Histeria feminina: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Pelvicdouche.jpg|direita|miniaturadaimagem| Massagens com água como tratamento para a histeria (c. 1860)]]
[[Ficheiro:Female_patient_with_sleep_hysteria_Wellcome_L0040300.jpg|miniaturadaimagem|Paciente do sexo feminino com histeria do sono]]
A '''histeria feminina''' já foi um [[Diagnóstico|diagnóstico médico]] comum para as mulheres. Já não é mais reconhecido pelas autoridades médicas como um distúrbio médico, mas ainda tem implicações sociais duradouras. Seu diagnóstico e tratamento eram rotineiros por centenas de anos na [[Europa Ocidental]].<ref name="Maines">{{Citar livro|título=The Technology of Orgasm: "Hysteria", the Vibrator, and Women's Sexual Satisfaction|ultimo=Maines|primeiro=Rachel P.|isbn=0-8018-6646-4}}</ref> Na medicina ocidental, a histeria era considerada comum e crônica entre as mulheres. A [[Associação Americana de Psiquiatria|American Psychiatric Association]] parou de usar o termo ''histeria'' em 1952. Mesmo sendo categorizada como uma doença, os sintomas da histeria eram sinônimos de sexualidade feminina em funcionamento normal.<ref name="Maines" /> As mulheres consideradas histéricas apresentavam uma ampla gama de [[sintoma]]s, incluindo [[ansiedade]], falta de ar, [[Síncope (medicina)|desmaios]], nervosismo, desejo sexual, [[insônia]], retenção de líquidos, sensação de peso no abdômen, [[irritabilidade]], perda de apetite e uma "tendência a causar problemas para os outros".<ref name="Maines" /> Em casos extremos, a mulher pode ter sido forçada a entrar em um asilo de loucos ou ter sido submetida a uma [[histerectomia]] cirúrgica.<ref name="Mankiller">{{Citar livro|título=The Reader's Companion to U.S. Women's History|ultimo=Mankiller, Wilma P.|isbn=0-6180-0182-4}}</ref>
 
== Desaparecimento como diagnóstico médico ==
Ao longo das primeiras décadas do século XX, o número de diagnósticos de histeria feminina foram diminuindo. Existem muitas razões que explicam esse declínio; muitos escritores ligados à área médica indicam que a razão está diretamente conectada com o facto de que se passou a entender melhor as diferentes áreas de psicologia e seus distúrbios..<ref>{{citar livro
|autor=Mark S. Micale
|título=On the "Disappearance" of Hysteria: A Study in the Clinical Deconstruction of a Diagnosis
|publicación=[[Isis (journal)|Isis]]
|volume=84|páginas=496-526|ano=1993
}}</ref> Também se argumentou que de acordo com esse maior conhecimento, logicamente a consideração dos médicos também se alterou.
 
Com tantos sintomas possíveis, a histeria foi um diagnóstico em que qualquer condição que não pudesse ser facilmente identificada acabou por cair, tornando-se a definição genérica de tudo o que era ''misterioso'' ou não categorizado. A história é a favor da teoria que afirma que foram [[Sigmund Freud]] e [[Jean-Martin Charcot]] que levaram a histeria a desaparecer como uma doença, conforme aprofundaram o estudo da mente.<ref>{{citar web|url=http://theconversation.com/why-freud-was-right-about-hysteria-86497|titulo=Why Freud was right about hysteria|data=16-11-2017|acessodata=12-09-2019|publicado=The Conversation|ultimo=Nicholson|primeiro=Chris}}</ref> À medida que as técnicas de diagnóstico melhoravam, o número de casos diminuía até não sobrar nenhum.<ref>{{Citar web|titulo=The History of Hysteria|url=https://www.mcgill.ca/oss/article/history-quackery/history-hysteria|obra=Office for Science and Society|acessodata=2019-09-12|lingua=en}}</ref>
 
{{referências}}
 
[[Categoria:Estereótipos femininos]]
[[Categoria:Psicanálise]]