Brasil: diferenças entre revisões

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{{imagem dupla|left|Parque Nacional da Serra da Capivara (31729373313).jpg|152|Burian urn, AD 1000-1250, Marajoara culture - AMNH - DSC06177 b.jpg|169|[[Arte rupestre]] no [[Parque Nacional Serra da Capivara]], que tem a maior e mais antiga concentração de sítios pré-históricos na [[América]]<ref>{{citar web|título=Discoveries Challenge Beliefs on Humans’ Arrival in the Americas|url=https://www.nytimes.com/2014/03/28/world/americas/discoveries-challenge-beliefs-on-humans-arrival-in-the-americas.html|obra=New York Times|data=27/3/2014|acessodata=31/5/2014|primeiro =Simon|último =Romero}}</ref>|Urna funerária da [[Marajoaras|cultura marajoara]], que floresceu entre os anos de 800 a 1400 na [[Ilha de Marajó]], exposta no [[Museu Americano de História Natural]]<ref name=Mann>{{citar livro |último= Mann |primeiro= Charles C. |título= ''1491: New Revelations of the Americas Before Columbus''|língua= en|ano= 2006 |editor= Vintage Books |páginas= 326–33 |isbn= 9781400032051}}</ref>}}
 
Estima-se que os primeiros [[seres humanos]] tenham ocupado a região que compreende o território brasileiro atual há cerca de 60 mil anos.<ref name="books.google.com.br">{{Citar web |url= http://books.google.com.br/books?id=3cOI6I_9YHoC |título= História dos Índios no Brasil | primeiro = Manuela Carneiro | último = da Cunha | data = 2008}}</ref> Quando encontrada pelos europeus em 1500, a [[América do Sul]] tinha sua costa oriental habitada por cerca de dois milhões de [[Povos indígenas do Brasil|nativos]], do norte ao sul.<ref>{{citar web |url= http://www.sic.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=161&Itemid=83&lang=br |título= A Pré-História do Brasil registrada |acessodata= 10/11/2011 |publicado= Mercosul Educacional |wayb= 20110519222451 |urlmorta= sim}}</ref><ref name="FerreiraLevy" />
 
A [[Povos indígenas do Brasil|população ameríndia]] era repartida em grandes nações indígenas compostas por vários grupos étnicos entre os quais se destacam os grandes grupos [[tupi-guarani]], [[macro-jê]] e [[aruaque]]. Os primeiros eram subdivididos em [[guaranis]], [[tupiniquim|tupiniquins]] e [[tupinambá]]s, entre inúmeros outros.<ref name="ME" />
 
Os [[tupis]] se espalhavam do atual [[Rio Grande do Sul]] ao [[Rio Grande do Norte]] de hoje,<ref name="ME">{{Citation |publicado= Abril |url= http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_303242.shtml |título= Mundo Estranho |contribuição= Que índios dominavam o litoral do Brasil na época do Descobrimento? |local= BR |fechaacceso= 2010-04-24 |urlarchivowayb= https://web.archive.org/web/20090207094125/http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_303242.shtml |fechaarchivo= 2009-02-07 }}</ref> sendo "a primeira raça indígena que teve contato com o colonizador e decorrentemente a de maior presença, com influência no [[mameluco]], no [[mestiço]], no [[Luso-brasileiros|luso-brasileiro]] que nascia e no europeu que se fixava".<ref name="Cascudo II 865">CASCUDO, Luís da Câmara. ''Dicionário do folclore brasileiro'', vol. II, p. 865.</ref>
 
As fronteiras entre estes grupos e seus subgrupos, antes da chegada dos europeus, eram demarcadas pelas guerras entre os mesmos, oriundas das diferenças de cultura, língua e costumes.{{HarvRef|Fausto|2000|pp=45-46, 55 (último parágrafo)}} Guerras estas que também envolviam ações bélicas em larga escala, em terra e na água, com a [[Antropofagia#Antropofagia no Brasil|antropofagia ritual]] sobre os prisioneiros de guerra.{{HarvRef|nome=Fausto|Fausto|2000|pp=78-80}}
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No entanto, o fracasso do [[Governo Sarney]] na área econômica e o consequente desgaste político permitiu a eleição, em [[Eleição presidencial no Brasil em 1989|1989]], do quase desconhecido [[Fernando Collor de Mello|Fernando Collor]], que posteriormente [[Impeachment de Fernando Collor|sofreu processo de ''impeachment'']] pelo [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional brasileiro]] em 1992, com seu vice-presidente, [[Itamar Franco]], assumindo o cargo em decorrência. Do novo ministério nomeado por Itamar, com integrantes de praticamente todos os partidos que aprovaram o ''impeachment'' de Collor,<ref>{{Citation |primeiro = Denise |último = Paiva |título= Era outra história: política social do governo Itamar Franco 1992–1994 |publicado= Editora UFJF |ano= 2009}}</ref> destacou-se [[Fernando Henrique Cardoso]] (FHC), como [[Ministério da Fazenda (Brasil)|ministro da Fazenda]] e coordenador do bem-sucedido [[Plano Real]],{{HarvRef |Fausto|Devoto|2005|pp=465, 475}}<ref group="nota">O nome da moeda brasileira atual veio de uma antiga moeda que existiu até 1942.</ref> que trouxe estabilidade para a [[Economia do Brasil|economia brasileira]], após décadas de inúmeros planos econômicos de governos anteriores, que haviam fracassado na tentativa de controlar a hiperinflação.{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p=482}} Em consequência, FHC foi eleito presidente na [[Eleição presidencial no Brasil em 1994|eleição presidencial de 1994]] e novamente em [[Eleição presidencial no Brasil em 1998|1998]].{{HarvRef| Fausto|Devoto|2005|p=474}} A transição pacífica de poder para seu principal opositor, [[Luiz Inácio Lula da Silva]], eleito em [[Eleição presidencial no Brasil em 2002|2002]] e reeleito em [[Eleição presidencial no Brasil em 2006|2006]], mostrou que o Brasil finalmente conseguiu alcançar a sua muito procurada estabilidade política.{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p=502}}
 
