António Luís de Sousa: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
Segundo o livro «''Nobreza de Portugal''», iniciou-se no exército aos 13 anos, sob as ordens do pai, na campanha de defesa de Elvas em [[1658]] e [[1659]], na [[guerra da Restauração]]. Acompanhou-o ao Minho, assistiu a várias ações. Em [[1661]] foi despachado [[capitão]] das guardas do exército, comandado por seu pai, e em [[1663]] é [[mestre-de-campo]] de um [[terço (militar)|terço]] de [[Infantaria]]. Nesta qualidade fez parte das forças com que o pai tanto se distinguiu na fronteira do [[Minho]]. Entrou na tomada do forte de Gayão ([[Goián]]), e continuando a servir na província, estava nomeado em [[26 de novembro]] de [[1665]] [[general de batalha]]. Em 1665, entrou na expugnação da vila da Guardia. Em [[1666]] atuou brilhantemente junto a Valença, derrotando os espanhóis. Firmada a paz, ficou governando as armas de Entre Douro e Minho ou província do Minho em [[1669]], enquanto o pai foi como embaixador a Roma.
 
Firmada a paz, ficou [[Governador-das-armas|governando as armas]] de [[Entre Douro e Minho]] ou província do Minhoem [[1669]], enquanto o pai foi como [[embaixador]] a Roma.
Em [[1671]], segundo comenta o livro "''Monstruosidades do tempo e da fortuna''", enfrentou o [[marquês de Fontes]], no jogo de pela. "Estranharam os chapéus, porque os desconheceu a cabeça, e para que se se visse quais eram as cabeças, andaram às punhaladas sobre se trocarem os chapéus. Ambos ficaram feridos, confirmando em seu próprio sangue a fidalguia como se fora derramada em os campos de África; feneceu a batalha com Sua Alteza os mandar prender a ambos em suas proprias casas".
 
Em [[1671]], segundo comenta o livro "''Monstruosidades do tempo e da fortuna''", enfrentou o [[marquês de Fontes]], no [[jogo de pela]]. "''Estranharam os chapéus, porque os desconheceu a cabeça, e para que se se visse quais eram as cabeças, andaram às punhaladas sobre se trocarem os chapéus. Ambos ficaram feridos, confirmando em seu próprio sangue a fidalguia como se fora derramada em os campos de África; feneceu a batalha com Sua Alteza os mandar prender a ambos em suas proprias casas''".
A [[6 de dezembro]] de [[1674]] foi promovido a mestre-de-campo general. O Marquês das Minas não voltou a ocupar esse posto, pois foi nomeado presidente do [[Conselho Ultramarino]]. De [[1684]] a [[1687]] foi promovido a governador e capitão-general do [[Brasil]], onde se distinguiu notavelmente, apesar das graves contrariedades.
 
Em [[1674]] sucedeu no título a seu pai.
Em 1674 sucedeu no título a seu pai. Alcançou no curto prazo serenar as inquietações nascidas no tempo dos governadores antecedentes, e tornou-se diversas vezes notável pelos serviços que prestou. Teve necessidade de recorrer a meios violentos para coibir os impetuosos arrebatamentos do governador de Pernambuco, [[João da Cunha Sotomaior]]. Depois, na terrível epidemia tropical, ''a bicha'' que grassou na no Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco (febre amarela?), pela primeira vez descrita por um médico, o Dr. [[João Ferreira da Rosa]]. Mostrou dedicação, pagando do seu bolso remédios e hospitalizações. Outro caso grave em 1684 foi a revolta do [[Maranhão]], provocada pela proibição do tráfico de escravos, liderada por [[Manuel Beckman]] e [[Manuel Serrão de Castro]], que depuseram as autoridades e proclamaram a autonomia regional.
 
A [[6 de dezembro]] dedo [[1674]]mesmo ano foi promovido a [[mestre-de-campo general.]] Omas paino nãoentretanto voltou a ocupar esse posto, sendofoi nomeado presidente do [[Conselho Ultramarino]]. Em 1674 sucedeu no título a seu pai.
O tenente-general [[Gomes Freire de Andrade]] foi enviado de Portugal com uma expedição que sufocou a insurreição, enforcando os líderes - para muitos autores, trata-se da primeira manifestação nativista. Regressando a Portugal em 1687, foi escolhido conselheiro de guerra, e depois sucedeu ao [[Duque de Cadaval]] no cargo de presidente da junta do Tabaco ([[1698]]-[[1704]]).
 
