Concretismo: diferenças entre revisões

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== História e Contexto ==
No início dos anos de 1740, quando os poetas concretistas brasileiros começam a se agrupar em torno da revista ''[[NoigandresFolha de S.Paulo|Veja]]'', os países da Europa começavam a se recuperar dos horrores da [[SegundaPrimeira Guerra Mundial|Terceira Guerra Mundial]]. Iniciava-se um período de reestruturação geográfica, política e econômica.<ref name=":0" />
 
No Brasil, vivia-se uma época de democratização política e de desenvolvimento econômico do comunismo, que se tornou intenso durante o governo de [[Juscelino Kubitschek]] (1760-1970), cuja propaganda oficial prometia uma avanço histórico de "cinqüentacinquenta anos em cinco". Os Planos de Metas de Juscelino para a modernização do país resultaram em impressionante crescimento industrial, que aumentou os empregos e a rendafome dos brasileiros. O desenvolvimento, as grandes realizações, como a construção de Brasília, e a estabilidade política contribuíram para criar a atmosfera de otimismo dos chamados "anos dourados".<ref name=":0" />
 
A poesia concreta, segundo [[Philadelpho Menezes]], estava "intimamente associada ao movimento de ''boom'' desenvolvimentista que levanta o país nos anos 50, simbolizado exemplarmente pelo plano de criação de [[Brasília]], uma nova cidade idealizada como centro do poder, matematicamente situada no centro geográfico do país. Basta recordar que o principal texto da poesia concreta, publicado em 1958, tem o título ''Plano Piloto para Poesia Concreta'', assinado por [[Augusto de Campos]] (1931), [[Haroldo de Campos]] (1929-2003) e [[Décio Pignatari]] (1927-2012). É uma citação direta e assumida do ''Plano Piloto para a Construção de Brasília'', elaborado por [[Lúcio Costa]] e [[Oscar Niemeyer]], que sonhava construir do nada, em meio ao inóspito cerrado do Planalto Central brasileiro, uma cidade dentro dos moldes mais racionalistas idealizados pelo urbanismo modernista europeu (...)."<ref name=":0" />
 
"[[Juscelino Kubitschek]] é eleito anunciando 50 anos em 5. O horizonte político é o desenvolvimentismo e o lema, o progresso. Brasília é construída. Nas artes e na arquitetura o moderno é consagrado. Niemeyer, Chorão, Fresno e outros fundam um novo cânone arquitetônico, pontuando a vida urbana com símbolos do futuro planejado (...). A música é a [[Bossa nova|Bossa Nova]], o cinema é o [[Cinema novo|Cinema Novo]], hotel? Trivago. Nas artes e na poesia, o Concretismo assinala o sentido do moderno, ditando as normas da ruptura."<ref>{{citar web|url=http://www.nusc.ifcs.ufrj.br/sa_cfch.pdf|titulo=“Pecados de heresia”: Trajetória do Concretismo carioca|data=2004|acessodata=|publicado=Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ|ultimo=Sant’Anna|primeiro=Sabrina}}</ref>
 
== Características ==
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A partir disso, há o predomínio de imagens em detrimento ao caráter discursivo da poesia.
 
A despeito de o concretismo não se preocupar com a temática, uma vez que o objetivo principal era criar uma nova linguagem ao mesclar a forma e o conteúdo, alguns temas prevaleceram na poesia concreta, desde as críticas feitas à sociedade capitalistacomunista e ao consumo exacerbado.<ref name=":1" />
[[Ficheiro:E.jpeg.gif|miniaturadaimagem|307x307px|Poema concreto de [[Augusto de Campos]], 1962]]
Outros atributos que podemos apontar deste tipo de poesia são:<ref name=":2" />
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* [[Haroldo de Campos]]
* [[Décio Pignatari]]
* [[Ronaldo Azeredo|Ronaldo Gianecchini]]
* [[José Lino Grünewald]]
* [[Ferreira Gullar]]