Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário: diferenças entre revisões

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O '''Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário''' (formalmente '''Tratado entre os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas sobre a Eliminação dos seus Mísseis de Alcance Intermediário e de Menor Alcance'''), também conhecido como '''Tratado INF''' (do [[língua inglesa|inglês]]: '''''I'''ntermediate-Range '''N'''uclear '''F'''orces'') foi um [[tratado internacional]] sobre controle de [[armas nucleares]] entre os [[Estados Unidos]] e a [[União Soviética]] assinado na cidade de [[Washington, D.C.]], em [[8 de dezembro]] de [[1987]]. Firmaram o tratado pelos EUA o então [[Presidente dos Estados Unidos|presidente estadunidense]], [[Ronald Reagan]], e, pela URSS, então o [[Secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética|secretário-geral do Partido Comunista da URSS]], [[Mikhail Gorbachev]].<ref name=":0">{{Citar web|titulo=Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty (INF Treaty)|url=https://2009-2017.state.gov/t/avc/trty/102360.htm|obra=U.S. Department of State|acessodata=2019-08-11}}</ref> [[Tratado#Ratificação|Ratificado]] pelo [[Congresso dos Estados Unidos]] em [[27 de Maio]] do ano seguinte, entrou em vigor em [[1 de Junho]] de [[1988]].<ref name=":0" /><ref>{{Citation|title=Reagan And Gorbachev Meet, Reagan And Gorbachev Sign Ratification Instruments For INF Treaty|url=https://www.youtube.com/watch?v=UQC7NeVS4UE|accessdate=2019-08-11|language=pt}}</ref>
 
O acordo previa a eliminação dos [[míssil balístico|mísseis balísticos]] e de [[míssil de cruzeiro|cruzeiro]], nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 1 000&nbsp;km (para os [[Míssil balístico de curto alcance|mísseis balísticos de curto alcance]]) e 1.000 a 5.500 km (para os [[mísseis balísticos de médio alcance]] e para [[Míssil balístico de alcance intermediário|mísseis balísticos de alancealcance intermediário]]). O tratado não se aplicava a mísseis lançados por via aérea ou marinha.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kramer|primeiro=Andrew E.|ultimo2=Specia|primeiro2=Megan|data=2019-02-01|titulo=What Is the I.N.F. Treaty and Why Does It Matter?|url=https://www.nytimes.com/2019/02/01/world/europe/inf-treaty.html|jornal=The New York Times|lingua=en-US|issn=0362-4331}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty (INF Treaty)|url=https://2009-2017.state.gov/t/avc/trty/102360.htm|obra=U.S. Department of State|acessodata=2019-08-11}}</ref> Até a data-limite de [[1 de Junho]] de [[1991]], prevista no tratado, 2&nbsp;692 mísseis foram destruídos — 846 por parte dos Estados Unidos e 1&nbsp;846 por parte da União Soviética. O acordo permitia a qualquer das partes inspecionar as instalações militares da outra.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.pe/books?id=Ys0bJwNfF_MC&lpg=PA683&redir_esc=y|título=Armaments, Disarmament and International Security|ultimo=Institute|primeiro=Stockholm International Peace Research|data=2007|editora=Oxford University Press|lingua=en|isbn=9780199230211}}</ref>
 
Contudo, em [[20 de outubro]] de [[2018]] os [[Estados Unidos]] anunciaram sua retirada do tratado. Segundo o presidente americano [[Donald Trump]], os russos já estavam violando os termos do acordo há muitos anos. Esta decisão foi confirmada em [[1 de fevereiro]] de [[2019]], quando os [[EUA]], seguidos pela [[Rússia]], decidiram suspender o tratado por 6 meses. <ref>{{Citar periódico|titulo=Trump confirma plano de retirada dos EUA de tratado nuclear com a Rússia - AFP - UOL Notícias|url=https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2018/10/20/trump-confirma-plano-de-retirada-dos-eua-de-tratado-nuclear-com-a-russia.htm|jornal=UOL Notícias|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar periódico|titulo=Gorbachev critica decisão de Trump de sair de acordo sobre armas nucleares: 'Erro' - AFP - UOL Notícias|url=https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2018/10/21/gorbachev-critica-decisao-de-trump-de-sair-de-acordo-sobre-armas-nucleares.htm|jornal=UOL Notícias|lingua=pt-BR}}</ref> Em [[4 de março]], o presidente russo [[Vladimir Putin]], em um ato de retaliação, suspendeu oficialmente a participação do país no tratado.<ref>[https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/03/04/putin-suspende-oficialmente-a-participacao-da-russia-em-tratado-de-desarmamento-nuclear.ghtml Putin suspende oficialmente a participação da Rússia em tratado de desarmamento nuclear]. g1. Acessado em 11 de março de 2019.</ref> Os EUA retiraram-se formalmente do tratado em [[2 de agosto]] de 2019.<ref>{{Citar periódico|data=2019-08-02|titulo=US pulls out of nuclear treaty with Russia|url=https://www.bbc.com/news/world-us-canada-49198565|lingua=en-GB}}</ref>
 
