Antinatalismo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Sirhu (discussão | contribs)
m Tradução
Sirhu (discussão | contribs)
m Tradução e fonte
Linha 3:
== Na religião ==
 
O ensinamento de [[Sidarta Gautama|Buda]] (c. 400 A.C.), entre as outras [[Quatro Nobres Verdades]] e o começo de [[Khandhaka|Mahāvagga]], é interpretado por [[Hari Singh Gour]] (1870-1949) da seguinte maneira:<blockquote>[[Buda]] declara suas proposições no estilo pedante de sua época. Ele as apresenta em uma forma de sorites; mas, como tal, é logicamente falho, e tudo o que ele deseja transmitir é o seguinte: Alheio ao sofrimento a que a vida está expostasujeita, o homem gera filhos e é, portanto, a causa da velhice e da morte. Se ele apenas percebesse o sofrimento que ele acrescentaria com o seu ato, ele desistiria da procriação de crianças; e assim pararia a operação da velhice e da morte.<ref>H. Singh Gour, ''The Spirit of Buddhism'', Whitefish, Montana: Kessinger Publishing, 2005, páginas 286–88.</ref></blockquote>Os [[Marcionismo|marcionistas]] acreditavam que o mundo visível é uma criação maligna de um [[demiurgo]] bruto, cruel, ciumento e raivoso, [[Javé|Yahweh]]. De acordo com este ensinamento, as pessoas devem se opor a ele, abandonar o seu mundo, não criar pessoas e confiar no bom Deus da misericórdia, estrangeiro e distante.<ref>H. Jonas, ''The Gnostic Religion: The Message of the Alien God and the Beginnings of Christianity'', Boston: Beacon Press, 1958, páginas 144–145.</ref><ref>Clement of Alexandria, ''Stromateis, Books 1–3 (The Fathers of the Church, volume 85)'', Washington D.C.: CUA Press, 2010, páginas 263–271</ref><ref>P. Karavites, ''Evil, Freedom, and the Road to Perfection in Clement of Alexandria'', Leiden: Brill, 1999, página 94.</ref>
 
Os [[Encratismo|Encratitas]] observaram que o nascimento leva à morte. Para dominar a morte, as pessoas devem desistir da procriação: "não produzir forragem fresca para a morte".<ref>P. Brown, ''The Body and Society: Men, Women, and Sexual Renunciation in Early Christianity'', New York: Columbia University Press, 1988, página 96.</ref><ref>G. Quispel, ''Gnostica, Judaica, Catholica: Collected Essays of Gilles Quispel'', Leiden: Brill, 2008, p. 228.</ref><ref>Clement of Alexandria, ''Stromateis'', op. cit., páginas. 295–296.</ref>
Linha 184:
=== Adoção ===
 
Herman Vetter,<ref name=":3" /> Théophile de Giraud,<ref>[http://theophiledegiraud.e-monsite.com/medias/files/manifeste-anti-nataliste.pdf] T. de Giraud, ''L'art de guillotiner les procréateurs: Manifeste anti-nataliste'', Nancy: Le Mort-Qui-Trompe, 2006, página 51.</ref> Tina Rulli<ref>T. Rulli, ''The Ethics of Procreation and Adoption'', Philosophy Compass 11/6, 2016, páginas 305-315.</ref> e, Karim Akerma<ref>K. Akerma, ''Antinatalismus...'', op. cit., página 74.</ref> e Julio Cabrera<ref>J.Cabrera, ''Discomfort'', op. cit., p. 181.</ref> argumentam que, atualmente, ao invés de se envolver no ato moralmente problemático da procriação, pode-se fazer o bem ao [[Adoção|adotar]]&nbsp;crianças que já existem.&nbsp;De Giraud enfatiza que, em todo o mundo, existem milhões de crianças que precisam de cuidados.
 
=== Aborto ===