Após as [[Eleição presidencial no Brasil em 2010|eleições de 2010]], [[Dilma Rousseff]] tornou-se a primeira mulher eleita presidente.<ref>{{Citation|url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101102/not_imp633577,0.php|título=A eleição de Dilma Rousseff|jornal=[[O Estado de S. Paulo]]|data=2/11/2010|wayb= 20110514064924|urlmorta= sim}}</ref> Em junho de 2013, irromperam no país [[Protestos no Brasil em 2013|manifestações populares]] por diversas reivindicações sociais.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/governo-brasileiro-e-pressionado-por-historicos-protestos,f614e49fccf5f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html|título=Governo brasileiro é pressionado por históricos protestos|editor=[[Portal Terra]]|data=21/6/2013|acessodata=25/6/2013}}</ref> Após as [[polarização política|polarizadas]] [[Eleição presidencial no Brasil em 2014|eleições de 2014]], Rousseff foi reeleita. Em 2015, no entanto, sua rejeição atingiu quase 70% em meio a [[Protestos contra o Governo Dilma Rousseff|protestos populares]] após revelações de que vários políticos eram investigados pela [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]].<ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/governo-dilma-tem-aprovacao-de-9-aponta-pesquisa-ibope.html|título=Governo Dilma tem aprovação de 9%, aponta pesquisa Ibope|publicado=G1|data=1/7/2015|acessodata=31/8/2016}}</ref> Em abril de 2016, a [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara]] iniciou um [[Impeachment de Dilma Rousseff|processo de ''impeachment'']] contra a presidente, que foi ratificado pelo [[Senado Federal do Brasil|Senado]] em maio.<ref>{{Citar web |url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/508623-SENADO-APROVA-ABERTURA-DE-PROCESSO-DE-IMPEACHMENT-E-AFASTA-DILMA-POR-180-DIAS.html |título=Senado aprova abertura de processo de impeachment e afasta Dilma por 180 dias |publicado=Senado Federal |data=12/05/2016 |acessodata=9/6/2016}}</ref> Rousseff foi deposta em 31 de agosto e seu vice, [[Michel Temer]], assumiu o cargo.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/08/1808784-senado-cassa-mandato-de-dilma-congresso-dara-posse-efetiva-a-temer.shtml|título=Senado cassa mandato de Dilma; Congresso dará posse efetiva a Temer|publicado=Folha de S.Paulo|data=31/08/2016|acessodata=31/08/2016}}</ref> Em 2018, o ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] foi condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da [[Operação Lava Jato]].<ref>{{Citar periódico|data=2018-01-24|titulo=Lula é condenado por unanimidade por corrupção e lavagem de dinheiro|url=https://oglobo.globo.com/brasil/lula-condenado-por-unanimidade-por-corrupcao-lavagem-de-dinheiro-22324706|jornal=O Globo}}</ref> Nas [[Eleição presidencial no Brasil em 2018|eleições de 2018]], elegeu-se presidente o candidato [[Jair Bolsonaro]], do [[Partido Social Liberal]] (PSL), que derrotou no segundo turno [[Fernando Haddad]], do [[Partido dos Trabalhadores]] (PT), com o apoio de 55,13% dos votos válidos.<ref>{{Citar periódico|titulo=Jair Bolsonaro é eleito presidente do Brasil|url=https://veja.abril.com.br/politica/jair-bolsonaro-e-eleito-presidente-do-brasil/|jornal=VEJA.com}}</ref>
 
== Geografia ==
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}}
 
O [[território]] brasileiro é cortado por dois [[Linhas geográficas imaginárias|círculos imaginários]]: a [[Linha do equador|Linha do Equador]], que passa pela [[foz|embocadura]] do [[rio Amazonas|Amazonas]], e o [[Trópico de Capricórnio]], que corta o [[São Paulo|município de São Paulo]].<ref>{{citar web|url=http://www.webciencia.com/5_posicaogeo.htm|titulo=Posição Geográfica|publicado=Web Ciência|acessodata=5/5/2010}}{{Ligação inativa|data=outubro de 2019 }}</ref> O país ocupa uma vasta área ao longo da costa leste da [[América do Sul]] e inclui grande parte do interior do continente,<ref name="Encarta 6">{{citar web|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342/Brazil.html#s1|título=Land and Resources|acessodata=11/6/2008|língua=en|wayb= 20080602013044|urlmorta= sim}}</ref> compartilhando fronteiras terrestres com [[Uruguai]] ao sul; [[Argentina]] e [[Paraguai]] a sudoeste; [[Bolívia]] e [[Peru]] a oeste; [[Colômbia]] a noroeste e [[Venezuela]], [[Suriname]], [[Guiana]] e com o [[Departamentos de ultramar|departamento ultramarino francês]] da [[Guiana Francesa]] ao norte. O país compartilha uma fronteira comum com todos os países da América do Sul, exceto [[Equador]] e [[Chile]]. Ele também engloba uma série de arquipélagos oceânicos, como [[Fernando de Noronha]], [[Atol das Rocas]], [[Arquipélago de São Pedro e São Paulo|São Pedro e São Paulo]] e [[Trindade e Martim Vaz]].<ref name="CIA Geo" /> O seu tamanho, relevo, clima e recursos naturais fazem do Brasil um país geograficamente diverso.<ref name="Encarta 6" />
 
O país é o [[Lista de países e territórios por área|quinto maior do mundo]] em área territorial, depois de [[Rússia]], [[Canadá]], [[República Popular da China|China]] e [[Estados Unidos]], e o terceiro maior da [[América]], com uma área total de {{fmtn|8515767.049}} quilômetros quadrados (km²),<ref name="Área" /> incluindo {{fmtn|157630|km²}} de água.<ref name="CIA Geo" /> Seu território abrange [[Fusos horários no Brasil|quatro fusos horários]], a partir de [[UTC−5]] no [[Acre]] e sudoeste do [[Amazonas]]; [[UTC−4]] em [[Mato Grosso]], [[Mato Grosso do Sul]], [[Rondônia]], [[Roraima]] e maior parte do Amazonas; [[UTC−3]] (horário oficial do Brasil) em [[Goiás]], [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]], [[Pará]], [[Amapá]] e todos os estados das regiões [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]], [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] e [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[UTC−2]] nas [[Lista de ilhas do Brasil|ilhas do Atlântico]].<ref name="FusosHorários_Brasil" />
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[[Imagem:Climate of Brazil.tif|thumb|upright=1.4|[[Mapa]] do Brasil de acordo com a [[classificação climática de Köppen]]]]
 
