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'''GRAÇA'''
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A graça de Deus está presente na humanidade desde o seu início, este atributo que não faz parte mas é algo inerente a Deus, de acordo com Charles Hodge (2001, p.278). Graça é um atributo inerentemente divino sendo eterna, infinita e imutável dada a nós por meio de um criador e revelada em sua criação não perfeitamente como é em si, mas apontando para a plenitude existente na divindade que é em si mesmo plenamente a graça que revela em nossa natureza.  
 
Sendo não pertencente por méritos, mas dada gratuitamente aos seres criados dignos de punição, é ato de benevolência, graciosidade, ternura, clemência, a boa vontade em geral (DICIONÁRIO VINE, 2013, P 679). Um ato a partir de um ser maior em poder e possuidor pleno de tal atributo que por boa vontade agracia outro ser, porém menor com favores ou benevolências sem mérito algum do agraciado. Um ato de benevolência, favor, comutação de pena, dom sobrenatural, como meio de salvação ou santificação, boa aceitação, estar na graça de alguém. Graça é uma atribuição concedida de fato a alguém incapaz de tê-la através de si mesmo ou adquirir por méritos próprios.
 
Sendo qualidades atribuídas a criação ou favores por meio de bênçãos dadas ao longo da história auxiliando ou aperfeiçoando os seres criados sem que sejam merecidas tais atitudes. A graça é o puro ato soberano de Deus em relação a salvação humana seja em bênçãos ou qualquer tipo de resgate sem exigir alguma retribuição a pessoas que em si não possuem méritos.
 
Portanto para ser agraciado por Deus, em si mesmo a criação não tem méritos ou qualificações para alcançar qualquer tipo de resgate ou favores da parte de seu criador, mas é um fator primordial da qual todos dependem e sem a graça nada subsiste.
 
A graça de Deus está disponível a todos, mas ninguém por si mesmo é capaz de pagar o preço pelo seu resgate por mais que sejam pessoas boas e tenham boas obras o preço homem algum pode pagar. Deus é em si mesmo a suprema graça que resgata a sua criação não somente da punição mas de sua natureza má, a graça de Deus que opera em nós nos levando a sermos bons não por nosso próprio mérito mas pela sua graça agindo através de nós, pois se a graça se retirar o homem falharia. (AGOSTINHO DE HIPONA, 2017, p. 21). Não podemos atribuir nada do que possuímos ao que fazemos, ou deixar-nos assoberbar pelo quanto somos bons, todas as bondades ou bens que temos devemos a graciosidade de Deus refletida através de nós.
 
Bibliografia.
 
AGOSTINHO, H. '''Graça e Livre Arbítrio'''. Tradução. Pedro Lebarch. Ed. Web site: O estandarte de Cristo, 2017.
 
HODGE, CHARLES. '''TEOLOGIA SISTEMÁTICA.''' ed. Agnos, São Paulo 2001
 
BÍBLIA SAGRADA, LETRA GIGANTE. '''Almeida Revista e Corrigida. Sociedade Bíblica do Brasil,''' ed: Sbb, São Paulo, 2009.
 
VINE, '''O significado exegético e expositivo das Palavras do Antigo e Novo Testamento.''' 1. ed. CPAD, Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013.
 
 
autor: Rodrigo Ramos{{ver desambiguação}}
O vocábulo '''graça''' provém do [[latim]] ''gratia'', que deriva de ''gratus'' (grato, agradecido) e que em sua primeira acepção designa a [[qualidade]] ou conjunto de qualidades que fazem agradável a pessoa que as têm. No começo do século XX, costumava-se dizer: "''qual é a sua graça?''" para perguntar "''como você se chama?''". Este costume, que ainda hoje se mantém em alguns lugares, vinha da cerimônia de [[batismo]] dos católicos, na qual o indivíduo se torna [[cristão]] e, segundo a [[doutrina católica]], recebe a graça de [[Deus]] e, junto com a graça, o nome. A palavra ''graça'' provém também de ''grátis'', derivado do latim ''gratiis'' (pelas graças, gratuitamente) e ''gratificar'', que desde o século XV equivalia a agradecer.
 
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* a graça habitual ou santificante (considerada também a ''graça primeira''): é a origem, o início e a responsável pela [[Justificação (teologia)|justificação]], conversão e santificação dos homens e por isso "''nos foi merecida pela paixão de Cristo e nos foi dada no [[Baptismo]]''". Por outras palavras, é o princípio e a estrutura da vida sobrenatural, que nos faz participantes da [[Natureza Divina|natureza divina]], templos do [[Espírito Santo]], filhos adoptivos de Deus, irmãos de [[Jesus Cristo]], justos e agradáveis a Deus e capazes de merecer sobrenaturalmente e de penetrar na intimidade do próprio Deus <ref name="Graca1">''[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]]'' (CCIC), n. 422</ref>. Com esta graça, são concedidas ao Homem as capacidades de operar sobrenaturalmente, a saber: as virtudes infusas ou sobrenaturais e os [[dons do Espírito Santo]]. O seu exercício, impulsionado pelas graças actuais, faz parte dos principais meios de santificação. O progresso neste exercício leva aos frutos do Espírito Santo e às [[bem-aventuranças]]. A graça santificante perde-se pelo [[pecado mortal]], mas não pelo [[pecado venial]] ou pelas penas temporais devidas ao [[pecado]].
 
* as graças actuaiscatuais: são "''dons circunstanciais''" atribuídos especialmente ao [[Espírito Santo]] ou "''intervenções divinas na vida do homem''", para que ele possa continuar a acolher e colaborar com a graça e prosseguir o seu caminho de [[santificação]]. A graça actual leva o [[pecador]] à [[conversão]] e a pessoa em ''estado de graça'' à procura e ao exercício dos meios de [[santificação]]. Esta graça pode ser “eficiente” se uma vez acolhida produz o seu efeito, mas é “suficiente” quando, recusada ou não aproveitada, fica sem produzir efeito.
 
* as graças sacramentais: são dons que o cristão recebe por meio dos [[sete sacramentos]] da [[Igreja]] e que pode ajudá-lo "''a colaborar na salvação dos outros homens, bem como com o crescimento da Igreja, [[Corpus Mysticum|Corpo de Cristo]]''";
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[[Categoria:Conceitos religiosos]]