Sociolinguística: diferenças entre revisões

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-Foram trocadas os termos "linguagem" por língua. -Foram acrescentados o objetivo da sociolinguística, uma outra vertente que está ligada à sociolinguística. -Na parte da história foram acresecentadas as vertentes e o que são. -Foram acrescentadas as referencias das modificações. -Foi acrescentado o tópico "Ligações Externas".
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== História ==
Embora o aspecto social da língua tenha chamado a atenção desde cedo, tendo tido relevância já no trabalho do linguista [[Suíça|suíço]] [[Ferdinand de Saussure]] no início do [[século XX]], foi talvez somente nos anos [[1950]] que este aspecto começou a ser investigado minuciosamente. Os estudos linguísticos antes de Saussurre tinham um caráter histórico-comparativo, buscando identificar relações entre o latim, o grego e outras línguas. A partir de Saussurre, a linguística se consolidou como ciência e sua perspectiva de estudo passa de diacrônica para sincrônica. Saussurre dividiu a língua em dois aspectos: a língua e a fala. Foi aí que o autor privilegiou o estudo da língua, entendendo-a como um sistema  composto de signos e de regras que possuem valores correspondentes. Após a morte de Saussurre, seus ex-alunos Charles Bally e Albert Sechehaye organizaram um livro a partir de anotações realizadas durante as aulas ministradas pelo suíço. Foi aí que surgiu o “Curso de Linguística Geral”.
 
Pioneiros como [[Uriel Weinreich]], [[Charles Ferguson]] e [[Joshua Fishman]] chamaram a atenção para uma série de fenômenos interessantes, tais como a diglossia (situação em que duas línguas coexistem sendo que o uso de uma depende da situação comunicativa da outra) e os efeitos do contato linguístico. O termo “Sociolinguística” apareceu pela primeira vez em 1953, num trabalho de Haver C. Currie. Mas pode-se dizer que a figura chave foi [[William Labov]], que, nos anos [[1960]], começou uma série de investigações sobre a [[variação linguística]] – investigações que revolucionaram a compreensão de como os falantes utilizam sua língua e que acabaram por resolver o [[Paradoxo de Saussure]].
 
Os estudos sociolinguísticos começaram a se consolidar a partir de 1964 com a realização de um congresso na Universidade da Califórnia, no estado de Los Angeles, Estados Unidos. Esse congresso foi organizado por William Bright, e contou com a participação de importantes figuras nos estudos da Sociolingüística mundial: William Labov, Dell Hymes e John Gumperz. A língua passa a ser vista como um produto social, pertencente a todos os indivíduos de uma comunidade, de modo que estes indivíduos possam utilizá-la de diferentes maneiras, sendo reconhecido assim o caráter heterogêneo da língua. Portanto, a Sociolinguística voltou as atenções para a relação entre língua e sociedade e as diferentes possibilidades comunicativas (as variedades linguísticas). Coube a William Labov o papel de pioneiro dos estudos desta nova disciplina em 1963, quando analisa o inglês falado na ilha de Martha’s Vineyard, no estado de Massachusetts (EUA). Após esta pesquisa, várias outras surgiram: como a estratificação social do inglês falado na cidade de Nova York (1966); a língua do gueto, entre outros.
Mas pode-se dizer que a figura chave foi [[William Labov]], que, nos anos [[1960]], começou uma série de investigações sobre a [[variação linguística]] – investigações que revolucionaram a compreensão de como os falantes utilizam sua língua e que acabaram por resolver o [[Paradoxo de Saussure]].
 
Este ramo pode ser dividido em outras vertentes, para estudar diversos aspectos do uso da língua, podendo ser de cunho Variacionista, Educacional e Interacional.
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A Sociolinguística Educacional, rótulo assumido por Stella Maris Bortoni-Ricardo, tem se constituído como um campo de aplicação da sociolinguística aos programas de formação de docentes para o ensino de língua materna.
 
Já a Sociolinguística Interacional ou Sociointeracionismo, surgiu na década de 1970 e foi apresentado pelo linguista americano [[John Joseph Gumperz]]. [...] tem como foco as interações linguístico-sociais, as interpretações e inferências produzidas pelos interlocutores a partir dessa relação, sejam ligadas a traços linguísticos ou não linguísticos, como gestos, expressões faciais e pausas.<ref>WITKOWSKI, Rejane. '''A Sociolinguística e suas Principais Correntes de Estudo'''. Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI. 2013.</ref>{{Referências|BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolingüística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004=|BORTONI-RICARDO, Stella maris. Manual de Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014.=|LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. Ed. Parábola.=}}
 
== Ver também ==