Atentados na Noruega em 2011: diferenças entre revisões

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O julgamento derradeiro aconteceu em 16 de abril de 2012 e durou até 19 de junho de 2012<ref name="UOLnotícias" /> e muitas organizações de mídia foram credenciadas para cobrir os procedimentos. Anders Behring Breivik reconheceu que ele havia cometido as ofensas, mas novamente declarou-se inocente, afirmando que o assassinato em massa se fazia necessário. Para Breivik, seu objetivo principal durante os procedimento jurídicos era que ele não deveria ser considerado "''insano''" ou "''psicótico''", porque isso faria como que o significado de sua mensagem se perdesse.<ref name="IG-SP">{{Citar web |url=https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-08-24/breivik-e-condenado-a-21-anos-de-prisao-por-atentados-na-noruega.html |título=Breivik é considerado são e condenado a 21 anos de prisão por ataques na Noruega |obra=IG São Paulo}}</ref> Em 24 de agosto, Breivik foi finalmente considerado mentalmente são por um painel de cinco juízes. Ele foi condenado à cumprir uma sentença de 21 anos de prisão que pode ser repetidamente prolongada a cada 5 anos, desde que ele ainda seja considerado uma ameaça à sociedade. Esta é a sentença máxima permitida pela lei norueguesa, e é a única maneira de sobrevir uma espécie de prisão perpétua.<ref name="IG-SP" />
==Repercussões==
Inicialmente, Magnus Ranstorp e outros especialistas em terrorismo suspeitaram que os estrangeiros estariam por trás dos ataques. [241] Imediatamente após o ataque, houve relatos amplos na grande mídia de noruegueses não-étnicos, (especialmente noruegueses muçulmanos), sendo submetidos a assédio e violência por parte da população. Um relatório sobre esses ataques racistas foi publicado em nome da Comissão 22. de julho em 2012.<ref name="TGdn">{{citar web|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/belief/2012/aug/28/anders-breivik-norway-islamophobia-muslims |título=After Anders Breivik's conviction, Norway must confront Islamophobia |autor=Sindre Bangstad|data=28-8-2012|publicado=The Guardian|acessodata=12-08-2019}}</ref>
 
Numa conferência de imprensa na manhã seguinte aos ataques, o primeiro-ministro [[Jens Stoltenberg]] e o ministro da Justiça, [[Knut Storberget]], dirigiram-se ao país em pronunciamento televisionado. Stoltenberg classificou o ato terrorista como uma "''tragédia nacional''" e a pior atrocidade cometida na Noruega desde a [[Segunda Guerra Mundial]]. Stoltenberg prometeu ainda que o ataque não prejudicaria a democracia norueguesa, e disse que a resposta adequada à violência era a abertura e democracia da sociedade norueguesa ainda mais. O rei [[Harald V]] enviou suas condolências às vítimas e suas famílias e pediu união ao país. Ele e a rainha Sonja visitaram pessoalmente as vítimas dos ataques, bem como as famílias dos falecidos.<ref name="rei">{{citar web|url=https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/rei-da-noruega-mostra-poder-de-recuperacao-apos-ataques-de-julho/n1597287746681.html |título=Rei da Noruega mostra poder de recuperação após ataques de julho |autor=The New York Times|data=18-10-2011|publicado=Portal de Notícias IG|acessodata=12-08-2019}}</ref>
 
Em 1 de agosto de 2011, o parlamento da Noruega, nominalmente em recesso para o verão, se reuniu novamente para uma sessão extraordinária para homenagear as vítimas do ataque. Em uma partida do procedimento parlamentar, tanto o rei Harald V como o príncipe herdeiro Haakon estavam presentes. O presidente do Parlamento da Noruega, Dag Terje Andersen, leu em voz alta os nomes de todas as 77 vítimas. A sessão foi aberta ao público, mas devido ao número limitado de lugares, a prioridade foi dada aos parentes do falecido. Os sete partidos políticos do parlamento concordaram em adiar a campanha eleitoral para as eleições locais, realizada em setembro, até meados de agosto daquele ano.
 
As [[Nações Unidas]], a [[União Européia]], a [[Otan]] e governos em todo o mundo expressaram sua condenação aos ataques, condolências e solidariedade para com a Noruega. No entanto, também houve relatos de políticos populistas de direita da Europa Ocidental dando apoio aos assassinatos ou justificando-os como resultado do [[multiculturalismo]]. Entrevistado em um programa de rádio popular, o eurodeputado italiano Francesco Speroni, um dos principais membros da [[Liga Norte]], o parceiro júnior na coalizão conservadora de [[Silvio Berlusconi]], declarou que "''as idéias de Breivik são em defesa da civilização ocidental''".<ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2011/jul/27/ex-berlusconi-minister-defends-breivik |título=Ex-Berlusconi minister defends Anders Behring Breivik |autor=|data=27-07-2011|publicado=The Guardian|acessodata=12-08-2019}}</ref> Declarações similares foram dadas pelo eurodeputado italiano Mario Borghezio.<ref>{{citar web|url=https://www.bbc.com/news/world-europe-14315108 |título=Italy MEP backs ideas of Norway killer Breivik |autor=|data=27-07-2011|publicado=BBC News|acessodata=12-08-2019}}</ref> Já Werner Koenigshofer, membro do Conselho Nacional da Áustria, foi expulso do Partido da Liberdade, da direita austríaca, após igualar o massacre norueguês com a morte de milhões de fetos através do aborto e afirmar que a existência de islâmicos na Europa causaria mil vezes mais dano do que Breivik causou.<ref>{{citar web|url=https://archive.fo/20120707121239/http://austrianindependent.com/news/Politics/2011-07-29/8578/FP%D6_kicks_out_MP_for_Norway_killing_theories |título=Italy MEP backs ideas of Norway killer Breivik |autor=Austrian Independent|data=29-07-2011|publicado=(ARQUIVO)|acessodata=12-08-2019}}</ref>
 
O massacre perpetrado por Breivik iniciou um amplo debate sobre a permissiva legislação armamentista vigente na Noruega e seus impactos sociais. Em um relatório publicado em 2012, uma comissão de especialistas propôs a proibição de armas semiautomáticas no país - muito embora apresentassem exceções no projeto de lei, sobretudo, para os atiradores profissionais. Em 2017, o governo de direita (minoria no Parlamento Norueguês), apresentou um projeto de proibição de armas semiautomáticas no país que foi amplamente endossado pelos parlamentares da nação. A lei entrará em vigor no país a partir de 2021.<ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/mundo/noruega-proibira-armas-semiautomaticas-a-partir-de-2021/ |título=Noruega proibirá armas semiautomáticas a partir de 2021 |autor=|data=22-01-2018|publicado=[[Revista Veja]]|acessodata=12-08-2019}}</ref>
==Galeria==
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