O clima do Brasil dispõe de uma ampla variedade de condições de tempo em uma grande área e topografia variada, mas a maior parte do país é [[Clima tropical|tropical]].<ref name="CIA Geo" /> Segundo o [[Classificação climática de Köppen-Geiger|sistema Köppen]], o Brasil acolhe seis principais subtipos climáticos: [[Clima equatorial|equatorial]], [[Clima tropical|tropical]], [[Clima semiárido|semiárido]], [[Clima tropical de altitude|tropical de altitude]], [[Clima temperado|temperado]] e [[Clima subtropical|subtropical]]. As diferentes condições climáticas produzem ambientes que variam de [[Floresta tropical|florestas equatoriais]] no [[Região Norte do Brasil|Norte]] e regiões semiáridas no [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]], para [[Floresta temperada de coníferas|florestas temperadas de coníferas]] no [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[Cerrado|savanas tropicais]] no Brasil central.<ref name="BBC Weather">{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/weather/world/country_guides/results.shtml?tt=TT005220 |título=Country Guide|acessodata=11/6/2008|autor=BBC Weather|wayb= 20090111092524|urlmorta= sim}}</ref> Muitas regiões têm [[microclima]]s totalmente diferentes.<ref name="Encarta 9">{{citar enciclopédia|título=Natural Regions|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_2/Brazil.html|acessodata=11/6/2008|wayb= 20080530005601|urlmorta= sim}}</ref><ref name="BT">{{Citar web|título=Temperature in Brazil|publicado=Brazil Travel|url=http://www.v-brazil.com/information/geography/temperature-graphs.html|acessodata=11/6/2008}}</ref>
 
O clima equatorial caracteriza grande parte do norte do Brasil. Não existe uma [[estação seca]] real, mas existem algumas variações no período do ano em que mais chove.<ref name="BBC Weather" /> Temperaturas médias de {{fmtn|25|°C}},<ref name="BT" /> com mais variação de temperatura significativa entre a noite e o dia do que entre as estações. As [[chuva]]s no Brasil central são mais sazonais, característico de um [[Clima tropical com estação seca|clima de savana]].<ref name="Encarta 9" /> Esta região é tão extensa como a [[Bacia do rio Amazonas|bacia amazônica]], mas tem um clima muito diferente, já que fica mais ao sul, em uma altitude inferior.<ref name="BBC Weather" /> No interior do nordeste, a [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]] sazonal é ainda mais extrema. A região de clima semiárido geralmente recebe menos de 800 milímetros de chuva,<ref>{{Citar web|url=http://www.cpatsa.embrapa.br/servicos/dadosmet/cem-anual.html|wayb=20070820215606|título=Médias Anuais da Estação Agrometeorológica de Mandacaruautor|acessodata=21/10/2008|urlmorta=sim}}</ref> a maioria do que geralmente cai em um período de três a cinco meses no ano,<ref name="CaatingaNordesteBrasil">{{Citar web|url=http://botany.si.edu/projects/cpd/sa/sa19.htm|título=CPD: South America, Site SA19, Caatinga of North-eastern Brazil, Brazil|publicado=SI|acessodata=29/10/2009|wayb=20090606055642}}</ref> e por vezes menos do que isso, resultando em longos períodos de [[Seca no Brasil|seca]].<ref name="Encarta 9" /> A [[Grande Seca|Grande Seca de 1877–78]], a mais grave já registrada no país,<ref>{{Citation|url=http://origin.cdc.gov/eid/content/15/6/916.htm|título=Drought, Smallpox, and Emergence of Leishmania braziliensis in Northeastern Brazil|publicado=Centers for Disease Control and Prevention (CDC)|local=[[Estados Unidos]]|língua=inglês}}</ref> causou cerca de meio milhão de mortes.<ref>{{citar web|url=http://press.princeton.edu/chapters/s8857.html|último=Ó Gráda|primeiro=C|língua=inglês|título=Famine: A Short History|editor=Princeton University Press|acessodata=21/9/2013|wayb=20160112061115|urlmorta=sim}}</ref> Outra em 1915 foi devastadora também.<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/DOCREP/05/W8514E/W8514E29.htm|título=Inland fishery enhancements |editor=[[Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura]] (FAO)|acessodata=21/9/2009}}</ref>
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Segundo o IBGE, no censo de 2010 47,1% da população (cerca de 90,6 milhões) se autodeclararam como [[Brasileiros brancos|brancos]], 43,42% (cerca de 82,8 milhões) como [[pardos]] ([[multirracial]]), 7,52% (cerca de 14,4 milhões) como [[Afro-brasileiros|negros]]; 1,1% (cerca de 2,1 milhões) como [[Brasileiros asiáticos|amarelos]] e 0,43% (cerca de 821 mil) como [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]], enquanto 0,02% (cerca de 36,1 mil) não declararam sua raça.<ref name="SIDRA_Tab2094" />
 
Em 2007, a [[Fundação Nacional do Índio]] (FUNAI) relatou a existência de 67 [[Povos isolados|tribos indígenas isoladas]] em regiões remotas do Brasil, a maioria delas no interior da [[Amazônia|Floresta Amazônica]]. Acredita-se que o Brasil possua o maior número de povos isolados do mundo.<ref>{{Citar web|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/07/07/AR2007070701312.html|título=In Amazonia, Defending the Hidden Tribes |língua= inglês|editor=The Washington Post|data=8/7/2007|acessodata=21/9/2013|wayb= 20170701183918}}</ref>
 
