Embargo dos Estados Unidos a Cuba: diferenças entre revisões

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=== Restrições ao turismo ===
[[Ficheiro:Cuba-US map.jpg|miniaturadaimagem|285x285px|[[Cuba]] está localizada a 145 quilômetros a sul do [[Estados dos Estados Unidos|estado norte-americano]] da [[Flórida]].]]
De acordo com os Regulamentos de Controle de Ativos Cubanos, as pessoas sujeitas à jurisdição dos Estados Unidos devem obter uma licença para se envolver em quaisquer transações relacionadas a viagens, de acordo com viagens para, de e dentro de Cuba. As transações relacionadas exclusivamente a viagens turísticas não são licenciadas.
 
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=== Cubano-americanos ===
[[Ficheiro:Press conference, Havana.jpg|miniaturadaimagem|350x350px|[[Barack Obama]] e [[Raúl Castro]] se cumprimentam, durante uma conferência em 2016.]]
Em 13 de abril de 2009, o presidente [[Barack Obama]] relaxou a proibição de viajar, permitindo que cubano-americanos viajassem livremente para Cuba;<ref>{{Citar web|titulo=Obama Lifting Cuba Travel Restrictions|url=https://www.huffpost.com/|obra=HuffPost|acessodata=2019-11-09|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> e em 14 de janeiro de 2011, ele relaxou ainda mais a proibição, permitindo que estudantes e missionários religiosos viajassem para Cuba se cumprirem certas restrições.<ref>{{Citar web|titulo=Reaching Out to the Cuban People|url=https://obamawhitehouse.archives.gov/the-press-office/2011/01/14/reaching-out-cuban-people|obra=whitehouse.gov|data=2011-01-14|acessodata=2019-11-09|lingua=en}}</ref>
 
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=== Investimento em Cuba por americanos ===
Em fevereiro de 2016, o governo dos Estados Unidos permitiu que dois homens americanos do [[Alabama]] construíssem uma fábrica que montaria até 1.000 pequenos tratores por ano para venda a agricultores privados em Cuba. A usina de US$ 5 milhões a US$ 10 milhões seria o primeiro investimento comercial significativo dos Estados Unidos em solo cubano desde 1959. Eles esperam começar a fazer entregas em 2017.<ref>{{citar web|url=http://www.thenewstribune.com/news/nation-world/world/article60440516.html|titulo=US OK's first factory in Cuba since revolution|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
== Restabelecimento das relações diplomáticas ==
[[Ficheiro:Barack Obama and Raúl Castro at the Palace of the Revolution in Havana, Cuba 03.21.16.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|295x295px|O então presidente estadunidense [[Barack Obama]], junto com o presidente cubano [[Raúl Castro]], em cerimônia em [[Havana]], em 2016.]]
Em conjunto com uma troca de prisioneiros com Cuba, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram medidas em 17 de dezembro de 2014 para restabelecer as relações diplomáticas e relaxar as políticas econômicas e de viagens.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2014-12-17|titulo='New chapter' in US-Cuba ties|url=https://www.bbc.com/news/world-us-canada-30516740|jornal=BBC News|lingua=en-GB|acessodata=}}</ref> Cuba libertou [[Alan Gross]], um prisioneiro americano, por motivos humanitários e trocou um espião americano sem nome pelos três membros restantes dos [[Cinco cubanos|Cinco Cubanos]]. Obama também anunciou uma revisão do status de Cuba como um [[Países patrocinadores do terrorismo internacional segundo os Estados Unidos|Estado patrocinador do terrorismo]] e uma intenção de pedir ao Congresso para remover completamente o embargo.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20141218093615/https://ijsbergmagazine.com/international/article/14183-un-nouveau-chapitre-souvre-entre-les-etats-unis-et-cuba/|titulo=Un « nouveau chapitre » s'ouvre entre les Etats-Unis et Cuba|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=fr}}</ref> Cuba concordou em libertar 53 presos políticos e em permitir o acesso da [[Comitê Internacional da Cruz Vermelha|Cruz Vermelha]] e dos investigadores de direitos humanos da ONU.<ref>{{Citar web|titulo=Historic thaw in U.S., Cuba standoff|url=http://www.cnn.com/2014/12/17/politics/obama-cuba-castro-relations/index.html|obra=CNN|acessodata=2019-11-09|lingua=en-US|primeiro=Alexandra|ultimo=Jaffe|data=|publicado=|ultimo2=Labott|primeiro2=Elise}}</ref> Em 29 de maio de 2015, de acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, "a designação de Cuba como um Estado patrocinador do terrorismo foi revogada".<ref>{{Citar web|titulo=Chapter 2. Country Reports: Western Hemisphere Overview|url=https://2009-2017.state.gov/j/ct/rls/crt/2015/257519.htm|obra=U.S. Department of State|acessodata=2019-11-09}}</ref>
 
