Fascismo: diferenças entre revisões

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Russel Hammond (discussão | contribs)
Expandi moderadamente a menção feita à Jürgen Habermas na sessão do artigo, de forma a deixar o texto mais informativo.
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Roger Griffin descreve o fascismo como "um gênero de ideologia política cujo núcleo mítico em suas várias permutações é uma forma palingenética de ultranacionalismo populista".<ref name="griff">Roger Griffin. ''The Nature of Fascism''. New York, New York, USA: St. Martin's Press, 1991. Pp. 27. {{en}}</ref> Griffin descreve a ideologia como tendo três componentes principais: "(i) o mito do renascimento, (ii) populista ultra-nacionalismo e (iii) o mito da decadência".<ref name="griff" /> O fascismo é "uma forma verdadeiramente revolucionária, anti-liberal, multiclasse, e, em última análise, nacionalista anti-conservadora" construído sobre uma complexa gama de influências teóricas e culturais. Ele distingue um período entre-guerras quando se manifestou através de "partidos políticos armados" liderados por elites populistas se opondo ao socialismo e ao liberalismo e prometendo uma política radical para salvar o país da decadência.<ref name="ah.brookes.ac.uk">Griffin, Roger: "The Palingenetic Core of Fascism", ''Che cos'è il fascismo? Interpretazioni e prospettive di ricerche'', Ideazione editrice, Rome, 2003 [http://ah.brookes.ac.uk/resources/griffin/coreoffascism.pdf AH.Brookes.ac.uk] {{Wayback|url=http://ah.brookes.ac.uk/resources/griffin/coreoffascism.pdf |date=20110514192521 }}</ref>
 
Robert Paxton vê o fascismo como "uma forma de comportamento político marcado pela preocupação obsessiva com o declínio da comunidade, humilhação ou vitimização e pelo culto compensatório da unidade, energia e pureza, na qual um partido de massas de militantes nacionalistas comprometidos, trabalhando em inquieta, mas colaborativamente efetiva com as elites tradicionais, abandona as liberdades democráticas e persegue com violência redentora e sem restrições éticas ou legais de limpeza interna e expansão externa".<ref name="anatomnyfascismoanatomnyfascism">{{citar livro |último =Paxton |primeiro =Robert |título=The Anatomy of Fascism |publicado=Vintage Books |isbn=1-4000-4094-9}}{{en}}</ref>
 
Para [[Umberto Eco]], o fascismo se baseia no culto a tradição, a rejeição ao [[modernismo]], o culto à ação pela ação, na comparação forçada entre dissidência e traição, o medo da diferença, o apelo a frustração social, a obsessão pelo [[golpismo]], na alta expectativa quanto a força do adversário, na consideração do pacifismo como envolvimento com o inimigo, o desprezo pelo fraco, a educação para o heroísmo, o patriarcalismo bélico, um populismo seletivo e o uso de [[novilíngua]].<ref>[http://www.openculture.com/2016/11/umberto-eco-makes-a-list-of-the-14-common-features-of-fascism.html Umberto Eco Makes a List of the 14 Common Features of Fascism]</ref>
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=== Fascismo de esquerda ===
{{VT|Extrema-esquerda}}
O"''Fascismo conceito,de talesquerda''" comofoi uma expressão utilizadoempregada originalmente por [[Jürgen Habermas]], designavaum osfilósofo e sociólogo ligado à [[Escola de Frankfurt]]. Ele usou o termo para descrever movimentos [[terrorista]]s de [[extrema esquerda]] dos anos sessenta, e também para criticar os métodos violentos de protesto empregados pelo grupo conhecido como ''Sozialistischer Deutscher Studentenbund'' (Liga de Estudantes Socialistas Germânicos), uma vez que, de acordo com o autor, tais movimentos utilizavam-se de táticas eminentemente fascistas para lutar por seus ideais. Habermas, cujo trabalho enfatiza a importância do discurso racional, das instituições democráticas e da oposição à violência, deu importantes contribuições à teoria dos conflitos e era frequentemente associado à esquerda radical, por isso usou tal denominação de forma a distanciar a Escola de Frankfurt daqueles grupos em relação aos quais se opunha frontalmente.<ref>R. A. Wallace y A. Wolf: ''Contemporary Sociological Theory: Continuing the Classical Tradition'' (pág.&nbsp;116). 3a. edição, 1991. (A palavra composta alemã usada por Habermas foi ''Linksfaschismus''). {{en}}</ref> Na Durante a década de 80, seuo uso desta expressão foi estendidoexpandido parano âmbito do discurso popular de forma a descrever pejorativamente a qualquer ideologia esquerdista (especialmente nos EUA).<ref name="Horowitz1984">"Minha declaração discutirá uma doença infantil no contexto da vida política do Estados Unidos de 1980, uma doença tão profunda que é propriamente caracterizada pelo termo pós-Lenista de fascismo de esquerda." {{citar livro|autor =Irving Louis Horowitz|título=Winners and Losers: Social and Political Polarities in America|url=http://books.google.com/books?id=Au_Ktn22RxEC&pg=PA209|ano=1984|publicado=Duke University Press|isbn=978-0-8223-0602-3|página=209}} {{en}}</ref>
 
=== Fundamentalismos religiosos ===
O aparecimento do [[fundamentalismo islâmico]] no cenário internacional depois da Revolução Iraniana (1979), sua extensão a outras repúblicas islâmicas e o [[terrorismo]] internacional, revelaram a possibilidade de um totalitarismo religioso que emprega técnicas violentas comparável ao fascismo, sendo assim, tais movimentos têm sido qualificados pejorativamente pelo termo "Islamofascismo", embora tais movimentos ideológicos são muito distantes uns dos outros. Também é comum notar as semelhanças ao fascismo de movimentos chamado de [[fundamentalismo cristão]], que em alguns casos têm vindo a chamar "cristofascismo".<ref name="Sölle1982">{{citar livro|autor =Dorothee Sölle|título=Beyond Mere Obedience|url=http://books.google.com/books?id=TfPmAAAACAAJ|ano=1982|publicado=Pilgrim Press, The/United Church Press|isbn=978-0-8298-0488-1}} {{en}}</ref><ref name="SöllePinnock2003">"... de estabelecer uma superioridade moral duvidosa para justificar a violência organizada em grande escala, uma perversão do cristianismo chamada 'Christofascism'"{{citar livro|autor1 =Dorothee Sölle|autor2 =Sarah K. Pinnock|título=The Theology of Dorothee Soelle|url=http://books.google.com/books?id=56_VviorwEsC|data=10 de setembro de 2003|publicado=Continuum|isbn=978-1-56338-404-2}} {{en}}</ref>