Justiniano: diferenças entre revisões
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|imagem =[[Imagem:Mosaic_of_Justinianus_I_-_Basilica_San_Vitale_(Ravenna).jpg|250px]]
|legenda =[[Mosaico]] com imagem de Justiniano <br>na [[Basílica de São Vital]] em [[Ravena]]
|reinado =5º agosto de
|nome completo ={{lang|el|Φλάβιος Πέτρος Σαββάτιος Ιουστινιανός}}<br />{{lang|la|''Flavius Petrus Sabbatius Justinianus''}}
|nascimento ={{dni|lang=br|11|5|482|si}}
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}}
'''Flávio Pedro Sabácio Justiniano Augusto''' ({{langx|la|''Flavius Petrus Sabbatius Iustinianus Augustus''}}; {{langx|qgk|Φλάβιος Πέτρος Σαββάτιος Ιουστινιανός||''Flávios Pétros Sabbátios Ioustinianós''}}; [[Taurésio]], c.
Apesar de pertencer a uma família de origem humilde, que se crê ser de origem [[Ilírico (província romana)|Ilírica]]<ref>{{citar livro|titulo=The Cambridge Companion to the Age of Justinian.|ultimo=Maas|primeiro=Michael|editora=Cambridge University Press.|ano=2005}}</ref><ref>{{citar livro|titulo=A history of the Byzantine state and society|ultimo=Treadgold|primeiro=Warren T.|editora=Stanford University Press|ano=1997|isbn=978-0-8047-2630-6|local=|paginas=246|acessodata=}}</ref><ref>{{citar livro|titulo=Justinian and the later Roman Empire|ultimo=Barker|primeiro=John W.|editora=University of Wisconsin Press|ano=1966|isbn=978-0-299-03944-8paginas=75}}</ref> ou [[Trácia (província romana)|Trácia]]<ref>{{citar livro|titulo=Justinian and Theodora|ultimo=Browning|primeiro=Robert|editora=Gorgias Press|ano=2003}}</ref><ref>{{citar livro|titulo=Shifting Genres in Late Antiquity|ultimo=Geoffrey Greatrex e Hugh Elton|primeiro=|editora=Ashgate Publishing, Ltd.|ano=2015|isbn=1472443500|local=|paginas=259|acessodata=}}</ref><ref>{{citar livro|titulo=Pannonia and Upper Moesia: A History of the Middle Danube Provinces of the Roman Empire|ultimo=Mócsy|primeiro=András|editora=Routledge|ano=2014|isbn=1317754255|local=|paginas=350|acessodata=}}</ref>. Foi nomeado cônsul ligado ao trono por seu tio [[Justino I]], a quem sucedeu, após a morte deste (527) sendo o cognome ''Justinianus'', que este adoptou mais tarde, um indicativo da sua adopção pelo seu Tio [[Justino I|Justino]]<ref>As únicas fontes para o nome completo de Justiniano, ''Flavius Petrus Sabbatius Iustinianus'' (algumas vezes chamado de ''Flavius Anicius Iustinianus''), são [[díptico]]s consulares do ano 521 com o seu nome.</ref>. Culto, ambicioso, dotado de grande inteligência, o jovem Justiniano parecia talhado para o cargo. O [[Império Bizantino]] brilhou durante o seu governo. Na [[Páscoa]] de 527, ele e a sua esposa, [[Teodora (esposa de Justiniano)|Teodora]], foram solenemente coroados. Sobre Teodora, sabe-se que era filha de um tratador de [[urso]]s do hipódromo e que tivera uma juventude desregrada, escandalizando a cidade com as suas aventuras de atriz e dançarina. Não se sabe exatamente como Justiniano a conheceu. Seu matrimônio com a antiga bailarina de circo e prostituta teria grande importância, uma vez que ela iria influenciar decisivamente em algumas questões políticas e religiosas. Justiniano cercou-se de um estreito grupo de colaboradores, entre eles [[Triboniano]], [[Belisário]], [[João da Capadócia]] e [[Narses (general de Justiniano)|Narses]]. Segundo Procópio, um escritor daquele tempo, Justiniano aspirava a restabelecer o antigo esplendor de [[Império Romano|Roma]], motivo pelo qual concretizou toda a ampla série de campanhas posteriores.<ref>{{citar livro|autor=Michael Withe|título=O Grande Livro das Coisas Horríveis|editora=Texto|ano=2011|páginas=65|id=9789724745183}}</ref>
== Resistência à ação do imperador ==
A intransigência com que Justiniano se aplicou na perseguição de seus objetivos provocou uma série de rebeliões no império. A mais violenta delas, a revolta (ou sedição) de Nika, ocorreu em
=== A Revolta de Nika ===
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Justiniano tinha grande interesse pelas questões teológicas. . “Faltava apenas unificar a crença, transformar a Igreja em um instrumento homogêneo de domínio”.<ref name=":1" /> Seu objetivo maior era unir o Oriente com o Ocidente por meio da religião. Seu programa político pode ser sintetizado numa breve fórmula: "Um Estado, uma Lei, uma Igreja". Justiniano procurou solidificar o [[monofisismo]] (doutrina elaborada por [[Eutiques]], segundo a qual só havia uma natureza, a divina, em [[Jesus|Cristo]]). Essa doutrina tornou-se forte na [[Síria]] ([[patriarca de Antioquia]]) e no [[Egipto|Egito]] ([[patriarca de Alexandria]]), que tinham aspirações emancipacionistas. Os seguidores dessa heresia tinham na imperatriz [[Teodora (esposa de Justiniano)|Teodora]] uma partidária. Esta tentou conciliar ortodoxos e heréticos, com relativo êxito. Autoritário, Justiniano combateu e perseguiu [[judeu]]s, [[pagão]]s e [[herético]]s, ao mesmo tempo que interveio em todos os negócios da Igreja, a fim de mantê-la como sustentáculo do Império e sob seu controle. A [[Academia de Platão]], último baluarte do paganismo, foi fechada. As catedrais dos [[Igreja dos Santos Apóstolos|Santos Apóstolos]] e de [[Basílica de Santa Sofia|Santa Sofia]] foram construídas durante seu governo, para evidenciar o poder imperial.<ref name=":1" />
Em
== Reconstituição territorial do império ==
[[Imagem:The Byzantine State under Justinian I-pt.svg|esquerda|thumb|[[Império Bizantino]] em 550. A parte mais clara representa as conquistas de Justiniano|278x278px]]
No plano externo, a política de Justiniano teve como objetivo fundamental a tentativa de reconstrução do fragmentado [[Império Romano do Ocidente]], que, desde
Cessado o perigo interno e uma vez estabilizado o perigo persa na zona oriental graças a um tratado de não-agressão pactuado com [[Cosroes I]], no qual se comprometia a pagar um tributo anual ao [[sassânida]], Justiniano empreendeu a recuperação do Ocidente. Seu primeiro objetivo foi acabar com os [[vândalo]]s, no norte da [[África]] (533-534), onde acabara de surgir o clarão fulgurante de [[Santo Agostinho]]. O general [[Belisário]] dirigiu as campanhas com eficiência, conquistando [[Cartago]], a [[Sicília]], as [[ilhas Baleares]] e parte da costa levantina peninsular.
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