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[[File:Uruguay vs Brazil 1950.png|thumb|Uruguay vs Brazil 1950]]
Todas as seleções da Copa jogavam no esquema [[3-2-2-3]] conhecido como WM.<ref>{{citar livro|último=Wilson|primeiro=Jonathan|título=Inverting The Pyramid: The History of Soccer Tactics|url={{Google books|AaAPAAAAQBAJ|page=109|plainurl=yes}}|página=112|isbn= 978-8569214083}}</ref> O Brasil utilizava a diagonal, uma variação do WM criada por [[Flavio Costa]].<ref>{{citar web |url=https://oglobo.globo.com/esportes/flavio-costa-senhor-eu-sou-derrota-5376819|título= Flávio Costa, o senhor ‘eu sou a derrota|acessodata= 29 de julho de 2017 |data= |obra= O Globo}}</ref> Mas o Uruguai atuou de forma diferente na final. Jonathan Wilson descreveu a tática uruguaia: "O técnico do Uruguai, [[Juan López Fontana]], havia visto como a Suíça dominou o Brasil na primeira fase de grupos com seu [[Ferrolho suíço|sistema ferrolho]], com os jogadores atrás da linha da bola e um zagueiro bem recuado, como último homem. A guerra tirou o Uruguai dos desenvolvimentos táticos na Europa, mas [[Juan López Fontana]] gostou do que viu, percebeu a eficácia da formação e ordenou ao lateral [[Matías González]] que ficasse recuado, quase como um líbero, o que significou que [[Eusebio Tejera]], o outro lateral, se tornou efetivamente um zagueiro." Assim o recuo de [[Matías González]] para a função de líbero, inspirado na Suiça e a orientação que [[Eusebio Tejera]] ficasse preso, não subisse, acabou por formar uma espécie de linha de quatro. Wilson conclui: "Os dois alas uruguaios, [[Schubert Gambetta]] e [[Víctor Rodríguez Andrade]], foram orientados para marcar os pontas brasileiros, [[Chico Aramburu|Chico]] e [[Friaça]], enquanto [[Obdulio Varela]] e os outros dois meias uruguaios jogaram mais recuados do que o habitual no que era essencialmente um precursor de um moderno 4- 3-3."<ref>{{citar web |url= https://www.si.com/more-sports/2010/07/04/uruguay-history |título= Uruguay's 1950 World Cup triumph a testament to the spirit of garra|acessodata= 29 de julho de 2017 |data= |obra= Sports Ilustrated}}</ref> O esquema uruguaio revelou os enormes espaços nas laterais brasileiras deixando [[Bigode (futebolista)|Bigode]] exposto aos avanços de [[Alcides Edgardo Ghiggia]] e [[Julio Pérez]]. <ref>{{citar livro|último=Gehringer|primeiro=Max|título=A grande história dos mundiais 1950, 1954, 1958|url={{Google books|zTnUAgAAQBAJ|page=23|plainurl=yes}}||página=80|isbn=9788567080215}}</ref>
 
Aos 21 minutos, [[Juan Alberto Schiaffino]] empatou o jogo. Restando apenas 11 minutos de jogo, [[Alcides Edgardo Ghiggia]], correu pelo lado direito do campo e fez outro gol. A multidão morrera. E assim continuou até o árbitro da partida, [[George Reader]] da [[Inglaterra]], apitar o fim do jogo. Ao final sobrou ainda para [[Moacir Barbosa]]: "Some-se a isso tudo a insegurança de [[Moacir Barbosa]], que no primeiro tempo agiu sob grande tensão nervosa e no segundo se deixou vencer pelo chute de [[Alcides Edgardo Ghiggia]] perfeitamente defensável".<ref>{{citar web | publicado= A Noite (RJ) de 17 de julho de 1950 |url= http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=348970_05&pasta=ano%20195&pesq=heleno%20de%20freitas |título= Como os brasileiros perderam o campeonato mundial de football |acessodata= 29 de julho de 2017 |data=2019 |obra= Memória BN}}</ref>