A maioria dos [[brasileiros]] descende de povos indígenas do país, colonos portugueses, [[Imigração no Brasil|imigrantes europeus]] e [[Escravidão no Brasil|escravos africanos]].<ref name="Enciclopédia Barsa v.4, p.&nbsp;230">{{Citar livro|título=Enciclopédia Barsa|local=Rio de Janeiro|editora=Encyclopædia Britannica|volume=4|pagina=230}}</ref> Desde a chegada dos portugueses em 1500, um considerável número de uniões entre estes três grupos foi realizado. A população parda{{HarvRef|Coelho|1996|p=268}}{{HarvRef|Vesentini|1988|p=117}} é uma categoria ampla que inclui [[caboclos]] (descendentes de brancos e índios), [[mulatos]] (descendentes de brancos e negros) e [[cafuzos]] (descendentes de negros e índios).<ref name="Enciclopédia Barsa v.4, p.&nbsp;230" />{{HarvRef|Coelho|1996|p=268}}
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Em outubro de 2009 foi aprovado pelo Senado e decretado pelo Presidente da República em fevereiro de 2010, um acordo com o [[Vaticano]], em que é reconhecido o [[Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Santa Sé|Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil]]. O acordo confirmou normas que já eram normalmente cumpridas sobre ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental (que assegura também o ensino de outras crenças), casamento e assistência espiritual em presídios e hospitais. O projeto sofreu críticas de parlamentares que entendiam como o fim do Estado laico com a aprovação do acordo.<ref>{{Citar web |editor=[[O Globo]]|data=8/10/2009|url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/10/8/senado-aprova-acordo-com-vaticano-767959739.asp|título=Senado aprova acordo com o Vaticano|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref>{{Citar web |data=11/2/2010|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7107.htm|título=Decreto nº 7.107, de 11 de fevereiro de 2010|acessodata=20/11/2014|publicado=Casa Civil da Presidência da República}}</ref>
 
Em 2000, a religião católica representava 73,6% do total no país. Em 2010, era 64,6%, sendo observada pela primeira vez a redução em números absolutos (de {{fmtn|124980132}} para {{fmtn|123280172}}).<ref>{{Citar relatório|editor=IBGE|url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/populacao/religiao_Censo2000.pdf|título=Resultados do Censo 2000|paginas=Tabela 1.3.1 – População residente, por sexo e situação do domicílio, segundo a religião|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref>{{Citar web|título=Censo|data=2010|editor=IBGE|url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000009352506122012255229285110.pdf|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref>[ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/tab1_4.pdf|Resultados do Censo 2010 – Tabela 1.4.1 – População residente, por situação do domicílio e sexo, segundo os grupos de religião] IBGE: 2010 Consultado em 21/9/2013</ref><ref>{{Citar web|editor=Secom |data=30/6/2012|url=http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/acoes-e-programas/comunicacao-publica/clipping/junho-2012/clippingsecom-midia-30-de-junho-de-2012/at_download/file |título= Pela primeira vez, número de católicos cai|pagina =6|acessodata=21/9/2013|wayb= 20130514070338|urlmorta= sim}}</ref> Ainda assim, o perfil religioso brasileiro continua tendo uma maioria predominantemente católica (42,4% a mais que a segunda maior religião do país, o [[protestantismo]]).<ref>{{Citar web|url=http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?view=noticia&id=1&idnoticia=2170&t=censo-2010-numero-catolicos-cai-aumenta-evangelicos-espiritas-sem-religiao |título= Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião|editor=IBGE|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref>{{Citar web|editor=[[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] (UFRJ)|url=http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/a_mudanca_de_hegemonia_religiosa_no_brasil_02abr12.pdf|título=O processo de mudança de hegemonia religiosa no Brasil|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref name="ibge_religiao" /> De acordo com o censo de 2010, entre os estados, o Rio de Janeiro apresenta a menor proporção de católicos, 45,8%; e o [[Piauí]], a maior, 85,1%. Já a proporção de evangélicos era maior em [[Rondônia]] (33,8%) e menor no Piauí (9,7%).<ref name="ibge_religiao">{{Citar web|editor=IBGE|url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2170&id_pagina=1|título=Censo 2010 – Número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião|acessodata=21/9/2013}}</ref>
 
=== Idiomas ===
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[[Línguas do Brasil|Idiomas minoritários]] são falados em todo o país. O censo de 2010 contabilizou 305 etnias indígenas no Brasil, que falam [[Línguas indígenas do Brasil|274 línguas diferentes]]. Dos indígenas com cinco ou mais anos, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português.<ref>{{citar web | url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2194&id_pagina=1 | título=Censo 2010: população indígena é de 896,9 mil, tem 305 etnias e fala 274 idiomas }}</ref> Há também comunidades significativas de falantes do [[Língua alemã|alemão]] (na maior parte o ''[[Hunsrückisch]]'', um dialeto [[alto-alemão]]) e [[Língua italiana|italiano]] (principalmente o [[talian]], de origem [[Língua vêneta|vêneta]]) no [[Região Sul do Brasil|sul do país]], os quais são influenciados pelo idioma português.<ref name="Deutsche Welle">{{citar web|url=http://www.dw.de/o-alem%C3%A3o-lusitano-do-sul-do-brasil/a-1174391-1|título=O alemão lusitano do Sul do Brasil|autor=Soraia Vilela|editor=[[Deutsche Welle]]|data=20/4/2004|acessodata=5/11/2012}}</ref><ref name=autogenerated4>{{Citar web|url=http://www.labeurb.unicamp.br/elb/europeias/talian.htm|título=O talian|editor=[[Universidade Estadual de Campinas]] (Unicamp)|acessodata=21/9/2013}}</ref>
 
Diversos municípios brasileiros cooficializaram outras línguas,<ref name="letrasufscar">{{citar web|url=http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao01/artigos_politicapatrimonial.htm|título=Uma política patrimonial e de registro para as línguas brasileiras|autor=Rosângela Morello|coautor=Gilvan Müller de Oliveira|editor=[[Universidade Federal de São Carlos]] (Ufscar)|acessodata=21/9/2013}}</ref> como [[São Gabriel da Cachoeira]], no estado do [[Amazonas]], onde ao [[nheengatu]], [[Língua tucana|tukano]] e baniwa, que são [[línguas ameríndias]], foi concedido o estatuto cooficial com o português.<ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2005/8/28/international/americas/28amazon.html?ex=1282881600&en=2dbb31357d010164&ei=5090|título=Language Born of Colonialism Thrives Again in Amazon |editor=The New York Times|data=28/8/2005|acessodata=14/7/2008|língua=inglês|wayb= 20170706165359|urlmorta= sim}}</ref> Outros municípios, como [[Santa Maria de Jetibá]] (no [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]]) e [[Pomerode]] (em [[Santa Catarina]]) também cooficializaram outras línguas [[alóctone]]s, como o alemão e o [[Pommersch|pomerano]].<ref name="Pomerode">{{citar web|url=https://www.leismunicipais.com.br/a/sc/p/pomerode/lei-ordinaria/2010/225/2251/lei-ordinaria-n-2251-2010-institui-a-lingua-alema-como-idioma-complementar-e-secundario-no-municipio-2010-09-01.html |título=Lei Nº 2251|editor=Leis Municipais|acessodata=21/9/2013}}</ref> Os estados de Santa Catarina e [[Rio Grande do Sul]] também possuem o talian como patrimônio linguístico oficial,<ref>{{Citar web|url=http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2009/014951-011-0-2009-001.htm|título=Legislação estadual – Lei nº 14.951|data=11/11/2009|editor=Governo de Santa Catarina|acessodata=21/9/2013|wayb= 20160615142920|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{Citar web|editor=Ipol|url=https://web.archive.org/web/20101210113959/http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=597|título=Aprovado projeto que declara o Talian como patrimônio do RS|acessodata= 21/8/2011}}</ref> enquanto o Espírito Santo, em agosto de 2011, incluiu em sua constituição o pomerano, junto com o alemão, como seus patrimônios culturais.<ref>{{citar web|url=http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=690|editor=IPOL|título=Plenário aprova em segundo turno a PEC do patrimônio|acessodata=21/9/2013|wayb=20120127142052|urlmorta=sim}}</ref>
 
