João Pinto Delgado: diferenças entre revisões
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Era o mais velho dos três filhos de Gonçalo Delgado e neto de um poeta menor igualmente chamado João Pinto Delgado. Aos vinte anos deixa o [[Algarve]] e muda-se com a família para [[Lisboa]], com o objectivo de estudar e prosseguir as suas ambições literárias. É na capital portuguesa – entretanto já sob o domínio espanhol da [[dinastia Filipina]] – que toma contacto pela primeira vez com as obras de [[Jorge Manrique]], [[Garcilaso]], Herrera, [[Luis de Góngora y Argote|Góngora]] e [[Luis de León]], que na época circulavam sob a forma de manuscritos. Apesar de existirem alguns poemas seus em português, o grosso da sua obra foi originalmente escrito em [[língua castelhana]].
Em 1624, João Pinto Delgado parte para [[Ruão]], em [[França]],<ref name="Myers">{{Citar livro |sobrenome=Myers |nome=David N. |
Pouco depois da Inquisição espanhola ter enviado um emissário a Ruão para investigar os cripto-judeus em França, a família de João Pinto Delgado parte para [[Antuérpia]], atual [[Bélgica]], e logo a seguir para [[Amesterdão]].<ref name="Myers"/> Aqui, perante a relativa tolerância religiosa holandesa, Pinto Delgado passa a praticar o judaísmo de forma aberta e livre pela primeira vez, passando a chamar-se ''Moshe'' (Moisés) Pinto Delgado. Entre 1636 e 1640 torna-se um dos sete ''parnasim'' (governadores) da ''Yeshiva'' (seminário religioso) Talmude Torá de Amsterdão, onde na altura estudava o pequeno [[Baruch de Espinoza|Baruch Spinoza]].
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