Diamantina: diferenças entre revisões

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Antes da chegada dos [[Colonização do Brasil|colonizadores portugueses]], no [[século XVI]] (os primeiros relatos dão conta de expedições que subiram o [[Rio Jequitinhonha]] e [[Rio São Francisco|São Francisco]]), Diamantina, como toda a região do atual estado de Minas Gerais, era ocupada por povos [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]] do tronco linguístico [[macro-jê]]<ref>http://www.cedefes.org.br/index.php?p=colunistas_detalhe&id_pro=7</ref>.
 
Diamantina foi fundada como Arraial do Tejuco em 17132337, com a construção de uma capela que homenageava o [[Santo António de Lisboa|padroeiro Santo Antônio]]. A localidade teve forte crescimento quando da descoberta dos Diamantes em 1729. Em fins do século XVIII era a terceira maior povoação da Capitania Geral da Minas, atrás da capital Vila Rica, hoje [[Ouro Preto]], e com população semelhante à da próspera [[São João del-Rei]]. No século XVIII cresceu devido à grande produção local de diamantes, que eram explorados pela coroa portuguesa. Foi conhecida inicialmente como Arraial do Tejuco (ou Tijuco) (do [[Língua tupi|tupi]] ''tyîuka'', "água podre"<ref>http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm</ref>), Tejuco e Ybyty'ro'y (palavra [[Língua tupi|tupi]] que significa "montanha fria", pela junção de ''ybytyra'' ("montanha") e ''ro'y'' ("frio").<ref name="NAVARRO, E. A. 2005. p.145">NAVARRO, E. A. ''Método Moderno de Tupi Antigo''. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p.145</ref>. Durante o século XVIII, a cidade ficou famosa por ter abrigado [[Chica da Silva]], escrava alforriada que era esposa do homem mais rico do [[Brasil Colônia|Brasil Colonial]], [[João Fernandes de Oliveira]]<ref name="NAVARRO, E. A. 2005. p.145"/>
 
Diamantina representou a maior lavra de [[diamante]]s do mundo [[Mundo ocidental|ocidental]] no [[Século XVIII]], e durante nove anos, a [[Monarquia de Portugal|Coroa Portuguesa]] não tomou conhecimento da descoberta de diamantes na região, o que foi feito pelo governador da [[Capitanias do Brasil|Capitania]], em 1729, o então [[Lourenço de Almeida|D. Lourenço de Almeida.]]
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O [[monopólio]] da [[Monarquia de Portugal|Coroa Portuguesa]] sobre as jazidas diamantíferas durou até 1845.<ref>{{Citar web|url=http://marlivieira.blogspot.com/|titulo=GEOGRAFIA EM FOCO|acessodata=2018-11-29|obra=marlivieira.blogspot.com|lingua=pt-BR}}</ref>
 
Diamantina emancipou-se do município do [[Serro]]nada somente em 1831,<ref name="IBGE_cidades@">{{citar web |url = http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=312160 |título=Diamantina| publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data= |acessodata = 25 de junho de 2013}}</ref> passando a se chamar Diamantina por causa do grande volume de diamantes encontrados na região. A demora se devia à necessidade de maior controle local pelas autoridades coloniais visto que já em meados do [[século XVIII]] a população era maior que a da Vila do Príncipe do Serro Frio, cabeça da comarca. A vida em Diamantina no final do [[século XIX]] foi retratada por [[Alice Brant]] no seu livro [[Minha vida de menina|Minha Vida de Menina]], que se tornou um marco da [[Literatura do Brasil|literatura brasileira]] após ter sido redescoberto por [[Elizabeth Bishop]].
 