== Governo e política ==
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A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a [[União (Brasil)|União]], os [[Unidades federativas do Brasil|estados]], o [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] e os [[Municípios do Brasil|municípios]], todos autônomos, nos termos da constituição.<ref name="Constituição" /> A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são as esferas "do governo". A Federação está definida em cinco princípios fundamentais:<ref name="Constituição" /> [[soberania]], [[cidadania]], [[dignidade]] da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o [[Pluralismo (política)|pluralismo político]]. Os ramos clássicos tripartite de governo ([[Poder Executivo do Brasil|executivo]], [[Poder Legislativo do Brasil|legislativo]] e [[Poder Judiciário do Brasil|judiciário]] no âmbito do sistema de controle e equilíbrios) são oficialmente criados pela Constituição.<ref name="Constituição" /> O executivo e o legislativo estão organizados de forma independente em todas esferas de governo, enquanto o judiciário é organizado apenas a nível federal e nas esferas estadual e do Distrito Federal.<ref name="Poder Judiciário – Brasil" />
 
Todos os membros do executivo e do legislativo são eleitos diretamente.<ref name=embassy>{{Citar web|url=http://www.brasembottawa.org/en/brazil_in_brief/political_institution.html|título=Embassy of Brazil&nbsp;— Ottawa|citação=Political Institutions&nbsp;— The Executive|acessodata=19/7/2007|wayb=20110725100724|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.citymayors.com/government/brazil_government.html|título=City Mayors|citação=Brazil federal, state and local government|acessodata =19/7/2007}}</ref><ref>{{Citar web|autor=MARTINS, Wilson|url=http://links.jstor.org/sici?sici=0024-7413(196424)1%3A2%3C29%3ABP%3E2.0.CO%3B2-W|título=Brazilian Politics|publicado=Luso-Brazilian Review | acessodata=19/7/2007}}</ref> Juízes e outros funcionários judiciais são nomeados após aprovação em exames de entrada.<ref name=embassy /> O voto é obrigatório para os alfabetizados entre 18 e 70 anos e facultativo para analfabetos e aqueles com idade entre 16 e 18 anos ou superior a 70 anos.<ref name="Constituição" /> Quase todas as funções governamentais e administrativas são exercidas por autoridades e agências filiadas ao Executivo.<ref>{{Citation|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/estrutura/poder-executivo-1|contribuição=Poder Executivo|título=Sobre o Brasil|publicado=Governo brasileiro|wayb=20110520005759|urlmorta=sim|acessodata=7/12/2011}}</ref> A forma de governo é a de uma [[república]] [[Democracia|democrática]], com um [[Presidencialismo|sistema presidencial]]. O presidente é o [[chefe de Estado]] e de [[chefe de Governo]] e é eleito para um mandato de quatro anos, com a possibilidade de reeleição para um segundo mandato consecutivo. Ele é o responsável pela nomeação dos [[Ministro de Estado|ministros de Estado]], que auxiliam no governo.<ref name="Constituição" /><ref>{{citar web|url=http://www.brasil.gov.br/governo/2010/01/chefe-maximo-do-executivo-e-o-presidente-da-republica|título=Chefe máximo do Executivo é o Presidente da República|data=4/1/2010|publicado=Governo do Brasil|acessodata=26/9/2014|wayb= 20170203205027}}</ref>
 
As casas legislativas de cada entidade política são a principal fonte de direito no Brasil. O [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] é a legislatura bicameral da Federação, composto pela [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] e pelo [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]]. Autoridades do Judiciário exercem funções jurisdicionais, quase exclusivamente.<ref name="Poder Judiciário – Brasil" /> Quase todos os partidos políticos estão representados no Congresso.<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/el-pais/2014/10/25/congresso-formado-por-28-partidos-transforma-a-vida-parlamentar-brasileira-em-labirinto.htm|título=Congresso formado por 28 partidos transforma a vida parlamentar brasileira em labirinto|autor=Raquel Seco|data=25/10/2014|publicado=UOL Notícias|acessodata=13/2/2015}}</ref> É comum que os políticos mudem de partido e, assim, a proporção de assentos parlamentares detidos por partidos muda regularmente. Os maiores partidos, de acordo com o número de filiados, são o [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|Movimento Democrático Brasileiro]] (MDB), [[Partido dos Trabalhadores]] (PT), [[Progressistas]] (PP), [[Partido da Social Democracia Brasileira]] (PSDB), [[Partido Democrático Trabalhista]] (PDT), [[Partido Trabalhista Brasileiro]] (PTB), [[Democratas (Brasil)|Democratas]] (DEM), [[Partido Liberal (2006)|Partido Liberal]] (PL), [[Partido Socialista Brasileiro]] (PSB) e [[Partido Popular Socialista|Cidadania]] (CDN).<ref>{{Citar web|titulo=Maiores partidos políticos do país já se rendem a novos nomes|url=https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2019/05/05/maiores-partidos-politicos-ja-se-rendem-a-nome-novo.htm|obra=noticias.uol.com.br|acessodata=2019-07-16}}</ref>
Linha 274:
A lei brasileira é baseada na tradição do [[código civil]], parte do [[sistema romano-germânico]]. Assim, os conceitos de [[direito civil]] prevalecem sobre práticas de [[Common law|direito comum]]. A maior parte da [[Direito do Brasil|legislação brasileira]] é [[Codificação jurídica|codificada]], apesar de os estatutos não codificados serem uma parte substancial do sistema, desempenhando um papel complementar. Decisões do Tribunal e orientações explicativas, no entanto, não são vinculativas sobre outros casos específicos, exceto em algumas situações.<ref>{{Citation|url=http://www.oas.org/juridico/mla/en/bra/en_bra-int-des-ordrjur.html|título=The Brazilian Legal System|língua=inglês|publicado=Organization of American States|acessodata=17/5/2007}}</ref>
 
