Francis Bacon: diferenças entre revisões

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{{mais fontes|ciência=sim|arte=sim|biografia=sim|data=janeiro de 2013}}
{{Info/Biografia
| nome = Francis Bacon
| imagem = Francis Bacon, Viscount St Alban from NPG (2).jpg
| imagem_tamanho = 250px
| legenda =
| nascimento_data = {{dni|lang=br|22|1|1561|si}}
| nascimento_local = [[Londres]]
| morte_data = {{nowrap|{{morte|lang=br|19|4|1626|22|1|1561}}}}
| morte_local = [[Londres]]
| ocupação = [[Ensaísta]], [[filósofo]], [[cientista]] e [[estadista]]
| escola = [[Sua mãeEmpirismo]]
| interesses =
| influências = [[Demócrito]], [[Parmênides]], [[Platão]], [[Aristóteles]], [[Cicero]], [[Nicolau Maquiavel]], [[Michel de Montaigne]], [[Bernardino Telesio]], [[William Gilbert]], [[Roger Bacon]]
| influenciados = [[Denis Diderot]], [[David Hume]], [[Thomas Hobbes]], [[Isaac Newton]], [[John Locke]], [[William Petty]], [[Thomas Jefferson]]
| ideias_notáveis = [[Método científico]], [[Método indutivo]]
| rodapé =
| assinatura = [[Imagem:Francis Bacon Signature.svg|150px|center]]
| magnum_opus = ''A sabedoria dos antigos''
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'''Francis Bacon, 1°. Visconde de Alban''',<ref>{{harvnb|Peltonen|2007}}</ref> também referido como '''Bacon de Verulâmio''' ([[Londres]], [[22 de janeiro]] de [[1561]] — Londres, [[9 de abril]] de [[1626]]) foi um político, filósofo, cientista, ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio) e visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da [[ciência]] moderna.
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Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em [[1584]] foi eleito para a câmara dos comuns.
 
Sucessivamente, durante o reinado de [[Jaime I de Inglaterra|Jaime I]], desempenhou as funções de procurador-geral ([[1607]]), fiscal-geral ([[1613]]), guarda do selo ([[1617]]) e grande chanceler ([[1618]]). Neste mesmo ano, foi nomeado barão de Verulam e em [[1621]], barão de Saint Alban. Também em 1621, Bacon foi acusado de estuprocorrupção. Condenado ao pagamento de pesada multa, foi também proibido de exercer cargos públicos.
 
Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o [[homem]]. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da [[Método científico|metodologia científica]] e do [[empirismo]], sendo muitas vezes chamado de "fundador da ciência moderna". Sua principal obra filosófica é o ''[[Novum Organum]]''.
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{{Portal-filosofia}}
 
== FiloofiaFilosofia ==
{{Artigo principal|Filosofia}}
[[Imagem:Bacon Great Instauration frontispiece.jpg|thumb|Frontispício da ''Instauratio magna'', Londres, 1620]]
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A '''crítica de Bacon''' vai desde os [[Filosofia antiga|'''gregos''']], passando pelos [[Filosofia medieval|'''medievais''']] e chega até sua [[Filosofia moderna|'''contemporaneidade''']], a qual, segundo ele, encontra-se num momento muito mais oportuno e maduro para propor um novo modo de fazer ciência, em relação aos tempos passados. Essa crítica se deve ao fato de que os [[Filosofia natural|filósofos naturais]] '''não''' baseavam toda sua ciência nos fatores sensíveis, mas, ao contrário, submetiam os '''poucos fatos'''<ref>BACON, Francis. Novum Organum. LIVRO I, LXII</ref> que reuniam da experiência à sua teoria ou à religião ou magia – o que, de acordo com ele, causou a '''corrupção das ciências'''.<ref>BACON, Francis. Novum Organum. LIVRO I, LXV</ref> Portanto, a crítica de Bacon se direciona para o fato da desonestidade de tais experimentos que se afirmam empíricos, contudo, na realidade, não estão fundados na empiria, mas na meditação e [[dedução]] ou, por vezes, na magia ou [[superstição]] - por isso os erros e aberrações criados pela mente humana desnuda e '''desprotegida dos ídolos.''' Bacon apresenta, então, os ''"três tipos (d)as fontes dos erros e das falsas filosofias"'': a sofística, a empírica e a supersticiosa<ref>BACON, Francis. Novum Organum. LIVRO I, LXII</ref> - Respectivamente, [[Aristóteles]], os [[Alquimia|alquimistas]] e a arte [[Superstição|supersticiosa]] ou magia. 
 
À [[Aristóteles]]<ref>BACON, Francis. Novum Organum. LIVRO I, LXIII</ref> – '''exemplo de sofística''' - a crítica se faz bastante ferrenha. Segundo Bacon, a '''Física de Aristóteles''' nada mais era do que evidências empíricas arbitrárias para a comprovação de sua dialética. Portanto, a '''indução aristotélica''' ''“submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”''<ref>BACON, Francis. Novum Organum. LIVRO I, LXIII</ref> e, assim, '''a experiência é inútil em Aristóteles''', na visão baconiana. Tal afirmação é de cucialcrucial importância, pois as obras aristotélicas (redescobertas e traduzidas na segunda metade da [[Idade Média]]) eram tidas como umas das mais notórias no campo da filosofia natural e, por isso, o esforço de Bacon em atentar para o fato de a indução de Aristóteles não ser verdadeira e que ela '''dificulta o progresso das ciências'''.
 
Aos [[Escolástica|escolásticos]], grandes leitores de Aristóteles, Bacon critica o '''abandono total da experiência''' e a '''mistura com a religião'''. Os [[Alquimia|alquimistas]]<ref>BACON, Francis. Novum Organum. LIVRO I, LXIV</ref> – '''exemplos da escola empírica''' -, embora seu ofício tivesse um certo grau de empiria, além de '''misturarem sua arte com superstição''', seus experimentos eram variados e não coletavam um '''número suficiente dados sensíveis''', deixando as descobertas nas mãos do acaso, pois não haviam prescrito um '''método seguro''' que garantisse a eficácia (ou desvelasse o fracasso) de suas práticas. E sobre as supersticiosas<ref>BACON, Francis. Novum Organum. LIVRO I, LXXXVI</ref> Bacon nem se dispõe a comentá-las, uma vez que, ''“só puderam afetar em algo apenas um porção reduzida e bem definida de objetos”''<ref>BACON, Francis. Novum Organum. LIVRO I, LXXXV</ref>