Fundação Ford: diferenças entre revisões
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Seis meses depois dessa aprovação, tanto Costa e Silva, como o professor e ex-reitor da USP, Gama e Silva, foram signatários do Ato Institucional n. 5 (AI-5), expressando a preocupação de ambos com o “bem estar humano” no país, promovendo expurgos, torturas, assassinatos, perseguições e toda a sorte de barbárie contra a população organizada contra o regime. Em 1 de julho de 1969, na esteira do AI-5, foi criada a Operação Bandeirantes e a Ford Motor Co., cuja maior acionista era a Fundação Ford, tornou-se uma das suas principais financiadoras <ref>{{Citar periódico|ultimo=Canabarro|primeiro=IVO Santos|data=2014-12-17|titulo=Caminhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV): memórias em construção.|url=http://dx.doi.org/10.5007/2177-7055.2014v35n69p215|jornal=Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos|volume=35|numero=69|paginas=215|doi=10.5007/2177-7055.2014v35n69p215|issn=2177-7055}}</ref>. O intuito central da operação era o extermínio dos militantes comunistas do país. A Ford Motor Co. dispendeu recursos também para a criação dos DOI-CODI, conforme, entre outras fontes, o depoimento à Comissão da Verdade do ex-agente da repressão Merival Chaves, do setor de inteligência do Exército <ref>{{Citar periódico|ultimo=CATALDO DE S T DOS SANTOS|primeiro=AMANDA|titulo=COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE: O ÚLTIMO CAPÍTULO DA JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO NO BRASIL?|url=http://dx.doi.org/10.17771/pucrio.acad.34045}}</ref>. É desnecessário mencionar aqui as atrocidades perpetradas pelo órgão contra os revolucionários brasileiros do período.
Entre as muitas iniciativas “filantrópicas” da Fundação Ford no Brasil, a mais conhecida foram os recursos que, também em 1969, a entidade destinou à criação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), cujo principal pesquisador veio posteriormente a ser presidente do país, o procônsul do império Fernando Henrique Cardoso. O centro foi fundado por professores que haviam sido demitidos da universidade em razão do AI-5 e, no primeiro momento, a embaixada dos Estados Unidos e a CIA no Brasil, talvez um pouco desinformados, viram com preocupação o auxílio da Fundação Ford. Porém, segundo o próprio Peter Bell, depois que ele se reuniu com um agente da CIA no país, a preocupação se desfez e a entidade destinou recursos à criação do centro de pesquisa.<ref>{{Citar
== Críticas ==
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