Obras de doutrina e as obras de juristas acadêmicos têm forte influência na criação de direito e em casos de direito. O sistema jurídico baseia-se na [[Constituição brasileira de 1988|Constituição Federal]], que foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e é a lei fundamental do Brasil. Todos as outras legislações e as decisões das cortes de justiça devem corresponder a seus princípios.{{HarvRef|Silva|2004|p=46}} Os [[Unidades federativas do Brasil|estados]] têm suas próprias constituições, que não devem entrar em contradição com a constituição federal.{{HarvRef|Silva|2004|p=592}} Os [[Municípios do Brasil|municípios]] e o [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] não têm constituições; em vez disso, eles têm [[Lei orgânica|leis orgânicas]].<ref>{{Citation|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/estrutura/por-dentro-da-estrutura-governamental|título=Veja como funciona a estrutura governamental no país|publicado=Governo brasileiro|acessodata=23/4/2010|wayb= 20110520003448|urlmorta= sim}}</ref> Entidades legislativas são a principal fonte dos [[estatuto]]s, embora, em determinadas questões, organismos dos poderes [[poder judiciário|judiciário]] e [[Poder executivo|executivo]] possam promulgar normas jurídicas.<ref name="Poder Judiciário – Brasil">{{Citar web|url=http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/conheca-os-orgaos-que-formam-o-poder-judiciario|título=Conheça os órgãos que formam o Poder Judiciário|data=31/10/2009|publicado=Governo do Brasil|arquivourl=https://archive.today/20140926114903/http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/conheca-os-orgaos-que-formam-o-poder-judiciario|arquivodata=26 de setembro de 2014|acessodata=26 de setembro de 2014|urlmorta=no}}</ref>
 
A [[jurisdição]] é administrada pelas entidades do [[poder judiciário]] brasileiro, embora em situações raras a Constituição Federal permita que o [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]] interfira nas decisões judiciais. Existem jurisdições especializadas como a [[Justiça Militar no Brasil|Justiça Militar]], a [[Justiça do Trabalho]] e a [[Justiça Eleitoral do Brasil|Justiça Eleitoral]]. O tribunal mais alto é o [[Supremo Tribunal Federal]]. Este sistema tem sido criticado nas últimas [[década]]s devido à lentidão com que as decisões finais são emitidas. Ações judiciais de recurso podem levar vários anos para serem resolvidas e, em alguns casos, mais de uma década para expirar antes de as decisões definitivas serem tomadas.<ref>Glugoski, Miguel; Medauar, Odete. [http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2003/jusp667/pag0304.htm "Nossos direitos nas suas mãos"], [[Universidade de São Paulo|USP]] Journal, 24–30 de novembro de 2003. Acesso em 17 de maio de 2007.</ref>
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O Exército é responsável pelas operações militares por terra, possui o maior efetivo da América Latina, contando com uma força de cerca de {{fmtn|334500}} [[soldado]]s. Também possui a maior quantidade de veículos blindados da América do Sul, somados os veículos blindados para transporte de tropas e [[carro de combate|carros de combate]] principais.<ref name="militarypower1">{{Citar web|url=https://www.globalfirepower.com/country-military-strength-detail.asp?country_id=brazil#overview|título=Military Power|acessodata=20/09/2019|local=Brasil|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
A Força Aérea Brasileira é o ramo de [[guerra aérea]] das Forças Armadas Brasileiras.<ref>{{Citar web|url=http://www.fab.mil.br/portal/imprensa/fab_numeros.php|título=Sala de imprensa|editor=Força Aérea Brasileira|acessodata=16/8/2007|wayb= 20130925102536|urlmorta= sim}}</ref> De acordo com o ''Flight International'' e do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, a FAB tem uma força ativa de {{fmtn|77454}} militares e opera em torno de 627 aeronaves, sendo a maior força aérea do [[hemisfério sul]] e a segunda na [[América]], após a [[Força Aérea dos Estados Unidos]].<ref name="flightglobal">[http://img.en25.com/Web/flightglobal/%7B88f2f053-6c3d-4ab4-a297-0b453358a560%7D_FC055_PREM_201312.pdf?elq={00000000-0000-0000-0000-000000000000}&elqCampaignId= World Air Force 2014 - Flight International], Flightglobal, Acessado em 23 de novembro de 2014</ref>
 
A Marinha é responsável pelas operações navais e pela guarda das [[Mar territorial|águas territoriais]] brasileiras. É a mais antiga das Forças Armadas brasileiras, possui o maior efetivo de [[Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil|fuzileiros navais]] da América Latina, estimado em {{fmtn|15000}} homens,<ref>{{Citar web|url=https://www.mar.mil.br/cgcfn/|título=Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais|editor=Marinha|acessodata=27/6/2010}}</ref> tendo o [[Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais]] como sua principal unidade.<ref>{{Citar web|url=http://www.mar.mil.br/ffe/|título=Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra|publicado=Marinha|acessodata=27/6/2010|wayb= 20171018014536}}</ref> A Marinha também possui um grupo de elite especializado em retomar navios e instalações navais, o [[Grupamento de Mergulhadores de Combate]], unidade especialmente treinada para proteger as plataformas petrolíferas brasileiras ao longo de sua costa.<ref>{{Citar web|url=http://tropaselite.t35.com/BRASIL_GRUMEC.htm|título=Tropas elite|editor=Grumec|publicado=T35|acessodata=27/6/2010|wayb=20100327162505|urlmorta=sim}}</ref>
 
