Luís Francisco José, Príncipe de Conti: diferenças entre revisões

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'''Luís Francisco José de Bourbon''' ou '''Luís Francisco II, Príncipe de Conti''' ([[Paris]], [[1 de setembro]] de [[1734]] - [[Barcelona]], [[13 de março]] de [[1814]]), foi o último [[Príncipe de Conti]], herdeiro de um [[Ramo cadete|ramo cadete]] da [[Casa de Bourbon]], cujos principais ramos governaram a França até 1848. O seu título era honorário e não possuía qualquer jurisdição territorial.
 
== Biografia ==
Nascido no Hotel de Conti em [[Paris]], em 1 de setembro de 1734, e batizado na presença do rei e da rainha franceses, ele sucedeu a seu pai, Luís Francisco I de Bourbon, Príncipe de Conti, como chefe da mais júnior filial da França da [[Casa de Bourbon]] em 1776. Sua mãe era [[Luísa Diana de Orleães]], filha mais nova de [[Filipe II, Duque d'Orleães]], regente da França durante a minoria do rei [[Luís XV da França]].
 
Desde o nascimento, ele era conhecido como o Conde de La Marche. Sua mãe morreu em 26 de setembro de 1736, dando à luz um menino natimorto. Após sua morte, seu pai se retirou da corte real para o Château de L'Isle-Adam, perseguindo seu amor pela caça, embora mais tarde ele tenha uma carreira militar distinta.
 
Em 17 de maio de 1750, Luís Francisco foi feito Cavaleiro da [[Ordem do Espírito Santo]] em [[Versalhes]]. Durante a [[Guerra dos Sete Anos]] (1756–1763), ele participou como [[Marechal de campo]] na Batalha de Hastenbeck em julho de 1757 e na Batalha de Krefeld em junho de 1758.
 
Ele se casou com sua prima em primeiro grau, [[Maria Fortunata d'Este]] (1731-1803), quarta filha de [[Francisco III de Módena]] e de sua esposa, [[Carlota Aglaé de Orleães]], que era a irmã mais velha de sua mãe; como tal, Luís Francisco José foi primo de [[Luís Filipe II, Duque de Orleães]], através de seu pai.
 
O contrato de casamento foi assinado em [[Milão]] em 3 de janeiro de 1759 pelo embaixador francês na corte de [[Turim]]. Um casamento por procuração realizou-se em Milão no dia 7 de fevereiro do mesmo ano e celebrou-se pessoalmente no dia 27 de fevereiro em [[Nangis|Nangis-en-Brie]] na [[França]]. O pai de Maria Fortunata estabeleceu-lhe um dote de um milhão de [[Libra esterlina|libras]]. Além disso, quando chegou à França, o marido recebeu 150.000 livres de [[Luís XV da França|Luís XV]]. A jovem condessa de La Marche foi apresentada ao rei e ao resto da família real em 5 de março de 1759 pela [[Luísa Isabel de Bourbon]], Viúva princesa de Conti, avó paterna de Luís Francisco. Em 1770, foram um dos doze casais convidados a jantar com os noivos, [[Luís XVI de França|Luís XVI]] e [[Maria Antonieta]], na [[Ópera]] do [[Palácio de Versalhes]], construídos para o casamento real.
 
O casal nunca teve filhos. Luís Francisco José teve dois filhos ilegítimos, nascidos em 1761 e 1767, por Marie Anne Véronèse, conhecida como ''Mademoiselle Coraline'', anteriormente dançarina em um teatro italiano. Entre seus outras amantes estava, notavelmente, Anne Victoire Dervieux.
 
Após a morte de seu pai, ele e sua esposa foram oficialmente separados em 12 de junho de 1777, antecipando a extinção da Casa de Bourbon-Conti. Ela se retirou para o Château de Triel. Depois de fugir da França durante a revolução, ela viajou incógnita como a condessa de Triel, morrendo em [[Veneza]] em 21 de setembro de 1803.
 
[[Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais|Pierre Beaumarchais]] observou no prefácio de sua peça de 1778, [[Le nozze di Figaro|O Casamento de Fígaro]] (que satirizou a aristocracia) que foi o falecido príncipe de Conti quem solicitou que a peça fosse escrita, e as palhaçadas de Luís Francisco José podem ter sido o modelo para as desventuras da peça.
 
Ele tomou o partido de Maupeou na luta entre o [[Chanceler]] e os [[Parlamento francês|Parlamento]], e em 1788 declarou que a integridade da constituição deve ser mantida. Ele emigrou após a [[Revolução Francesa]], mas se recusou a participar dos planos para a invasão da França. Ele retornou ao seu país natal em 1790.
 
Preso por ordem da [[Convenção (Revolução Francesa)|Convenção Nacional]] em 1793, ele foi absolvido, mas foi reduzido à pobreza pelo confisco de suas posses. Ele depois recebeu uma pensão. Em 1797, no entanto, o [[Diretório (Revolução Francesa)|Diretório]] decidiu exilar o último dos Bourbons. Ele foi banido para a Espanha junto com seus poucos parentes que ainda viviam na França e que ainda não haviam sido mortos na revolução, incluindo [[Batilda de Orleães]]. Relegado para um lugar perto de [[Barcelona]], ele viveu na pobreza. Recusando-se a dividir as tramas dos monarquistas, ele viveu uma existência isolada em Barcelona até sua morte em 1814, quando os [[Príncipe de Conti|Príncipes de Conti]] foram extintos.
 
Ele foi enterrado pela primeira vez na Igreja de São Miguel em Barcelona antes da [[Restauração francesa|Restauração Bourbon]]. Durante o reinado de [[Luís Filipe I de França|Luís Filipe I]], ele foi removido de Saint-Michel e colocado na [[Capela real de Dreux]] em 2 de abril de 1844.
 
== Títulos e estilos ==