Guilherme, Duque de Gloucester: diferenças entre revisões

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Ana havia se casado com o príncipe [[Jorge da Dinamarca|Jorge da Dinamarca e Noruega]] em 1683. Em seis anos de casamento, Ana engravidou seis vezes, porém nenhum dos filhos sobreviveu. Às 5h de [[24 de julho]] de [[1689]], ao final de sua sétima gravidez, ela deu à luz um menino em [[Hampton Court]]. Era costume na época o nascimento de herdeiros em potencial ao trono serem testemunhados por várias pessoas; dessa forma, o rei, a rainha e a "maioria das pessoas de qualidade na corte" estavam presentes.<ref> {{harvnb|Gregg|1980|p=72}}; {{harvnb|Somerset|2012|p=113}} </ref> O bebê foi batizado três dias depois por Henrique Compton, Bispo de Londres, como Guilherme Henrique em homenagem ao tio soberano. Seus padrinhos foram o rei, Gertrude Pierrepont, Marquesa de Halifax,<ref> {{harvnb|Chapman|1955|p=21}} </ref> e Charles Sackville, 6.º Conde de Dorset e [[Lord Chamberlain|Lorde Camareiro]].<ref> {{harvnb|Gregg|1980|p=72}} </ref> O rei o declarou como [[Duque de Gloucester]],<ref> {{harvnb|Chapman|1955|p=21}}; {{harvnb|Green|1970|p=54}}; {{harvnb|Gregg|1980|p=72}} </ref> apesar do pariato nunca ter sido formalmente criado.<ref name=gibbs > {{citar livro|autor=Gibbs, Vicary; Doubleday, H. A.|título=The Complete Peerage|página=743|volume=5|editora=St Catherine's Press|ano=1926 }} </ref> Guilherme era o segundo na linha de sucessão depois de sua mãe e era considerado a esperança dos apoiadores da revolução por seu nascimento ter assegurado a sucessão protestante.<ref name=chapman46 > {{harvnb|Chapman|1955|p=46}} </ref> A ode ''The Noise of Foreign Wars'', atribuida a [[Henry Purcell]], foi escrita em comemoração de seu nascimento.<ref> {{citar periódico|autor=White, Brian|ano=2007|título=Music for a 'brave livlylike boy': the Duke of Gloucester, Purcell and 'The noise of foreign wars'|jornal=The Musical Times|volume=148|número=1901|páginas=75–83 }} </ref> Outras odes, como ''Who Can From Joy Refrain?'' de Purcell, e ''The Duke of Gloucester's March'' e ''A Song upon the Duke of Gloucester'' de [[John Blow]], seguiram-se em seus aniversários.<ref> {{citar periódico|autor=Baldwin, Olive; Wilson, Thelma|data=setembro de 1981|título=Who Can from Joy Refraine? Purcell's Birthday Song for the Duke of Gloucester|jornal=The Musical Times|volume=122|número=1663|páginas=596–599 }} </ref><ref> {{citar periódico|autor=McGuinness, Rosamund|data=abril de 1965|título=The Chronology of John Blow's Court Odes|jornal=Music and Letters|volume=46|número=2|páginas=102–121 }} </ref> Entretanto, os apoiadores de Jaime, os [[Jacobitismo|jacobitas]], chamaram o duque de "um usurpador doente e condenado".<ref name=chapman46 />
 
Apesar de ter sido descrito como um "menino bravo e vivaz",<ref> {{harvnb|Gregg|1980|p=76}}; {{harvnb|Waller|2002|p=296}} </ref> Guilherme adoeceu com [[Convulsão|convulsões]] com apenas três semanas de idade; sua mãe então o levou para a Casa Craven em [[Kensington (Londres)|Kensington]], esperando que o ar fresco das cascalheiras fosse benéfico para sua saúde.<ref> {{harvnb|Waller|2002|p=296}} </ref> Suas convulsões eram possivelmente sintomáticas de [[meningite]], provavelmente contraídas no nascimento e que resultaram em [[hidrocefalia]]. Como era de costume entre a nobreza, o duque foi colocado aos cuidados de uma governanta, Senhora Fitzhardinge,<ref name=chapman49 > {{harvnb|Chapman|1955|p=49}} </ref> e se amamentou com uma [[ama de leite]], Sra. Pack, não com a mãe. Como parte do seu tratamento, Guilherme passeava todos os dias em uma pequena carruagem aberta para maximizar sua exposição ao ar fresco.<ref> {{harvnb|Chapman|1995|p=31}} </ref> Ana e Jorge adquiriram em 1690 uma residência permanente na área, uma mansão jacobita Casa Campden, pois o tratamento em Craven excedeu suas expectativas.<ref> {{harvnb|Chapman|1955|pp=31–32}} </ref> Foi lá que ele ficou amigo do criado Jenkin Lewis, cujas memórias são uma importante fonte histórica para os historiadores.<ref> {{harvnb|Gregg|1980|p=100}} </ref>
 
Por toda sua vida, Guilherme sofreu de uma "maleita" recorrente que foi tratada por seu médico John Radcliffe com doses regulares de Casca de Jesuíta (uma forma primitiva de [[quinina]]). O duque odiava o tratamento e geralmente vomitava logo em seguida.<ref> {{harvnb|Green|1970|p=64}} </ref> Ele tinha uma cabeça grande, possivelmente resultado de uma [[hidrocefalia]],<ref name=green55 > {{harvnb|Green|1970|p=55}} </ref> que seus cirurgiões perfuravam intermitentemente para extrair o fluido.<ref> {{harvnb|Chapman|1955|pp=30–31}}; {{citar livro|autor=Curtis, Gila|título=The Life and Times of Queen Anne|editora=Weidenfeld & Nicolson|ano=1972|página=74|isbn=0-297-99571-5 }} </ref> Ele não conseguia andar direito e tendia a tropeçar.<ref name=green55 /> Com quase cinco anos de idade, Guilherme se recusou a subir uma escada sem a ajuda de dois criados, e Lewis acabou culpando enfermeiras indulgentes por super-protegerem o menino. Seu pai o puniu até ele concordar em andar sozinho.<ref> {{harvnb|Chapman|1955|pp=57, 74–75}} </ref> [[Castigo corporal|Castigos corporais]] eram comuns na época e tais tratamentos não eram considerados muito severos.<ref> {{harvnb|Somerset|2012|p=144}} </ref>