=== Crime e aplicação da lei ===
{{Artigo principal|Forças policiais do Brasil|Violência no Brasil|Sistema carcerário no Brasil}}
No Brasil, a [[Constituição do Brasil|constituição]] estabelece cinco instituições policiais diferentes para a execução da lei: [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]], [[Polícia Rodoviária Federal]], [[Polícia Ferroviária Federal]], [[Polícia Militar do Brasil|Polícia Militar]] e [[Polícia Civil do Brasil|Polícia Civil]]. Destas, as três primeiras são filiadas às autoridades federais e as duas últimas subordinadas aos governos estaduais. Todas as instituições policiais são de responsabilidade do [[Poder Executivo do Brasil|poder executivo]] de qualquer um dos governos federal ou estadual.<ref name="Constituição" /> A [[Força Nacional de Segurança Pública]] também pode atuar em situações de distúrbio público, originadas em qualquer ponto do território nacional.<ref>{{citar web |url=http://www.brasil.gov.br/defesa-e-seguranca/2012/05/ordem-publica-e-prioridade-da-forca-nacional-de-seguranca |título=Ordem pública é prioridade da Força Nacional de Segurança |editor=Portal Brasil |data=29/4/2012 |acessodata=8/2/2015|wayb= 20171010152940}}</ref>
[[Imagem:COT_(6883662768).jpg|thumb|Homens do [[Comando de Operações Táticas]] da [[Polícia Federal]].]]
 
O país tem níveis acima da média de crimes violentos e níveis particularmente altos de violência armada e de homicídio. Em 2012, a [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS) estimou o número de 32 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das [[Lista de países por taxa de homicídio intencional|mais altas taxas de homicídios intencionais do mundo]].<ref>{{citar web|url=http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-maior-numero-absoluto-de-homicidios-do-mundo,1604827|título=Brasil tem maior número absoluto de homicídios do mundo|editor=[[O Estado de S. Paulo]]|data=10/12/2014}}</ref> O índice considerado suportável pela OMS é de dez [[homicídio]]s por 100 mil habitantes.<ref>{{citar web|publicado=Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo|url=http://www.ssp.sp.gov.br/estatistica/dados.aspx?id=E|titulo=Taxa de delito por 100 mil habitantes|data=31/1/2011|acessodata=14/2/2011|wayb=20111006173852|urlmorta=sim}}</ref> No entanto, existem diferenças entre os índices de criminalidade dentro do país: enquanto em [[São Paulo (estado)|São Paulo]] a taxa de homicídios registrada em 2013 foi de 10,8 mortes por 100 mil habitantes, em [[Alagoas]] chegou a 64,7 homicídios para cada 100 mil pessoas.<ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/uma-pessoa-e-assassinada-a-cada-dez-minutos-no-brasil|título=Os estados com mais homicídios no Brasil|editor=[[Revista Exame]]|data=11/11/2014|acessodata=5/2/2015}}</ref>
 
O Brasil também tem altos níveis de encarceramento e a quarta maior população carcerária do mundo (atrás de [[Estados Unidos]], [[China]] e [[Rússia]]), com um total estimado em mais 600 mil presos (300 para cada 100 mil habitantes) em todo o país (junho de 2015), um aumento de cerca de 161% em relação ao índice registrado em 2000.<ref>{{citar web|url=http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/brasil/com-607-mil-presos-brasil-tem-a-4%C2%AA-maior-popula%C3%A7%C3%A3o-carcer%C3%A1ria-do-mundo-1.311943|título=Com 607 mil presos, Brasil tem a 4ª maior população carcerária do mundo|editor=Folha de S.Paulo|data=23/6/2015|wayb= 20171017214452}}</ref> O alto número de presos acabou por sobrecarregar o sistema prisional brasileiro, levando a um déficit de mais de 200 mil vagas dentro das prisões do país.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/01/brasil-tem-hoje-deficit-de-200-mil-vagas-no-sistema-prisional.html|título=Brasil tem hoje deficit de 200 mil vagas no sistema prisional|editor=G1|data=15/1/2014|acessodata=21/3/2014|wayb= 20171010175118}}</ref>
 
=== Política externa ===
Linha 315:
[[Imagem:Brasilia-2.jpg|thumb|esquerda|[[Palácio Itamaraty]], a sede do [[Ministério das Relações Exteriores (Brasil)|Ministério das Relações Exteriores]]]]
 
Embora alguns problemas sociais e econômicos impeçam o Brasil de exercer poder global efetivo,<ref>Zibechi, Raúl [http://www.fntg.org/fntg/docs/BrazilMultilateralism.pdf "Difficult Path"] Funder's Network on Trade and Globalization. Acessado em 22 de junho de 2007</ref> o país é hoje um líder [[Política|político]] e [[Economia|econômico]] na [[América Latina]]. Esta alegação, porém, é parcialmente contestada por outros países, como a [[Argentina]] e o [[México]], que se opõem ao objetivo brasileiro de obter um lugar permanente como representante da região no [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]].<ref>{{citar web|url= http://www.blackwell-synergy.com/doi/abs/10.1111/j.1468-2346.2006.00513.x|autor= Lima, Maria Regina Soares; Hirst, Mônica|título= Brazil as a regional power|publicado= Blackwell Synergy Journal|acessodata= 22 de junho de 2007|wayb= 20120224025952|urlmorta= sim}}</ref><ref>Bandeira, Luiz Alberto Moniz. [http://lap.sagepub.com/cgi/content/abstract/33/3/12 "Brazil as a regional power"] Sage Journals Online. Acessado em 22 de junho de 2007</ref>
 
