Bronisław Malinowski: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
Linha 21:
}}
{{antropologia}}
'''Bronisław Kasper Malinowski''' ([[Cracóvia]], [[7 de Abril]] de [[1884]] — [[New Haven]], [[16 de Maio]] de [[1942]]) foi um [[antropologia|antropólogo]] [[Polónia|polaco]]. Ele éÉ considerado um dos fundadores da [[antropologia social]]. Atuando na [[London School of Economics]] (LSE), fundou a [[funcionalismo (antropologia)|escola funcionalista]]. Suas grandes influências incluiam [[James Frazer]] e [[Ernst Mach]].
 
Segundo o antropólogo [[Ernest Gellner]], também da LSE, Malinowski tomou uma posição original em relação aos conflitos de ideias do seu tempo. Ele não repudiou o nacionalismo, uma das ideologias nascentes e marcantes do século XIX. Mas ele fundiu o [[romantismo]] com o [[positivismo]] de uma nova maneira, tornando possível investigar as velhas comunidades mas ao mesmo tempo recusando conferir autoridade ao passado. Ele rejeitou a especulação evolucionista e a manipulação do passado para fins do presente, pecados vulgares do seu tempo.
 
Sem dúvida, a principal contribuição de Malinowski àpara a Antropologia foi o desenvolvimento de um novo método de investigação de campo, cuja origem remonta à sua intensa experiência de pesquisa na [[Austrália]], inicialmente com o povo Mailu (1915) e posteriormente com os nativos das [[Ilhas Trobriand]] (1915-16, 1917-18).
 
== Introdução. Vida e obras, pesquisas e críticas ==
 
Bronislaw Malinowski nasceu em 1884 naem [[Cracóvia]] (Polônia). Inicialmente, formou-se em Ciências Exatas, mas abandonou e, parado, dedicou-se a ler ''The Golden Bough'' (tr. ''O Ramo Dourado'') de [[James Frazer]]<ref>[[#frazerGoldenBough1890|FRAZER (1890).]]</ref>. Tal leitura iria direcionar a sua pesquisa de campo por toda a vida, assim mostra o conteúdo de suas obras: expressões da espiritualidade humana; compreensão do funcionamento da mente primitiva; reflexões sobre a vida e a morte, a humanidade e a animalidade, divindade e imortalidade; a magia como forma de controlar a natureza e garantir a sobrevivência humana; a influencia do sexo sobre a vegetação; o Tabu e os perigos da alma (precauções que protegem o indivíduo e a sociedade); a coerência lógica entre os “selvagens”; os sistemas de regras que se combinam formando um todo bastante completo e harmonioso e etc. Todos os relatos trazidos por Malinowski sobre os nativos em suas obras deixam nítidos as influencias que herdou do pensamento de James Frazer.
 
Em [[Leipzig]] (Alemanha) foi orientado por [[Karl Bücher]] e [[Wilhelm Wundt]] para então ir à [[London School of Economics]] em 1910. Mais tarde publicou a primeira obra: ''[[#malinowski1913familyaustralianaborigines|The Family among the Australian Aborigenes]]'' (1913) onde criticou duramente o evolucionismo e provou conhecimento teórico. Para Malinowski, o evolucionista [[Morgan]] havia desorientado por gerações a pesquisa antropológica com o sistema classificatório de termos para parentes quando o demonstrou como aquilo que já foi e hoje já não é mais [[#Durham1986BronislawMalinowski|DUHAN (1986)]]. Da mesma forma, Gräbner, outro evolucionista, teria desenvolvido uma abordagem antifuncional, que não estabelecia relação de objetos com propósitos e uso pessoal (Ibidem).