Dialeto da costa norte: diferenças entre revisões

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O dialeto cearense possui grande quantidade de palavras e expressões populares usadas largamente pela população e que lhe são peculiares, dando ensejo até mesmo à publicação de vários dicionários de ''cearês'' catalogando essas expressões. Há termos no dialeto cearense com função expressiva e criados a partir de associações sensoriais ou imaginativas com o seu significado, como: ''bafafá'', ''estrovenga'', ''espilicute'', ''mamimolência'', ''escalafobético''..<ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=Monteiro|primeiro=José Lemos|título=Fontes bibliográficas para o estudo do dialeto cearense|jornal=Revista da Academia Cearense da Língua Portuguesa|cidade=Fortaleza|volume=9|paginas=68-94|ano=1995}}</ref> Ademais, há termos relacionados com a cultura e a economia locais, como ''alfinim'' ou ''alpercata'', assim como derivações de corruptelas ou arcaísmos, como ''bribado'' e ''bêbo'' ("bêbado", decorrente de ''briba'', corruptela de "víbora") ou ''canelal'' (derivado de "canela", significando um agrupamento de pessoas da ralé), ''ruma'' e ''arruma'' (que significa monte 'de objetos, pessoas'), assim como palavras formadas por derivação regressiva ou prefixação, como "eguar" (andar a ermo, vagar) ou, pelo contrário, "estrompa" (sujeito violento) e ''mucheada'' (corruptela de mancheia, punhado). Por fim, há diversas palavras usadas em sentido diverso do original, como ''branca'' em sentido de "cachaça" e ''amarelo'' como sinônimo de "pálido", e uma série de arcaísmos do português que persistiram no dialeto cearense, principalmente rural, como ''malino'' e ''assoprar''.<ref>{{Citar web|url=http://dicionarioceares.vilabol.uol.com.br/ca.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090118211046/http://dicionarioceares.vilabol.uol.com.br/ca.html|arquivodata=2009-01-18|título=Avexado Dicionário Cearês|publicado=web.archive.org|acessodata=23 de abril de 2012|urlmorta=no}}</ref>
 
Algumas marcas do dialeto cearense, mas não necessariamente exclusivas dele, são as interjeições usadas frequentemente para dar expressividade às frases, tais como: ''eita!'', ''arre égua!'', ''ave!'' ou ''ave maria!'', ''valha'' ou ''valha-me deus vixe!'' (que vem de virgem) ou ''ixe!'', ''oxe!'' (mas raramente ''oxente''), ''diab'é isso'', ''pera hóstia'' (corruptela de ''pela hóstia''). Há também formas regionais de termos para serem usados como vocativo, como macho e suas variantes (''má'', ''mancho'', manch, mach, ''macho véi''), assim como ''cabra'' (ou mais comumente ''caba''), ''marminino'' (típico do Cariri e Centro-Sul cearenses).
 
Algumas expressões e termos típicos do dialeto cearense são:<ref>{{Citar web|url=http://dicionarioceares.vilabol.uol.com.br/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081201162819/http://dicionarioceares.vilabol.uol.com.br/|arquivodata=2008-12-01|título=Dicionário Cearês Girias Ceará ABC Cearense|publicado=web.archive.org|acessodata=23 de abril de 2012|urlmorta=no}}</ref>