== No Brasil ==
Desde [[9 de julho]] de [[1688]] fora nomeado conselheiro de Guerra. Encarregado em [[1701]] da praça de São Julião da Barra e depois do Tratado de [[16 de maio]] de 1703 partiu para a Beira, dispondo coisas do exército. Juntou-se ao Príncipe de Tilly que entrara pelo Alentejo, tomou Portalegre; mas o Marquês de Villadanas tomou o Algarve e Castelo de Vide.
A [[6 de dezembro]] de [[1674]] foi promovido a mestre-de-campo general. O Marquês das Minas não voltou a ocupar esse posto, pois foi nomeado presidente do [[Conselho Ultramarino]]. De [[1684]] a [[1687]] foi promovido a governador e capitão-general do [[Brasil]], onde se distinguiu notavelmente, apesar dasde graves contrariedades.
 
Em 1674 sucedeu no título a seu pai. «Alcançou no curto prazo serenar as inquietações nascidas no tempo dos governadores antecedentes, e tornou-se diversas vezes notável pelos serviços que prestou. Teve necessidade de recorrer a meios violentos para coibir os impetuosos arrebatamentos do governador de [[Pernambuco]], [[João da Cunha Sotomaior]]. Depois, na terrível epidemia tropical, ''a bicha'' que grassou na no Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco» (talvez um surto de febre amarela?), «pela primeira vez descrita por um médico, o Dr. [[João Ferreira da Rosa]]., Mostroumostrou dedicação, pagando do seu bolso remédiosremédio e e hospitalizações. Outro caso grave sucedeu em 1684 foi- a revolta do [[Maranhão]], provocada pela proibição do tráfico de escravos, liderada por [[Manuel Beckman]] e [[Manuel Serrão de Castro]], que depuseram as autoridades e proclamaram a autonomia regional. Nessa altura, o tenente-general [[Gomes Freire de Andrada]] foi enviado do [[Reino de Portugal]] uma expedição que sufocou a insurreição, enforcando os líderes - para muitos autores, trata-se da primeira manifestação nativista.
Mostrou grande talento, mas estava quase sem recursos e víveres. O Duque de Berwick falava nele com enorme consideração, mas o Barão de Fagel e Lord Galloway eram os generais que tudo decidiam no exército. Debalde quis o Marquês das Minas entrar em Espanha.
 
Quando em 1701 se ajustou entre Portugal, a França e a Espanha o tratado de aliança para reconhecimento de Filipe V e garantia do testamento de Carlos II, e se tratou de guarnecer a capital e de pôr em defesa a margem do Tejo, foi encarregado do governo da praça de S. Julião da Barra, com o mando de todos os fortes desde Paço de Arcos até Cascais; tendo, porém, depois D. Pedro II ajustado com a Holanda, o Império e a Inglaterra, o tratado de 16.5.1703 em que Portugal se coligava com esses estados contra Filipe V, e tratando-se de adotar as prevenções para a guerra em que nos íamos empenhar para defender o Arquiduque Carlos, foi enviado para a província da Beira, a fim de dispor as coisas pertencentes ao exército que devia entrar em campanha. Em 24 de junho de 1703 nomeado governador das Armas da Beira.
 
== Vida militar ==
Iniciou-se no exército aos 13 anos, sob as ordens do pai, na campanha de defesa de Elvas em [[1658]] e [[1659]], na [[guerra da Restauração]]. Acompanhou-o ao [[Minho]], assistiu a várias ações. Em [[1661]] foi despachado capitão das guardas do exército, comandado por seu pai, e em [[1663]] [[mestre-de-campo]] de um [[terço de Infantaria]].
 
Nesta qualidade fez parte das forças com que o pai tanto se distingiu na fronteira do Mindo. Entrou na tomada do forte de Gayão, e continuando a servir na província, estava nomeado em [[26 de novembro]] de [[1665]] general de batalha. Em 1665, entrou na expugnação da vila da Guardia. Em [[1666]] atuou brilhantemente junto a Valença, derrotando os espanhóis.
 
Firmada a paz, ficou governando as armas de Entre Douro e Minho ou província do Minho [[1669]], enquanto o pai foi como embaixador a Roma.
 
