Alcácer-Ceguer: diferenças entre revisões

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Como parte da política de expansão ultramarina portuguesa, foi assaltada e conquistada por uma frota de com 220 embarcações, transportando um exército de 25 mil homens sob o comando de [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]], "O Africano", após dois dias de combate ([[23 de Outubro|23]] e [[24 de Outubro]] de [[1458]]).
 
Na empresa participaram ainda o [[infante D. Henrique]] (no comando da Armada do [[Algarve]]), o [[Fernando de Portugal, Duque de Viseu|infante D. Fernando]], o [[marquês de Valença]] (no comando da Armada do [[Porto]]) e o [[marquês de Vila Viçosa]]. Os ventos desviaram a nau do rei para as águas de [[Tânger]] cuja conquista foi cogitada pelo soberano, mas graças à influência do infante D. Henrique, que havia participado no desastre de Tânger em 1437, manteve-se a decisão de atacar Alcácer-Ceguer. A conquista foi possível devido à superioridade da [[artilharia]] portuguesa, e à estratégia do rei de [[Fez]], [[Abdal Haque II|Abdal Haque]] – que em 1437 havia capturado o [[Fernando, o Infante Santo|Infante Santo]] -, informado da presença da frota portuguesa nas àguas de Tanger, enquanto preparava um ataque a [[Tremecém]], decidiu deslocar as suas forças para defesa de Tanger.
 
De imediato foram iniciados trabalhos de recuperação e reforço das defesas. A [[mesquita]] da cidade foi transformada em igreja sob a invocação de Santa Maria da Misericórdia, outorgada à Ordem de Cristo por iniciativa do infante D. Henrique.
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A retaliação islâmica não se fez esperar. {{nowrap|D. Afonso V}} ainda se encontrava em Ceuta, quando foi informado de que as forças de Abd al-Hakk se preparavam para retomar Alcácer-Ceguer. Afonso V de imediato decidiu acorrer em defesa da praça ameaçada, sendo dissuadido por seus conselheiros. Deliberou-se então desafiar o rei de Fez para uma batalha campal, à maneira da [[Idade Média]], tendo os emissários portugueses sido recebidos a tiros e forçados a retroceder.
 
A esquadra portuguesa aportou ao largo de Alcácer-Ceguer mas os seus esforços foram em vão, uma vez que os sitiantes não se amedrontaram, não tendo sido possível fazer chegar qualquer tipo de ajuda aos sitiados. Estes, sob o comando de D.[[Duarte de Meneses, Conde de Viana|Duarte de Menezes]] - filho do primeiro capitão de Ceuta, D. [[Pedro de Meneses, 1.º Conde de Vila Real|Pedro de Meneses]] -, resistiram por 53 dias, infligindo tantas perdas ao inimigo, que este acabou por retirar, a [[2 de Janeiro]] de [[1459]].
 
Seis meses mais tarde, a 2 de Julho de 1459, Abd al-Hakk voltou a cercar a cidade. Durante este cerco, D. Duarte de Meneses mandou vir do reino a esposa e os filhos que, com alguma dificuldade, conseguiram furar o cerco e ingressar na praça. Esta atitude do capitão deu novo ânimo à guarnição sitiada que não cedeu as defesas, vindo o assédio a ser levantado em [[24 de Agosto]] de 1459. Como recompensa pelas defesas de Alcácer-Seguer, o soberano elevou D. Duarte de Meneses a [[conde de Viana]] (Abril de 1460).