Josef Stalin: diferenças entre revisões

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Desejava uma "revolução cultural", implicando tanto a criação de uma cultura para as "massas" quanto a disseminação mais ampla da cultura anterior da elite. Supervisionou a proliferação de escolas, jornais e bibliotecas, bem como o avanço da alfabetização e numeramento. O "[[realismo socialista]]" foi promovido através das artes, enquanto Stalin pessoalmente atraiu escritores proeminentes, como [[Máximo Gorki]], [[Mikhail Sholokhov]] e [[Aleksej Nikolaevič Tolstoj]]. Também demonstrou patrocínio para cientistas cuja pesquisa se enquadrava em sua interpretação preconcebida do marxismo; ele, por exemplo, endossou a pesquisa do agrobiologista [[Trofim Lysenko]] apesar do fato de ter sido rejeitada pela maioria de seus pares científicos como [[pseudociência]]. A campanha antirreligiosa do governo foi intensificada, com o aumento do financiamento dado à [[Liga dos Ateus Militantes]]. O clero cristão, muçulmano e budista enfrentou perseguição. Muitos edifícios religiosos foram demolidos, mais notavelmente a [[Catedral de Cristo Salvador]], em Moscou, destruída em 1931 para dar lugar ao (nunca completado) [[Palácio dos Sovietes]]. A religião manteve uma influência sobre grande parte da população; no censo de 1937, 57% dos entrevistados identificaram-se como religiosos.
 
Ao longo dos anos 1920 e além, Stalin atribuiu uma alta prioridade à política externa. Pessoalmente se encontrou com uma variedade de visitantes ocidentais, incluindo [[George Bernard Shaw]] e [[H. G. Wells]], os quais ficaram impressionados com ele. Através da Internacional Comunista, seu governo exerceu forte influência sobre os partidos marxistas em outras partes do mundo; inicialmente, Stalin deixou o comando da organização em grande parte para Bukharin. Durante o [[VI Congresso da Internacional Comunista|VI Congresso]], em julho de 1928, informou aos delegados que a principal ameaça ao socialismo não vinha da direita, mas de socialistas não-marxistas e [[Social-democracia|social-democratas]], a quem ele chamava de "[[Socialfascismo|social-fascistas]]"; Stalin reconheceu que, em muitos países, os social-democratas eram os principais rivais marxistas-leninistas no apoio da classe trabalhadora. Essa preocupação com esquerdistas rivais opostos preocupava Bukharin, que considerava o crescimento do [[fascismo]] e da [[extrema-direita]] em toda a Europa uma ameaça muito maior. Após a partida de Bukharin, Stalin colocou a Internacional Comunista sob a administração de [[Dmitri Manuilski]] e [[Ósip Piátnitski]].
 
Stalin enfrentou problemas em sua vida familiar. Em 1929, seu filho Yakov tentou sem sucesso o suicídio; seu fracasso ganhou o desprezo do próprio pai. Sua relação com Nadya também era tensa em meio a seus argumentos e seus problemas de saúde mental. Publicamente, a causa da morte foi dada como [[apendicite]]; também ocultou a verdadeira causa da morte de seus filhos. Os amigos de Stalin notaram que ele sofreu uma mudança significativa após seu suicídio, tornando-se emocionalmente mais difícil.
 
== Expurgos e deportações ==