Tesouro de El Carambolo: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:El_Carambolo_Treasury_-_7th-5th_cent._b.C._-_Seville_-_Museo_Arqueológico_de_Sevilla.jpg|direita|miniaturadaimagem|385x385px|Original do Tesoro do Carambolo, exposto no Museu Arqueológico de Sevilla no 50 aniversário de seu achado.]]
O '''tesouro do Carambolo,''' ou de '''El Carambolo''', é um conjunto de várias peças de ouro (e cerâmica) de possível origem [[Tartesso|tartessa]], em ligação com a cultura púnica peninsular, que. foramFoi encontradasencontrado em 1958, em El Carambolo no município de Camas, a três quilómetros de Sevilla[[Sevilha]]. O conjunto estáé datado, segundoà váriosprimeira peritos,metade entredo osséculo séculos VI e VVII a.C. para(excepto oum colar, eque empoderá tornoser dado primeiraSéc. metadeVI doou século VIIV a.C. para o restante das peças).{{HarvRef|Torres Ortiz|2002|p=237}} Recentes estudos concluíram que os objectos se ligavam ao sacrifício de animais em templos fenícios, dedicados ao deus [[Baal]] e a deusa [[Astarte]], confirmando hipóteses inicialmente formuladas em 1979, divergindo da tradicional atribuição das peças à cultura [[Tartesso|tartéssica]].<ref>Inscrito en 2016 por la Junta de Andalucía en el Catálogo General del Patrimonio Histórico Andaluz, con la tipología de Zona Arqueológica. [http://www.lavanguardia.com/vida/20160426/401379171395/el-yacimiento-de-el-carambolo-en-camas-sevilla-declarado-zona-arqueologica.html ''El yacimiento de El Carambolo, en Camas (Sevilla), declarado Zona Arqueológica''], La vanguardia (26 de abril de 2016).</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.diariodesevilla.es/article/ocio/529952/sevilla/se/reencuentra/con/su/huella/fenicia/museo/arqueologico.html|titulo=Sevilla se reencuentra con su huella fenicia en el Museo Arqueológico|editor-sobrenome=Diario de Sevilla}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.celtiberia.net/articulo.asp?id=1840|autor=A. M. Canto|titulo=El Tesoro del Carambolo deja de ser tartésico|editor-sobrenome=Celtiberia}}</ref>
 
== Localização ==
A trêsalguns quilómetros de Sevilha, uns pequenos montes a que [[Camas (Espanha)|chamam]] ''carambolos'' elevam-que se elevam a quase uma centena de metros sobre as águas do [[Rio Guadalquivir|Guadalquivir]]. Num deles, no termo municipal de Camas, encontra-se a ''Real Sociedade de Tiro ao Pombo'' de [[Sevilha]]. Esta entidade, que adquiriu o terreno em [[1940]], tinha iniciado obras para ampliar suas instalações, por motivo de um torneio internacional, quando o tesouro foi encontrado.
 
A lenda de que existia um tesouro no lugar já era antiga, mas até então era apenas isso, uma lenda.
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== Achado ==
[[Ficheiro:Tesoro_del_Carambolo.jpg|direita|miniaturadaimagem|Réplica do conjunto do tesouro do Carambolo.]]
O 30 de setembro de 1958, um dos operários encontrou quase à superfície uma bracelete (que depois resultou ser de ouro de 24 [[Quilate|quilates]]) e um incalculável valor [[Arqueologia|arqueológico]].
Aparentemente erampoderiam ser imitações de jóias antigas, de latão ou cobre, pelo que não deram valor ao encontrado. Tanto é assim, que repartindo-as repartiram entre os trabalhadores.{{HarvRef|Carrillo González|2011|pp=149-150}} Um deles, para demonstrar que não podiam ser de ouro, dobrou repetidamente uma das peças até rompera partir.{{HarvRef|Carrillo González|2011|pp=149-150}}
 
A directora procurou a intervenção dode um arqueólogo (Juan de Mata Carriazo e Arroquia), que estabeleceu que estas peças pertenciam, a um período compreendido entre os séculos VII e VIII antes de Cristo, descrevendo o achado assim:{{Quote|El''O tesorotesouro estáé formado por 21 piezaspeças de oroouro de 24 quilates, concom unum peso total de 2,9502950 gramosgramas. JoyasJóias profusamente decoradas, concom unuma arte fastuosofaustosa, adelicada lae vez delicado y bárbarobárbara, concom muynotável notable unidadunidade de estilo ye unum estado de conservaciónconservação satisfactoriosatisfatório, salvo algunasalgumas violenciasviolências ocurridasocorridas en elno momento deldo hallazgoachado (...) UnUm tesorotesouro digno de [[Argantonio]]", legendariolendário reyrei de [[Tartessos]].''}}A técnica de aproveitar um nome da mitología clássica ou grecolatina, vinha de [[Heinrich Schliemann|Schliemann]], que ao descobrir algumas peças de ouro, rapidamente disse que seriam de Helena de Tróia ou Agamemnón, sem ter outra prova disso.
Aparentemente eram imitações de jóias antigas, de latão ou cobre, pelo que não deram valor ao encontrado. Tanto é assim, que as repartiram entre os trabalhadores.{{HarvRef|Carrillo González|2011|pp=149-150}} Um deles, para demonstrar que não podiam ser de ouro, dobrou repetidamente uma das peças até romper.
 
