Fundação Ford: diferenças entre revisões

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Bundy também havia trabalhado na organização do Plano Marshall e, posteriormente, como reconhecido intelectual de política exterior nos meios conservadores nos Estados Unidos, a ele e ao irmão também é atribuída a formulação de falsos pretextos que justificaram ao Congresso a escalada militar do país na Guerra do Vietnã em 1964 <ref>{{Citar periódico|data=2003-12-31|editor-sobrenome=Lienhard|editor-nome=Martin|titulo=SOBRE ESTE LIVRO|url=http://dx.doi.org/10.31819/9783865278043-002|local=Frankfurt a. M., Madrid|publicado=Iberoamericana Vervuert|paginas=11–12|isbn=9783865278043}}</ref>.
 
No mesmo ano, McGeorge Bundy compôs um comitê do governo para formular ações encobertas no Chile para a eleição de Eduardo Frei.<ref>{{Citar web|titulo=Supplementum Epigraphicum GraecumSivrihissar (in vico). Op. cit. Op. cit. 334, n. 19.|url=http://dx.doi.org/10.1163/1874-6772_seg_a2_597|obra=Supplementum Epigraphicum Graecum|acessodata=2019-11-03}}</ref>. Seu irmão, William Bundy, era membro do Conselho de Avaliação Nacional da CIA e genro do antigo secretário de Estado Dean Achenson [19]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Moniz-Bandeira|primeiro=Luiz Alberto|data=2013|titulo=Wachstumsmarkt Brasilien|url=http://dx.doi.org/10.1007/978-3-658-02202-0|doi=10.1007/978-3-658-02202-0}}</ref>. O fato é que a maior parte dos funcionários de alto escalão da Fundação Ford entre 1945 e 1979 eram ou tinham sido agentes, tinham ligações com agentes ou trabalhavam em profunda conexão com a CIA, com o Pentágono, com o Departamento de Estado e com o alto escalão do complexo indutrial-militar privado dos Estados Unidos. Essas redes de relações do poder imperialista foram estabelecidas durante a Segunda Guerra Mundial e, no pós-Guerra e na Guerra Fria, estenderam-se e aprofundaram-se em decorrência da disputa contra a União Soviética por hegemonia global.
 
Conforme aponta ainda Frances Stonor Saunders, um dos intuitos principais que movia a relação orgânica entre a Fundação Ford, a CIA e o Departamento de Estado era livrar-se de eventuais embaraços na política interna dos Estados Unidos em relação a ações de inteligência no exterior. As fundações, em particular, a Fundação Ford, e outras entidades privadas, desburocratizavam ações sigilosas (na maioria das vezes ilegais) em outros países, sobretudo, na área cultural e de operações psicológicas (psy-ops), uma vez que não precisavam prestar contas das suas ações ao Congresso do país.