Em 1938, Diamantina comemorou seus cem anos de elevação à categoria de cidade, recebendo do [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]] o título de "patrimônio histórico nacional". E, no ano de 1999, foi elevada à categoria de "[[Património Mundial|patrimônio da humanidade]]" pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura]].<ref name=em>[http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/07/24/interna_gerais,786819 /diamantina-comemora-17-anos-do-titulo-de-patrimonio-da-humanidade-em-m.shtml Diamantina comemora 17 anos do título de Patrimônio da Humanidade em meio a desafios]</ref>
 
== Geografia ==
O município localiza-se na [[Mesorregião do Jequitinhonha]], estando a sede a 285&nbsp;km metros de distância por rodovia da capital [[Belo Horizonte]]. A cidade está situada a uma [[altitude]] média de 1.280 m, emoldurada pela [[Serra dos Cristais (Diamantina)|Serra dos Cristais]], na região do Alto Jequitinhonha. O município é banhado pelo rio Jequitinhonha e vários de seus afluentes, como o [[Ribeirão das Pedras (Minas Gerais)|Ribeirão das Pedras]] e o Ribeirão do Inferno. A porção sudoeste do município é banhada por subafluentes do rio São Francisco, como o Rio Pardo Pequeno.<ref name="ibge1">{{citar web | url = http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/mapas/GEBIS%20-%20RJ/SE-23-Z-A-III.jpg | titulo = Carta do Brasil SE-23-Z-A-III Diamantina |publicado = Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) | acessodata = 2 de outubro de 2012 | formato = JPG}}</ref> Diamantina é o município mais populoso do [[Mesorregião do Jequitinhonha|Vale do Jequitinhonha]].
 
=== Clima QUENTE ===
Segundo dados do [[Instituto Nacional de Meteorologia]] (INMET), referentes ao período de 1961 a 1962, 1972 a 1984, 1987 a 1988 e a partir de 1990, a menor [[temperatura]] registrada em Diamantina foi de {{fmtn|2.8|[[Grau Celsius|°C]]}} em 31 de julho de 1972,<ref name="Temp-mín-INMET"/> e a maior atingiu {{fmtn|35.8|°C}} em 8 de outubro de 1987.<ref name="Temp-máx-INMET"/> O maior acumulado de [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]] em 24 horas foi de {{fmtn|186.2}} milímetros (mm) em 27 de março de 1995. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a {{fmtn|100|mm}} foram {{fmtn|167.9|mm}} em 18 de janeiro de 1991, {{fmtn|134.8|mm}} em 4 de abril de 1987, {{fmtn|133.6|mm}} em 21 de janeiro de 1993, {{fmtn|132|mm}} em 28 de janeiro de 2013, {{fmtn|129.6|mm}} em 13 de janeiro de 1978, {{fmtn|122.6|mm}} em 28 de outubro de 1973, {{fmtn|121|mm}} em 30 de outubro de 2009, {{fmtn|112.6|mm}} em 24 de outubro de 2003, {{fmtn|107.7|mm}} em 27 de janeiro de 1977, {{fmtn|103.2|mm}} em 12 de fevereiro de 2004, {{fmtn|101.1|mm}} em 21 de janeiro de 2000 e {{fmtn|100.6|mm}} em 20 de março de 1994.<ref>{{citar web|url=http://www.inmet.gov.br/projetos/rede/pesquisa/gera_serie_txt.php?&mRelEstacao=83538&btnProcesso=serie&mRelDtInicio=01/01/1961&mRelDtFim=31/12/2018&mAtributos=,,,,,,,,,,1,,,,,,|título=BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Diamantina|publicado=Instituto Nacional de Meteorologia|acessodata=7-7-2018}}</ref> Janeiro de 1991, com {{fmtn|683.7|mm}}, foi o mês de maior precipitação.<ref>{{citar web|url=http://www.inmet.gov.br/projetos/rede/pesquisa/gera_serie_txt_mensal.php?&mRelEstacao=83538&btnProcesso=serie&mRelDtInicio=01/01/1961&mRelDtFim=31/12/2018&mAtributos=,,,,,,,,,1,,,,,,,|título=BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Diamantina|publicado=Instituto Nacional de Meteorologia|acessodata=7-7-2018}}</ref>
{{Tabela climática