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== Críticas e condenações ==
{{Caixa de citação|quote=FuturosOs futuros estudantes da história estadunidense estarão coçando a cabeça sobre esse caso nas próximas décadas. Nosso embargo e recusa em normalizar as relações diplomáticas não tem nada a ver com o [[comunismo]]. Caso contrário, não teríamos relações diplomáticas com a União Soviética durante a Guerra Fria, com a [[China]] desde [[Richard Nixon|Nixon]] e com o [[Vietnã]], apesar de [[Guerra do Vietnã|nossa guerra amarga lá]]. Não, Cuba erafoi pura política. Embora tenha começado a ser uma medida da resistência de um governo à política de Castro, logo se tornou uma [[camisa de força]], pela qual os cubano-americanos de primeira geração exerceram um poder político desordenado sobre ambos os partidos e construíram um veto à diplomacia racional e madura.|source=Gary Hart, ex-senador estadunidense, em março de 2011.<ref>http://www.huffingtonpost.com/gary-hart/fiction-in-foreign-policy_b_832321.html?view=print</ref>|align=left|width=30%}}
O embargo tem sido amplamente criticado por seus efeitos sobre alimentos, água potável,<ref name=":5">American Association for World Health. "Denial of Food and Medicine: The Impact Of The U.S. Embargo On The Health And Nutrition In Cuba." Março de 1997.</ref> remédios e outras necessidades econômicas da população cubana. As críticas vêm não só de Fidel Castro e Raúl Castro, como também de cidadãos e grupos cubanos, além de organizações e líderes internacionais. Alguns críticos acadêmicos, fora de Cuba, também vincularam o embargo à escassez de suprimentos médicos e sabão, que resultaram em uma série de crises médicas e aumento dos níveis de doenças infecciosas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Barry|primeiro=Michèle|data=2000-01-18|titulo=Effect of the U.S. Embargo and Economic Decline on Health in Cuba|url=http://annals.org/article.aspx?doi=10.7326/0003-4819-132-2-200001180-00010|jornal=Annals of Internal Medicine|lingua=en|volume=132|numero=2|paginas=151|doi=10.7326/0003-4819-132-2-200001180-00010|issn=0003-4819}}</ref><ref name=":6">{{Citar periódico|ultimo=Garfield|primeiro=R|ultimo2=Santana|primeiro2=S|data=1997|titulo=The impact of the economic crisis and the US embargo on health in Cuba.|url=http://ajph.aphapublications.org/doi/10.2105/AJPH.87.1.15|jornal=American Journal of Public Health|lingua=en|volume=87|numero=1|paginas=15–20|doi=10.2105/AJPH.87.1.15|issn=0090-0036|pmc=1380757|pmid=9065219|acessodata=}}</ref> Críticos acadêmicos também têm associado o embargo a epidemias de doenças específicas, incluindo distúrbios neurológicos e cegueira causada por má nutrição.<ref>{{citar web|url=http://www.cubasolidarity.net/Kirkpatrick-lancet.pdf|titulo=Role of the USA in shortage of food and medicine in Cuba|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Também foi demonstrado que as restrições de viagem incorporadas no embargo limitam a quantidade de informações médicas que chegam dos Estados Unidos a Cuba.<ref name=":5" /> Um artigo escrito em 1997 sugere que a desnutrição e as doenças resultantes do aumento dos preços de alimentos e medicamentos afetaram homens e idosos, em particular, devido ao sistema de racionamento de Cuba, que oferece tratamento preferencial para mulheres e crianças.<ref name=":6" /> O então Ministro das Relações Exteriores de Cuba, [[Felipe Pérez Roque]], chamou o embargo de "um ato de [[genocídio]]", citando um memorando classificado do Departamento de Estado dos Estados Unidos de 6 de abril de 1960, que recomendava que usassem todas as ferramentas disponíveis para derrubar Fidel Castro através da fome e das doenças.<ref>{{citar web|url=https://history.state.gov/historicaldocuments/frus1958-60v06/d499|titulo=Document 499 - Foreign Relations of the United States, 1958–1960, Cuba, Volume VI - Historical Documents - Office of the Historian|data=|acessodata=09.11.2019|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>