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{{Info/Escritor
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'''Serafim Soares Leite''' ([[São João da Madeira]], {{dtlink|lang=br|6|4|1890}} — [[Roma]], {{dtlink|27|12|1969}})<ref>Livro de Batismos de S. João da Madeira - [https://digitarq.adavr.arquivos.pt/Controls/vaultimage/?id=FD1E60C610E86539BBC5D3B0D98964A1&r=0&ww=1000&wh=600 PT-ADAVR-PSJM01-1-47, f 21, Registo 41], Arquivo Distrital de Aveiro</ref> foi um padre [[jesuíta]], [[poeta]], [[escritor]] e [[história|historiador]] [[Portugal|português]] que viveu muitos anos no [[Brasil]], primeiro na adolescência e, posteriormente na idade madura, como pesquisador da atuação dos padres da [[Companhia de Jesus]], catequisadores e educadores em terras brasileiras a partir do século XVI.<ref name=":0">'''[https://acompanhiadejesuseosindios.files.wordpress.com/2011/09/serafim-soares-leite1.pdf Serafim Soares Leite]''', Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – Departamento de História Pesquisa: A Companhia de Jesus e os índios na capitania do Rio de Janeiro. Séculos XVI, XVII e XVIII. Orientador: Eunícia Fernandes Pesquisadoras: Lívia Uchoa; Maria José Barboza (2008.2); Maria José Barboza (2011.1)</ref>
 
== Biografia ==
Iniciou os estudos na sua cidade natal e terminado o primário, com a ajuda de um tio abade, uma vez que seus pais exerciam humildes ocupações, ingressou no Internato dos Carvalhos, junto à cidade do [[Porto]].<ref name=":0" />
 
Aos quinze anos, acompanhando o pai, deixa Portugal em busca das oportunidades oferecidas pela [[Amazônia]] que vivia a ''febre da borracha'': [[Belém (Pará)|Belém]], [[Manaus]] e o Rio Negro onde foi caucheiro e viveu em contato direto com as várias tribos da região.<ref name=":0" />
 
Em 1910 deixa a selva e vai fixar residência na cidade de [[Monte Alegre (Pará)|Monte Alegre]] no estado do [[Pará]], tornando-se guarda-livros de um negociante local. Foi nessa modesta cidade às margens do [[rio Amazonas]] que Serafim Leite fez sua estreia como escritor. Publicou no jornal local, ''A Gazeta'', um conto intitulado ''Joel e Fátima'' usando o pseudônimo de ''João Madeira''.<ref> Hélio Viotti, ob. cit. p. 10</ref>
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Escreveu a monumental obra [[História da Companhia de Jesus no Brasil]], em dez volumes, que lhe veio a merecer o [[Prémio Nacional de História]], também conhecido por [[''Prémio Alexandre Herculano'']], atribuído em 1938. Em [[1954]] na ocasião do IV centenário da cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e incentivado por [[Sergio Buarque de Holanda]], o autor pública Cartas dos primeiros jesuítas no Brasil.<ref>UCHOA, Lívia e BARBOZA, Maria José. ''A Companhia de Jesus e os índios na capitania do Rio de Janeiro. Séculos XVI, XVII e XVIII''. Orientadora: Eunícia Fernandes - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2008.</ref>
 
A obra do padre Serafim Leite, que é composta de muitos outros títulos além dos acima citados, é no dizer de outro historiador jesuíta, o padre Hélio Viotti, tão importante que jamais se poderia escrever corretamente a história do Brasil e, por extensão, do império português, se não tivesse sido publicada.<ref name=":0" />
 
=== O cidadão sanjoanense ===
Contribuiu para a emancipação municipal de [[São João da Madeira]] em [[1926]], quando liderou o "Grupo Patriótico Sanjoanense", um grupo de notáveis sanjoanenses, todos apoiantes da "Ditadura Nacional", e, posteriormente comprometidos com o salazarismo, Brindou também a sua terra natal com um brasão, com o desenho de uma fábrica e um molhe de palha no escudo, mas que apesar de usado pelo município, devido ao desrespeito pelas regras da heráldica, não pode ser registado. Concebeu um hino para a cidade, carregado de simbolismo, mostrando claramente estar contra a República, ser contra a democracia, ser activista e sensor do regime. Foi um activista do Estado Novo, sensor e perseguidor de diversas individualidades da oposição, nomeadamente de João da Silva Correia, o maior escritor sanjoanense de sempre. [[São João da Madeira]] está patente numa das principais avenidas da cidade, com o nome do filho ilustre que tanto amou o lugar em que veio à luz. Existe também na cidade, em sua homenagem, uma escola batizada com o nome do famoso jesuíta.<ref name=":0" />
 
Teve colaboração nos conteúdos religiosos da ''[[Mocidade Portuguesa Feminina (boletim mensal)|Mocidade Portuguesa Feminina: boletim mensal]]''<ref >{{Citar web |autor=Helena Roldão |data=02-05-2014 |título=Ficha histórica: Mocidade Portuguesa Feminina : boletim mensal (1939-1947). |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/MocidadePortuguesaFeminina.pdf |formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=27 de Maio de 2014}}</ref> (1939-1947).