Caso Pesseghini: diferenças entre revisões

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O presidente da Comissão de Segurança Pública da [[Ordem dos Advogados do Brasil]] da Seccional São Paulo (OAB-SP), Arles Gonçalves Júnior, disse que a execução da família Pesseghini demorou cerca de 10 minutos, segundo testes feitos na residência na [[Brasilândia (bairro de São Paulo)|Brasilândia]], onde os cinco corpos foram encontrados. O chefe direto da cabo Andreia, o capitão Laerte Araquém Fidelis Dias, da 1ª Companhia do 18º Batalhão, na Freguesia do Ó, disse que desconhecia que o filho da PM era portador de uma doença degenerativa. Ele a descreveu como uma pessoa alegre e sorridente, que nunca transpareceu problemas. Outro ex-chefe da cabo ouvido no [[Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa]] (DHPP) foi o capitão Fábio Paganotto, ex-comandante da 1ª Companhia do 18º batalhão. A Corregedoria da PM investiga uma denúncia de que Paganotto foi alertado pela cabo sobre um esquema de furtos a caixas eletrônicos praticados por policiais que trabalhavam com ela. Paganotto saiu do DHPP sem falar com a imprensa. <ref>{{citar web|URL = http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,morte-de-familia-de-pms-levou-10-minutos,1068129|título = Morte de família de PMs levou 10 minutos|data = 26 de agosto de 2013|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
O [[médico legista]] e professor da UFAL ([[Universidade Federal de Alagoas]]) [[George Sanguinetti]], que ficou conhecido por refazer o laudo das mortes do casal [[Paulo César Farias|Paulo Cesar Farias]] e [[Suzana Marcolino]] e apontar que eles foram assassinados em 1996, afirmou em entrevista ao [[UOL]] que o filho do casal de policiais militares também foi assassinado junto com os pais. Ao analisar as fotos do local em que os corpos de Marcelo e dos pais foram encontrados, Sanguinetti afirma que a posição do adolescente não é compatível com a de um [[suicídio]], e sim, com a de um [[assassinato]]. {{Quotation|"''A posição em que o corpo do menino caiu, com a mão direita em cima do lado esquerdo da cabeça, e o braço esquerdo dobrado para trás, com a palma da mão esquerda aberta para cima, não é compatível com a posição de um suicida, e sim, de uma pessoa que foi assassinada (...) A configuração dos braços e o jeito como o corpo caiu não são encontrados em casos de suicídio. Ele não foi o autor do tiro, com certeza. ''"<br>(...)<br>"''Outros detalhes chamam a atenção. O menino toca só levemente na arma, enquanto nos suicídios a arma fica fixa na mão. Além disso, a mão esquerda — e o menino é canhoto — apresenta uma ferida recente no pulso, que não foi explicada. Na palma da mão, há evidência de que ele antepôs alguma defesa, de que tentou uma reação. Não tenho dúvida de que a cena foi montada. Ela não é natural. ''"<br>(...)<br>"''Houve manuseio do corpo. Tenho mais de 40 anos de [[medicina legal]] e posso dizer, com firmeza, que não foi o menino quem atirou. Se não tivesse certeza, não afirmaria isso. Fiz simulações do fato e, em nenhuma hipótese, o corpo fica daquele jeito. A posição da mãe é a de uma pessoa que estava em submissão para execução. Se estivesse em outra posição, não teria caído como caiu, com 85% do peso fora do colchão, ajoelhada. Em todas as mortes, os tiros foram de profissionais. O menino não seria capaz daquilo, mesmo que soubesse atirar''". <ref>{{citar web|URL = http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/08/11/legista-do-caso-pc-farias-contesta-pm-de-sp-e-diz-que-filho-de-sargento-da-rota-foi-assassinado.htm|título = Legista do caso PC Farias contesta PM de SP e diz que filho de sargento da Rota foi assassinado|data = 11 de agosto de 2013|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>}}
 
Além dessas evidências, o próprio padrão do crime seria muito atípico segundo escreveu o [[psiquiatra]] forense da [[USP]] Daniel Martins de Barros em sua coluna no [[Estadão]], já que no parricídio (crime de matar os pais) o autor raramente comete suicídio, enquanto no familicídio (matar a família toda) o criminoso geralmente é o pai. <ref>{{citar web|URL = http://blogs.estadao.com.br/daniel-martins-de-barros/familicidio/|título = Familicídio?|data=6 de agosto de 2013|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
Segundo Kathleen Heide, professora da Universidade do Sul da Flórida, são "''extremamente raros nas estatísticas científicas, ao redor do mundoymundo e ao longo do tempo, agressores tão jovens". ''"(...) Outra característica pouco usual é a morte de vários membros da família de uma só vez. A maioria desses crimes ocorre quando um único filho mata um único parente"'', explica ela". Estudos de Heide apontaram três tipos de agressores: aqueles abusados pelos pais, os que apresentam transtornos mentais graves e os antissociais. Para Paula Inez Cunha Gomide, presidente da [[Sociedade Brasileira de Psicologia]] e pesquisadora de parricídio no Brasil, Marcelo não parece sofrer de um transtorno mental claro nem de personalidade antissocial, dois dos três tipos de agressores identificados por Heide. ''"O psicopata não se arrepende e o psicótico tem histórico de surtos e alucinações, que teriam vindo à tona"''. Como Marcelo, na hipótese investigativa atual, teria cometido suicídio após matar os familiares, o caso não se encaixaria no tipo psicopata nem no antissocial. Ainda assim, a especialista questiona a conclusão de parricídio: ''"Como uma criança subjuga dois adultos policiais? Por que ele usaria luvas se se mataria depois? Essas perguntas ainda precisam ser respondidas".'' <ref>{{citar web|URL = http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/08/1324703-morte-de-pms-seria-caso-raro-de-parricidio.shtml|título = Morte de policiais militares seria caso raro de parricídio|data = 11 de agosto de 2013|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
Os laudos do inquérito não indicam a autoria dos crimes. A opinião é de Fernanda de Almeida Carneiro, advogada criminalista e professora da Escola de Direito do Brasil. De acordo com os documentos, houve "alteração na cena do crime". Munição deflagrada foi achada sobre estante da sala da casa da avó do menino. <ref>{{citar web|URL = http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/09/07/laudos-nao-indicam-autoria-do-crime-do-caso-pesseghini-segundo-especialista.htm|título = Laudos não indicam autoria de chacina de família em SP, diz criminalista|data=7 de setembro de 2013|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>