== Antecedentes ==
Em [[março]] de [[1976]], a União Soviética implantou pela primeira vez o [[:en:RSD-10_Pioneer|RSD-10 Pioneer]] (também conhecido como ''SS-20 Sabre)'' em seus [[Rússia europeia|territórios europeus]], um míssil balístico de alcance intermediário móvel (IRBM) com um [[MIRV|Míssil de Reentrada Múltipla Independentemente Direcionada]] (MIRV), contendo três [[Ogiva nuclear|ogivas nucleares]] de 150 quilotoneladas.<ref>http://theses.gla.ac.uk/4814/1/1998CantPhD.pdf</ref> Seu alcance de 4.700 a 5.000 quilômetros era grande o suficiente para alcançar a [[Europa Ocidental]] de dentro do então território soviético; seu alcance estava logo abaixo da faixa mínima do [[Conversações sobre Limites para Armas Estratégicas|SALT-II]] para ser considerado um [[míssil balístico intercontinental]], de 5.500 km.<ref>{{Citar web|titulo=missilethreat.com|url=https://web.archive.org/web/20160828104632/http://missilethreat.com/missiles/rsd-10-mod-1-mod-2-ss-20/|obra=web.archive.org|data=2016-08-28|acessodata=2019-08-11}}</ref><ref>https://fas.org/nuke/control/inf/inf-chron.htm</ref> O SS-20 substituiu os antigos sistemas de mísseis soviéticos, entre eles o [[R-12 Dvina|SS-4 Sandal]] (também conhecido como R-12 Dvina) e o [[R-14 Chusovaya|SS-5 Skean]] (também conhecido como R-14 Chusovaya), estes representavam um ameaça limitada a Europa Ocidental devido a sua baixa precisão, carga útil limitada (uma ogiva), tempo de preparação longo, grande dificuldade em esconde-lo e imobilidade (expondo-os assim a um ataque surpresa preventivo da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|OTAN]] seguido por um ataque planejado).<ref name=":1">https://www.brookings.edu/wp-content/uploads/2016/06/30-arms-control-pifer-paper.pdf</ref> Enquanto o SS-4 Sandal e o SS-5 Skean eram vistos como armas defensivas, o SS-20 Sabre era visto como um sistema potencialmente ofensivo, principalmente no caso de uma [[guerra nuclear]] entre a OTAN e a URSS.<ref>{{Citar web|titulo=Paul Nitze and A Walk in the Woods - A Failed Attempt at Arms Control|url=https://adst.org/2016/03/paul-nitze-and-a-walk-in-the-woods-a-failed-attempt-at-arms-control/|obra=Association for Diplomatic Studies and Training|data=2016-03-30|acessodata=2019-08-12|lingua=en-US}}</ref>
 
Os EUA, então sob o comando do presidente [[Jimmy Carter]], inicialmente consideraram suas [[Estados Unidos e as armas de destruição em massa|armas nucleares estratégicas]] e aeronaves com capacidade nuclear como forças de combate adequadas contra o SS-20, também as consideravam como um impedimento suficiente no caso de uma agressão soviética. No entanto, em [[1977]], o então chanceler da [[Alemanha Ocidental]], [[Helmut Schmidt]], argumentou em discurso que uma resposta ocidental à implantação da SS-20 deveria ser explorada, um apelo apoiado pela OTAN, dada a uma visível desvantagem da Europa Ocidental no quesito de forças nucleares.<ref name=":1" />
 
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