Problemas do Recife: diferenças entre revisões

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== Processos informais de ocupação do solo ==
Nas décadas anteriores, existia a omissão do [[Estado]] em relação a uma necessária regulação das propriedades urbanas e sua ação direta, por meio de políticas de [[desenvolvimento urbano]] e [[habitacional]], se rebateram numa distribuição seletiva dos investimentos públicos, incentivando a retenção especulativa da terra e restringindo o acesso ao solo urbano e à moradia para a população de baixa renda. Esta população só vem tendo, historicamente, acesso à terra urbana e a alternativas habitacionais mediante ações informais e irregulares de ocupação da terra e padrões de baixíssima qualidade na construção da habitação, em áreas pouco infra-estruturadas e ambientalmente frágeis, com as piores condições de habitabilidade (margens de córregos), áreas de risco geotécnico, entre outras). Porém, desde a [[década de 2000]] a Prefetura vem fazendo investimentos significativos no setor habitacional<ref>{{citar web |url=http://www.recife.pe.gov.br/especiais/recifesempalafitas/index.php |publicado=Recife.pe.gov.br |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= }}</ref> O [[Governo Federal (Brasil)|Governo Federal]] em parceria com o Governo de Pernambuco e com empresas do setor imobiliário<ref>{{citar web |url=http://www1.caixa.gov.br/popup/home/popup_home_9.asp |publicado=Caixa.gov.br |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= }}</ref>, no final da [[década de 2000]] também investiu na parte habitacional.
 
== Mobilidade e transporte público ==
Um dos problemas de mobilidade recifenses mais denunciados são os constantes engarrafamentos, resultantes da saturação da malha viária municipal, não projetada para um tráfego intenso e crescente, perante o aumento desenfreado do número de carros e motocicletas nas últimas décadas. O problema é tamanho que Recife é a cidade brasileira com o trânsito mais lento nos horários de pico (86% mais devagar do que nos horários de vale), segundo dados de 2017 da [[99 (aplicativo)|99 Tecnologia]].<ref>{{citar web |url=https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/26/politica/1530040918_051796.html |publicado=EL PAÍS Brasil |autor=Marina Rossi |obra= |título= Recife, o pior trânsito "em linha reta" do Brasil |data=26 de junho de 2018 |acessodata=29 de agosto de 2019 }}</ref>
 
Associado ao trânsito carente de fluidez, o transporte coletivo por ônibus também é frequentemente criticado pelos recifenses e muitas vezes preterido em favor do transporte individual motorizado. Pesquisa de 2015 da [[Proteste]] - Associação Nacional de Defesa do Consumidor revelou que Recife é a capital com os usuários de transporte público mais insatisfeitos, os ônibus menos pontuais e a segunda maior lentidão na locomoção do Brasil.<ref>{{citar web |url=https://noticias.ne10.uol.com.br/jc-transito//noticia/2015/02/09/usuarios-de-transporte-publico-do-recife-sao-os-mais-insatisfeitos-do-pais-aponta-pesquisa-532331.php |publicado=JC Trânsito - NE10 |autor= |obra= |título= Recife, o pior trânsito "em linha reta" do Brasil |data=9 de fevereiro de 2015 |acessodata=29 de agosto de 2019 }}</ref> Essa realidade tem melhorado muito pouco ao longo dos anos, sendo muito frequentes as reclamações de usuários de que a qualidade do transporte municipal não acompanha os aumentos anuais das tarifas de ônibus, permanecendo superlotados, desconfortáveis, majoritariamente desprovidos de ar condicionado (mesmo numa cidade de clima bastante quente e úmido) e com renovação de frota aquém do desejado pela população.<ref>{{citar web |url=https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/cotidiano/2018/01/13/NWS,55428,70,449,NOTICIAS,2190-POR-QUE-CONTA-TRANSPORTE-PUBLICO-NUNCA-FECHA.aspx |publicado=FolhaPE.com.br |autor=Luiz Filipe Freire |obra= |título= Por que a conta do transporte público nunca fecha? |data=13 de janeiro de 2018 |acessodata=29 de agosto de 2019 }}</ref>
 
Para complicar a situação, o transporte sobre trilhos da cidade e da região metropolitana não atende à demanda existente. A malha metroferroviária é muito reduzida, estando as linhas do [[Metrô do Recife]] construídas sobre o leito ferroviário de antigos ramais da [[RFFSA]], não atravessando os bairros mais necessitados de transporte de massa rápido e carecendo de projetos de expansão - e, em diversos casos, propostas de ramais de metrô ou VLT são preteridas em favor de projetos de [[BRT]] nem sempre implementados. Os trens frequentemente andam superlotados e com ar condicionado quebrado, percorrem diversos trechos em velocidade reduzida, param por falhas mecânicas ou na rede elétrica, têm um ''headway'' irregular e muitas vezes demorado e sofrem com vandalismo. As estações são desconfortáveis e repletas de lixo, não possuem nenhum aparato de segurança que proteja os passageiros de cair na via, suas escadas rolantes param com frequência e, em diversas estações, têm mão única - ou seja, só estão instaladas escadas que sobem, e as que deveriam descer não foram instaladas ou estão paradas. Os passageiros sentem medo constante de assaltos e, no caso das mulheres, também de importunações sexuais. Além disso, desde 2016 o Metrorec tem sofrido com falta de recursos até mesmo para manutenção básica do sistema, ameaçando ano após ano suspender parcialmente seu funcionamento e sendo salvo de adotar tal medida extrema por aportes emergenciais de recursos federais.<ref>{{citar web |url=https://especiais.jconline.ne10.uol.com.br/metro/ |publicado=JC Online |autor= |obra= |título= Um metrô ainda renegado |data=26 de agosto de 2017 |acessodata=29 de agosto de 2019 }}</ref>
 
O uso de bicicletas também encontra diversos problemas no Recife. A malha cicloviária ([[ciclovia]]s, [[ciclofaixa]]s e ciclorrotas) é muito pequena para as necessidades da população e tem sido expandida muito lentamente, implicando o descumprimento das metas do Plano Diretor Cicloviário da cidade. Com a carência de vias segregadas e seguras para bicicletas, os ciclistas são obrigados a pedalar nos mesmos espaços intensivamente utilizados pelos carros, motocicletas, ônibus e caminhões, correndo riscos severos de atropelamento.<ref>{{citar web |url=https://jc.ne10.uol.com.br/blogs/movecidade/2018/09/29/um-longo-caminho-pela-frente-na-ciclomobilidade/ |publicado=Blog Move Cidade - Jornal do Commercio |autor=Roberta Soares |obra= |título= Um longo caminho pela frene na ciclomobilidade |data=29 de setembro de 2018 |acessodata=29 de agosto de 2019 }}</ref> A expansão da malha cicloviária poderia ajudar a diminuir a superlotação dos ônibus, a dependência do transporte individual motorizado e, por tabela, o número de carros e motos, os engarrafamentos e a poluição atmosférica, porém hoje isso ainda é um sonho distante no Recife.
 
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