António de Oliveira Salazar: diferenças entre revisões

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m →‎Salazar e os monárquicos: Ligação incorreta. Trata-se de outro Fernando de Sousa
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Salazar conseguiu alimentar durante muito tempo a lenda dos seus sentimentos [[monarquia|monárquicos]]. O conhecimento que hoje temos dos seus "escritos de juventude",<ref>{{Citar web |url=http://www.angelfire.com/pq/unica/monumenta_jmq_origens_salazar.htm |título=Publicados por Manuel Braga da Cruz; cf. José Manuel Quintas, "Origens do pensamento de Salazar", ''História'', nº 4/5, Julho / Agosto 1998, pp. 77–83. |acessodata=2007-12-29 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080430035054/http://www.angelfire.com/pq/unica/monumenta_jmq_origens_salazar.htm |arquivodata=2008-04-30 |urlmorta=yes }}</ref><ref>CUNHA, Carlos Guimarães. ''Salazar e os Monárquicos: A Tentativa Restauracionista de 1951''. Lisboa, Sítio do Livro Lda, 2010. pp. 93-96.</ref> a observação cuidada dos acontecimentos políticos da época e o conteúdo da correspondência entre Salazar e Caetano, revelam que o seu alegado "monarquismo" se inseriu num habilidoso jogo político através do qual Salazar conseguiu obter o apoio de alguns [[monárquicos]] para sustentar o seu "Estado Novo".<ref>Mário Saraiva, ''Sob o Nevoeiro'', Lisboa, 1987, pp. 223–235.</ref><ref>CUNHA, Carlos Guimarães. ''Salazar e os Monárquicos: A Tentativa Restauracionista de 1951''. Lisboa, Sítio do Livro Lda, 2010. pp. 95–96.</ref>
 
O seu [[antimonarquismo]] começou a revelar-se dentro do [[Centro Católico Português]], quando, no seu congresso de [[1922,]] vinga a tese de Salazar de que o Centro deveria aceitar o regime republicano "sem pensamento reservado". Monárquicos católicos, com destaque, entre outros, para [[Fernando de Sousa]] (Nemo), [[Alberto Pinheiro Torres]], [[Diogo Pacheco de Amorim]], abandonaram então o Centro Católico.
 
Ao chegar ao poder, no discurso que proferiu em 9 de junho de [[1928]], a solução do "problema político" do regime (monarquia ou república) surgia ainda em último lugar nas suas prioridades. Uma resolução tomada dois anos depois, porém, revelava a grande distância que ia entre as suas palavras e os seus actos. Após a falhada [[Monarquia do Norte]], em [[1919]], umas centenas de oficiais do exército foram afastados do serviço ou demitidos, quando dominava a cena política o [[Partido Democrático (Portugal)|Partido Democrático]] de [[Afonso Costa]]. Mais tarde, o governo de [[António Maria da Silva]], para amainar os ânimos já muito exaltados contra a [[Primeira República Portuguesa|Primeira República]], apresentou no parlamento e no senado um projecto visando a reintegração no serviço activo daqueles oficiais. O golpe militar de 28 de maio de [[1926]] interrompeu o processo, mas, em [[1930]], o tenente-coronel [[Adriano Strecht de Vasconcelos]] apresentou ao presidente [[Óscar Carmona]] um documento intitulado "A Situação Jurídica dos militares afastados do serviço do Exército em 1919", pedindo justiça.<ref name="História de Portugal.Info"/> Oliveira Salazar reagiu impedindo a reintegração daqueles oficiais monárquicos.