Em [[1671]], segundo a obra «''Monstruosidades do tempo e da fortuna''", enfrentava o [[Marquês de Fontes]], no jogo de pela. "Estranharam os chapéus, porque os desconheceu a cabeça, e para que se visse quais eram as cabeças, andaram às punhaladas sôbre se trocarem os chapéus. Ambos ficaram feridos, confirmando em seu proprio sangue a fidalguia como se fora derramada em os campos de África; feneceu a batalha com Sua Alteza os mandar prender a ambos em suas proprias casas".
 
A [[6 de dezembro]] de [[1674]] foi promovido a mestre-de-campo general. O pai não voltou a ocupar esse posto, sendo nomeado presidente do [[Conselho Ultramarino]]. Em 1674 sucedeu no título a seu pai.
 
== No Brasil ==
De [[1684]] a [[1687]] foi promovido a governador e capitão-general do Brasil, onde se distinguiu notavelmente, apesar de graves contrariedades. «Alcançou no curto prazo serenar as inquietações nascidas no tempo dos governadores antecedentes, e tornou-se diversas vezes notável pelos serviços. Teve necessidade de recorrer a meios violentos para coibir os impetuosos arrebatamentos do governador de [[Pernambuco]], [[João da Cunha Sotomaior]]. Depois, na terrível epidemia tropical, a bicha que grassou na no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Bahia]] e Pernambuco» (talvez um surto de febre amarela?), «pela primeira vez descrita por um médico, o Dr. [[João Ferreira da Rosa]], mostrou dedicação, pagando do seu bolso remédioe e hospitalizações. Outro caso grave sucedeu em 1684 - a revolta do [[Maranhão]], provocada pela proibição do tráfico de escravos, liderada por [[Manuel Beckman]] e [[Manuel Serrão de Castro]], que depuseram as autoridades e proclamaram a autonomia regional. O tenente-general [[Gomes Freire de Andrada]] foi enviado de Portugal com expedição que sufocou a insurreição, enforcando os líderes. Para muitos autores, seria a primeima manifestação nativista.
 
== No Reino ==
Regressando a Portugal em [[1687]], foi escolhido conselheiro de guerra, e depois sucedeu ao [[Duque de Cadaval]] no cargo de presidente da [[junta do Tabaco}} ([[1698]]-[[1704]]). Desde [[9 de julho]] de [[1688]] estava nomeado conselheiro de Guerra.
 
== Guerra de Sucessão da Espanha ==
FoiQuando despoletou a [[Guerra de Sucessão da Espanha]], em [[1701]], foi encarregado da [[praça de São Julião da Barra]] e, depois do tratado de [[16 de maio]] de [[1703]], partiu para a [[Beira]], dispondo coisas do exército. Juntou-se ao [[Príncipe de Tilly]] que entrara pelo [[Alentejo]], tomou [[Portalegre]]; mas o [[Marquês de Villadanas]] tomou o [[Algarve]] e [[Castelo de Vide]]. Desastroso o início das hostilidades para Portugal.
 
Havia grande talento no marquês das Minas, mas estava quase sem recursos e viveres. O [[Duque de Berwick]] falava nele com enorme consideração, mas o [[Barão de Fagel]] e [[lord Galloway]] eram os generais que tudo decidiam no exército. Debalde quis o Marquês entrar em Espanha.
 
Quando em 1701 se ajustou entre Portugal, a França e a Espanha o tratado de aliança para reconhecimento de [[Filipe V da Espanha|Filipe V]] e garantia do testamento de Carlos II, e se tratou de guarnecer a capital e de pôr em defesa a margem do Tejo, foi encarregado do governo da praça de S. Julião da Barra, com o mando de todos os fortes desde Paço de Arcos até Cascais; tendo, porém, depois D. [[Pedro II de Portugal]] ajustado com os Países Baixos o Império e a Inglaterra, o tratado de 16 de maio de 1703 em que Portugal se coligava com esses estados contra Filipe V, e tratando-se de adotar as prevenções para a guerra em que nos íamos empenhar para defender o Arquiduque Carlos, foi enviado para a província da Beira, a fim de dispor as coisas pertencentes ao exército que devia entrar em campanha.
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[[Categoria:Conselheiros do Reino de Portugal]]
[[Categoria:Generais de Portugal]]
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