Caso Pesseghini: diferenças entre revisões

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==Controvérsias==
=== Testemunhas ===
Uma vizinha disse ter visto duas pessoas — entre elas, um policial militar fardado — pularem o muro da casa do casal de PMs Andreia Bovo Pesseghini e Luís Marcelo Pesseghini, por volta das 12h de segunda-feira (05/08), e comentarem que a família estava morta. ''"Eles saíram e só às sete horas da noite que veio aparecer alguém"''. Segundo a polícia, a corporação só foi notificada após as 18h de segunda-feira. A mulher diz não acreditar que o menino tenha sido o assassino da família e que o alvo era a mãe, "que estava investigando alguma coisa errada na [[Freguesia do Ó (bairro de São Paulo)|Freguesia do Ó]]". Ainda segundo o relato, ela foi encontrada “de joelhos” porque teria implorado para não atirarem. Além disso, a vizinha diz que um Meriva de cor prata estava rondando a casa com frequência, há meses, e passando informações sobre a cor da casa, do carro e quem entrava e saía. Todas as vítimas levaram um único tiro na cabeça. A família dos PMs não acredita na versão apresentada pela polícia. O irmão de Bernardete e Benedita, e tio de Andreia, que não quer ser identificado, disse ter recebido dois telefonemas que seriam da escola de Marcelo, logo que entrou na casa, quando os corpos foram achados. ''"A voz de uma mulher falou, 'é a casa do Marcelinho?'. Eu falei, 'quem quer falar com ele?'. Ela disse, 'é da escola, é porque o Marcelinho não veio para a escola hoje'"''. <ref>{{citar web|URL = http://noticias.r7.com/sao-paulo/chacina-em-familia-vizinha-diz-ter-visto-pm-pular-muro-de-casa-antes-de-crime-ser-notificado-08082013|título = Chacina em família: vizinha diz ter visto PM pular muro de casa antes de crime ser notificado|data=8 de agosto de 2013|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
=== Investigação da polícia ===
O [[deputado estadual]] [[Sérgio Olímpio Gomes|Major Olímpio Gomes]] (PDT) disse que a cabo da PM, morta com a família, foi convidada por outros policiais militares do [[Lista_de_Batalhões_da_Polícia_Militar_do_Estado_de_São_Paulo#18.C2.BA_Batalh.C3.A3o_de_Pol.C3.ADcia_Militar_Metropolitano_-_18.C2.BA_BPM.2FM|18° Batalhão]] para participar de furtos a caixas eletrônicos. “Eu recebi de policiais da própria [[Zona Norte de São Paulo|Zona Norte]], que eu conheço, a informação de que a cabo Andreia foi convidada por colegas para participar do furto de caixas eletrônicos”, afirmou major Olímpio. De acordo com o deputado estadual, ele recebeu a denúncia de militares de várias unidades e diversas patentes no fim de semana, e na segunda-feira (12/08) relatou o fato ao coronel Rui Conegundes, comandante da [[Corregedoria]] da PM. Segundo relato de Major Olímpio, os policiais que fizeram denúncias dizem que Andreia teria recusado a proposta de formação de quadrilha e denunciou alguns colegas ao seu superior na época, o capitão Fábio Paganotto, no início de 2012. O capitão investigou o caso, mas não chegou a nenhuma conclusão e foi transferido do 18° Batalhão para o 9° Batalhão. Para o parlamentar, o coronel Dimas voltou atrás na sua declaração na Corregedoria após ter sido pressionado pelos seus superiores. ''“Obviamente, ele foi pressionado porque não havia registro oficial da denúncia”'', afirmou. ''“Ele acabou sendo destroçado administrativamente pela [[Secretaria de Segurança Pública de São Paulo|Secretaria de Segurança Pública]] [ao recuar na sua declaração]”'', disse o Major Olímpio. Segundo ele, coronel Wagner Dimas foi afastado do comando do batalhão. Oficialmente, a PM informou que o próprio Dimas foi quem solicitou afastamento por motivos médicos, mas que ele continua no comando da unidade. Na época em que a cabo Andreia denunciou os colegas, o comandante do 18º Batalhão era o coronel Osni Rodrigues de Souza, que hoje está na reserva. ''"Não podemos desprezar nenhuma possibilidade para a elucidação da chacina de uma família de policiais, nenhuma linha de investigação”'', disse o deputado''. ''<ref>{{citar web|URL = http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/08/major-diz-ter-denuncias-de-que-cabo-morta-foi-chamada-para-furto-por-pms.html|título = Major diz ter denúncias de que cabo morta foi chamada para furto por PMs|data = 14 de agosto de 2013|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
A cabo Andreia Bovo Pesseghini, morta com a família, teria denunciado o esquema de PMs corruptos, mas para surpresa dos advogados, essa investigação até agora não foi localizada - ela simplesmente desapareceu. A [[Justiça militar|Justiça Militar]] informou que a sindicância interna nunca virou [[Inquérito Policial Militar|inquérito policial militar]] - ou seja, apesar da gravidade das denúncias, não foi levada a sério. <ref>{{citar web|URL = http://www.correiodoestado.com.br/noticias/detalhes-ignorados-podem-reabrir-caso-pesseghini_222249/|título = Detalhes ignorados podem reabrir caso Pesseghini|data = 17 de julho de 2014|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
=== Reabertura do caso ===
Roselle Soglio, [[advogada]] da família, levanta 14 exemplos de considerações que justificariam a reabertura do caso. Nas próximas semanas, a defesa irá entrar com recurso de apelação no TJ e pedir a federalização do caso. <ref>{{citar web|URL = http://noticias.r7.com/sao-paulo/um-ano-depois-advogada-levanta-14-misterios-sobre-caso-pesseghini-05082014|título = Um ano depois, advogada levanta 14 mistérios sobre caso Pesseghini|data=5 de agosto de 2014|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
# '''Testemunha mente em depoimento: '''A principal testemunha do caso, que afirma que Marcelo Pesseghini sabia dirigir e atirar, disse que a família realizou um churrasco no dia dos assassinatos, mas ingressos de cinema comprovaram que eles passaram a tarde em um shopping center.