A directora procurou a intervenção do arqueólogo Juan de Mata Carriazo e Arroquia, que estabeleceu que estas peças pertenciam, a um período compreendido entre os séculos VII e VIII antes de Cristo, descrevendo o achado assim:{{Quote|El tesoro está formado por 21 piezas de oro de 24 quilates, con un peso total de 2,950 gramos. Joyas profusamente decoradas, con un arte fastuoso, a la vez delicado y bárbaro, con muy notable unidad de estilo y un estado de conservación satisfactorio, salvo algunas violencias ocurridas en el momento del hallazgo (...) Un tesoro digno de [[Argantonio]]", legendario rey de [[Tartessos]].}}A técnica de aproveitar um nome da mitología clássica ou grecolatina, vinha de [[Heinrich Schliemann|Schliemann]], que ao descobrir algumas peças de ouro, rapidamente disse que seriam de Helena de Tróia ou Agamemnón, sem ter outra prova disso.
 
== Peças do tesouro ==
Diversas técnicas foram empregues na execução do tesouro. Alguns elementos, devido às concavidades que apresentam, teriam incrustações de [[Turquesa|turquesas]], [[Gema (mineralogia)|pedras semipreciosas]] ou de origem vítrea.
 
Uma das jóias mais destacadas, que apresenta uma decoração floral bastante diferente do resto do tesouro, consiste numa corrente dupla com fecho decorado, de onde pendem sete dos oito selos giratórios originais. Estes selos, que na sua origem poderiam ter servido para marcar propriedades, selar contratos, classificam-se como correspondentes à época tartessa, mas podem ter deixado de ter sua função original como [[Carimbo|selos]] e se ter convertido posteriormente numa mera jóia de enfeite.
 
Estes selos, que na sua origem poderiam ter servido para marcar propriedades, selar contratos, classificam-se como correspondentes à época tartessa, mas podem ter deixado de ter sua função original como [[Carimbo|selos]] e se ter convertido posteriormente numa mera jóia de enfeite.
 
== Controvérsias ==
Enquanto algumas opiniões pensam que era o tesouro de um rei ou reis, como Juan de Mata Carriazo, outros arqueólogos têm considerado que o tesouro poderia ser de jóias para animais, o qual não encaixa com o valor (já que são uns três quilos de ouro) nem com a função normal de uso de peças na antiguidade.
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Ficheiro:Archivo:Pectoral224.jpg|Peitoral
Ficheiro:Archivo:Tesoro del Carambolo (reproducción Ayuntamiento de Sevilla).jpg|Pulseira
Ficheiro:Archivo:Tesoro del Carambolo (reproducción Ayuntamiento de Sevilla) 002.jpg|Peitoral
Ficheiro:Archivo:Tesoro del Carambolo (reproducción Ayuntamiento de Sevilla) 003.jpg|Colar
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== Controvérsia ==
Enquanto a opinião clássica associa o achado a um tesouro de reis, como fez Juan de Mata Carriazo, recentemente outros arqueólogos têm especulado que o tesouro poderia ser de jóias para animais, o qual não encaixa com o valor (são três quilos de ouro), nem com a função normal de uso de peças de ouro na Antiguidade. Esses estudos clamam que os objectos se ligavam ao sacrifício de animais em templos fenícios, dedicados ao deus [[Baal]] e a deusa [[Astarte]], divergindo assim da tradicional atribuição das peças à cultura [[Tartesso|tartéssica]].<ref>Inscrito en 2016 por la Junta de Andalucía en el Catálogo General del Patrimonio Histórico Andaluz, con la tipología de Zona Arqueológica. [http://www.lavanguardia.com/vida/20160426/401379171395/el-yacimiento-de-el-carambolo-en-camas-sevilla-declarado-zona-arqueologica.html ''El yacimiento de El Carambolo, en Camas (Sevilla), declarado Zona Arqueológica''], La vanguardia (26 de abril de 2016).</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.diariodesevilla.es/article/ocio/529952/sevilla/se/reencuentra/con/su/huella/fenicia/museo/arqueologico.html|titulo=Sevilla se reencuentra con su huella fenicia en el Museo Arqueológico|editor-sobrenome=Diario de Sevilla}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.celtiberia.net/articulo.asp?id=1840|autor=A. M. Canto|titulo=El Tesoro del Carambolo deja de ser tartésico|editor-sobrenome=Celtiberia}}</ref>
 
== Ver também ==
 
* [[Tartesso|Tartessos]]
* [[Tesouro de Aliseda]]
 
== Referências ==
{{Referências}}
 
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* {{Citar livro|url=http://books.google.es/books?id=HyqAQss0zzsC&pg=PA224&dq=Tesoro+del+carambolo&hl=es&sa=X&ei=Gb2mU_W-JPPH7AbH44H4AQ&ved=0CEMQ6AEwBzgo#v=onepage&q=Tesoro%20del%20carambolo&f=false|título=Breve historia de Tartessos|ultimo=Carrillo González|primeiro=Raquel|local=Madrid|isbn=978-84-9967165-9}}
* {{Citar livro|url=http://books.google.es/books?id=wHK-a4Y4EesC&pg=PA474&dq=Tesoro+del+carambolo&hl=es&sa=X&ei=-LamU4uSNo6e7AaWp4CQBw&ved=0CCYQ6AEwAQ#v=onepage&q=Tesoro%20del%20carambolo&f=false|título=Tartessos|ultimo=Torres Ortiz|primeiro=Mariano|local=Madrid|isbn=84-95983-03-6}}
 
== Ligações externas ==
{{Commonscat|Treasure of El Carambolo}}
* [http://maps.google.es/?ie=UTF8&om=1&z=16&ll=37.392613,-6.037245&spn=0.007075,0.013776&t=k Localización del lugar del hallazgo.]