Palhinha», uma homenagem ao botânico angrense [[Rui Teles Palhinha]], acrescentando ao jardim mais 14&nbsp;300&nbsp;m<sup>2</sup> de novas áreas ajardinadas e uma nova entrada a partir da Rua do Marquês. O novo complexo, que inclui um tanque e um percurso com um riacho, foi inaugurado a 21 de junho de 2019. Os terrenos onde foi construída esta parte do Jardim foram adquiridos em 1998 pelo Governo Regional dos Açores para implantação da biblioteca pública de Angra, mas foram considerados insuficientes para o volume de construção pretendido, tendo-se optado por localizar aquela estrutura nos terrenos anexos ao [[Palacete Silveira e Paulo]]. A solicitação da Câmara Municipal, foram cedidos gratuitamente ao Município para alargamento do Jardim e para criação do Centro Interpretativo de Angra, que fica assim também integrado no Jardim. O Município adquiriu, entretanto, o pátio da antiga Casa do Donatário e uma das parcelas daquele imóvel, criando assim uma entrada adicional para o Jardim. Com estas adições o complexo de jardins e áreas técnicas ficou a ocupar uma área de 31&nbsp;620&m<sup>2</sup>, dos quais cerca de 26&nbsp;000&nbsp;m<sup>2</sup> correspondem a área de jardim visitável.
 
==Descrição==