Aquenáton: diferenças entre revisões

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O reinado de Aquenáton assistiu à emergência da chamada "arte amarniana", que se caracteriza por um lado pelo naturalismo (abundância de plantas, [[flor]]es e pássaros) e pela convivência familiar do faraó e por outro lado, por uma representação mais realista das personagens que por vezes atinge o ponto da caricatura. A arte oficial apresenta o rei com uma fisionomia andrógina, com um [[crânio]] alongado, lábios grossos, ancas largas e ventre proeminente.
 
Acreditava-se que Aquenáton era portador de algum tipo de deficiência ou portador de alguma doença genética rara que transmitiu aos seus descendentes, como a [[Síndrome de Marfan]] ou a [[síndrome de Fröhlich]]. Se este fosse o caso, Nefertiti e os altos dignitários também sofreriam de alguma destas doenças visto que surgem representados da mesma forma, o que em parte parece descartar esta hipótese. Contudo, essa hipótese foi posta ao chão com estudos detalhados desenvolvidos por análise de DNA pelo egiptólogo [[Zahi Hawass]], que excluiu a possibilidade dos rostos alongados e aparência feminilizada serem devidos a uma enfermidade congênita na arte do período de [[Amarna]] e entende que a sua aparência andrógina é uma característica estilística.<ref>''Rei Tut: segredo de família'', de [[Zahi Hawass]] - ''[[National Geographic]] do Brasil'', setembro de 2010 - ano 11, nº 126, pág. 64.</ref> Para alguns autores, esta iconografia seria uma manifestação artística que visava romper com os cânones do passado (tal como Aquenáton fizera no domínio religioso) e afirmar a singularidade da família real.
 
Atribui-se a Aquenáton igualmente talentos na poesia. O faraó teria sido autor do famoso "[[Grande Hino a Aton|Hino a Aton]]" que apresenta semelhanças com o [[Livro de Salmos|Salmo 104]] da [[Bíblia]].