Escultura do gótico: diferenças entre revisões

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[[imagem:Wolframs-Eschenbach Liebfrauenmünster Rosenkranzaltar Mitte.jpg|thumb|370px|Escola de Veit Stoß: ''Altar Rosenkranz'', Liebfrauenmünster, Wolframs-Eschenbach. Madeira policroma, c. 1510]]
 
A '''escultura do Gótico''' representa a segunda grande escola internacional de [[escultura]] européia a florescer na [[Idade Média]], entre aproximadamente meados do {{séc|XII}} e do XVI,<ref>NOTA: A cronologia do período varia significativamente conforme a fonte consultada</ref> evoluindo a partir da [[escultura românica]] e dissolvendo-se na [[escultura do Renascimento]] e do [[Maneirismo]]. Quando os valores [[classicismo|clássicos]] voltaram a ser apreciados no [[Renascimento]] a escultura dos séculos imediatamente anteriores foi vista como disforme e rude, sendo-lhe dado o nome de ''[[Estilo gótico|gótica]]'', já que se acreditou que era fruto da cultura dos [[godos]], povos tidos como bárbaros e supostos responsáveis pelo desaparecimento do [[Império Romano]]. Mas os que viveram durante o período Gótico jamais deram esse nome a si mesmos e tampouco se consideravam bárbaros. Ao contrário, em seu aparecimento a arte gótica foi vista como inovadora e foi chamada de ''opus modernum'' (trabalho moderno), sendo a escultura uma das suas mais importantes e sofisticadas expressões. Mas a apreciação negativa perdurou até meados do {{séc|XIX}}, quando surgiu um movimento [[revivalista]], chamado [[Neogótico]], que recuperou seus valores, e modernamente se sabe que a [[arte gótica]] de fato nada tem a ver com os godos, mas a denominação permaneceu, consagrada pelo uso.<ref name="Britannica1">{{citar web |url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/239728/Gothic-art |titulo=Arte Gótica |língua2=en |publicado=[[Encyclopædia Britannica]]}}</ref><ref name="Rothschild">{{citar web |url=http://books.google.com/books?id=Gwq5Eh0s4vsC&pg=PA190&dq=%22gothic+sculpture%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&hl=pt-BR#v=onepage&q=%22gothic%20sculpture%22&f=false |titulo=Sculpture through the Ages |língua2=en |autor=Rothschild, Lincoln |publicado=Read Books, pp. 105-107 |data=2007}}</ref>
 
A escultura gótica nasceu intimamente ligada à [[arquitetura]], sendo o resultado da decoração das grandes [[catedral|catedrais]] e outros edifícios religiosos, mas eventualmente ganhou independência e passou a ser trabalhada como uma arte autônoma. Surgindo na França, na região de Paris, teve na reforma da [[Basílica de Saint-Denis]], realizada entre 1137 e 1144, sua primeira expressão importante. Sua primeira fase desenvolveu um estilo austero, estilizado, com proporções alongadas e um aspecto geral hierático, desejando transmitir uma impressão de espiritualidade, bastante longe da [[anatomia]] real de um corpo. A partir de c. 1200 o estilo começou a evoluir em direção a um maior naturalismo e realismo, com a progressiva absorção de influências clássicas e uma maior observação da natureza. Mudanças na doutrina religiosa, que levaram a uma aproximação de Deus em relação ao homem e a um abrandamento em seu caráter, antes inacessível e inflexível, também contribuíram para influenciar a evolução das formas e das temáticas preferenciais. Em c. 1300 o estilo gótico já ultrapassava amplamente as fronteiras francesas, formavam-se importantes escolas regionais, e em torno de 1400 dominava a maior parte da Europa, depois iniciando um declínio que seguiu padrões diferentes nas diferentes regiões. A escultura gótica em suas fases tardias continuou a ser bastante empregada na decoração arquitetural, mas os escultores a esta altura já haviam experimentado os mais diversos materiais e explorado os mais variados usos para os relevos e estátuas, formando um acervo de extraordinária riqueza e variedade.<ref name="Britannica1"/><ref name="Jaeger">{{citar web |url=http://books.google.com/books?id=m9JZhgQSlocC&pg=PA331&dq=%22gothic+sculpture%22&lr=&as_drrb_is=q&as_minm_is=0&as_miny_is=&as_maxm_is=0&as_maxy_is=&as_brr=3&hl=pt-BR#v=onepage&q=%22gothic%20sculpture%22&f=false |titulo=The Envy of Angels: Cathedral Schools and Social Ideals in Medieval Europe, 950-1200 |língua2=en ||trabalho=Middle Ages series |publicado=[[Universidade de Pensilvânia]], pp. 346 |data=1994 |autor=Jaeger, C. Stephen}}</ref>