Entre a [[Segunda Guerra Mundial]] e a década de 1990, os governos democráticos e militares procuraram expandir a influência do Brasil no mundo, prosseguindo com uma política externa e industrial independente. Atualmente o país tem como objetivo reforçar laços com outros países da [[América do Sul]] e exercer a diplomacia multilateral, através das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] e da [[Organização dos Estados Americanos]].<ref>Universia Knowledge at Wharton website, [http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewfeature&id=1087&language=english "Can Brazil Play a Leadership Role in the Current Round of Global Trade Talks?"] {{Wayback|url=http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewfeature&id=1087&language=english |date=20080724155613 }}. Wharton School, Pennsylvania. Acessado em 22/6/2007</ref>
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O país vem ampliando sua presença nos mercados financeiros e de ''[[commodities]]'' internacionais e é um [[BRIC|BRICS]].<ref>{{citar web |último =O'Neill |primeiro =Jim |autorlink =Jim O'Neill |título=BRICs |publicado=Goldman Sachs |url=http://www.goldmansachs.com/our-thinking/ |acessodata=6/6/2008}}</ref> O Brasil tem sido o maior produtor mundial de [[café]] dos últimos 150 anos<ref name=Neilson102>{{citar livro|url=http://books.google.co.uk/books?id=wokuHhx1AOUC&pg=PA1834#v=onepage&q&f=false|página=102|título=Value Chain Struggles|autor = Jeff Neilson, Bill Pritchard|publicado=John Wiley & Sons|data= 26/7/2011}}</ref> e tornou-se o quarto maior mercado de automóveis do mundo.<ref>{{citar web |último =Gasnier |primeiro =Mat|data=15 de janeiro de 2012|título=The 20 biggest car markets in the world: Russia on the up! |publicado=Best Selling Cars |url=http://bestsellingcarsblog.com/2012/1/15/the-20-biggest-car-markets-in-the-world-russia-on-the-up/ |acessodata=17/11/2014}}</ref> Entre os principais produtos de [[exportação]] estão [[aeronave]]s, equipamentos elétricos, [[automóveis]], [[etanol]], [[têxteis]], [[calçado]]s, [[minério de ferro]], [[aço]], café, [[suco de laranja]], [[soja]] e [[carne]] enlatada.<ref>{{citar jornal |título=The economy of heat |publicado=The Economist |data=12/4/2007 |url=http://www.economist.com/node/8952496?story_id=8952496 |acessodata=6/6/2008}}</ref> O país participa de diversos blocos econômicos como o [[Mercado Comum do Sul]] (Mercosul), o [[G20]] e o [[Grupo de Cairns]], e sua economia corresponde a três quintos da produção industrial da economia sul-americana. O Brasil comercializa regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74% dos bens exportados são manufaturas ou semimanufaturas. Os maiores parceiros são: [[União Europeia]], [[Mercosul]], [[América Latina]], [[Ásia]] e [[Estados Unidos]].<ref name="AIDEF_Brasil">{{Citar web|url=http://www.aidef.org/wtk/pagina/pais_membro?codSecao=pais_br|título=Brasil – Informações|publicado=Aidef – Associação Interamericana de Defensorias Públicas|wayb=20111101072318|urlmorta=sim|acessodata=7/12/2011}}</ref>
 
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o setor do [[agronegócio]] responde por 23% do [[PIB]] brasileiro (2013).<ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/agronegocio/noticias/redacao/2013/12/11/pib-agricola-bate-r-1-trilhao-e-chega-perto-de-14-do-pib-do-pais-diz-cna.htm |título=PIB agrícola bate R$ 1 trilhão e chega a 23% do PIB brasileiro, diz CNA |editor=[[Uol]] |data=11/12/2013 |acessodata=7/2/2015}}</ref> O Brasil está entre os países com maior produtividade no campo, apesar das barreiras comerciais e das políticas de [[subsídio]]s adotadas pelos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]].<ref>{{Citar web|título=Agropecuária|obra=Economia|publicado=Página oficial do Governo do Brasil|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/setores-da-economia|acessodata=9/6/2008|wayb=20120114044557|urlmorta=sim}}</ref> Em relatório divulgado em 2010 pela [[Organização Mundial da Saúde|OMS]], o país é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas de [[Estados Unidos]] e [[União Europeia]].<ref name="exportaçãoagrícola">{{citar jornal|título=Brasil supera Canadá e se torna o terceiro maior exportador agrícola|publicado=O Estado de S. Paulo|data=7/3/2010|url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100307/not_imp520620,0.php|acessodata=7/3/2010|wayb= 20110514064416|urlmorta= sim}}</ref>
 
A indústria de [[Automóvel|automóveis]], [[aço]], [[petroquímica]], [[computador]]es, [[aeronave]]s e [[Bem (economia)|bens]] de consumo duradouros contabilizam 30,8% do [[produto interno bruto]] brasileiro. A atividade industrial está concentrada geograficamente nas [[Regiões metropolitanas do Brasil|regiões metropolitanas]] de [[Região Metropolitana de São Paulo|São Paulo]], [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]], [[Região Metropolitana de Curitiba|Curitiba]], [[Região Metropolitana de Campinas|Campinas]], [[Região Metropolitana de Porto Alegre|Porto Alegre]], [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|Belo Horizonte]], [[Região Metropolitana de Manaus|Manaus]], [[Região Metropolitana de Salvador|Salvador]], [[Região Metropolitana do Recife|Recife]] e [[Região Metropolitana de Fortaleza|Fortaleza]].<ref>{{Citation|url=http://www.fpabramo.org.br/conteudo/economia-o-novo-mapa-da-industria-brasileira|título=Economia: O novo mapa da indústria brasileira|publicado=FPabramo|fechaacceso=2010-04-24|urlarchivowayb=https://web.archive.org/web/20150924015025/http://www.fpabramo.org.br/conteudo/economia-o-novo-mapa-da-industria-brasileira|fechaarchivo=2015-09-24}}</ref> Entre as empresas mais conhecidas do Brasil estão: [[Brasil Foods]], [[Perdigão S.A.|Perdigão]], [[Sadia]] e [[JBS]] (setor alimentício); [[Embraer]] (setor aéreo); [[Havaianas]] e [[Calçados Azaleia]] (calçados); [[Petrobras]] (setor petrolífero); [[Companhia Vale do Rio Doce]] (mineração); [[Marcopolo]] e [[Busscar]] (carroceiras); [[Gerdau]] (siderúrgicas) e [[Organizações Globo]] (comunicação).
 
A [[Corrupção no Brasil|corrupção]], no entanto, custa ao Brasil quase 41 bilhões de dólares por ano e 69,9% das empresas do país identificam esse problema como um dos principais entraves para conseguirem penetrar com sucesso no mercado global.<ref>{{citar web |url=http://www.latinbusinesschronicle.com/app/article.aspx?id=4550 |título=Brazil: Corruption Costs $41 Billion |publicado=Latin Business Chronicle |acessodata=22/3/2013 |wayb=20140327133150 |urlmorta=sim}}</ref> No [[Índice de Percepção da Corrupção]] de 2014, criado pela [[Transparência Internacional]], o Brasil é classificado na 69ª posição entre os 175 países avaliados.<ref>{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-12-03/brasil-sobe-tres-posicoes-em-ranking-mundial-sobre-percepcao-da-corrupcao.html |título=Brasil sobe três posições em ranking mundial sobre percepção da corrupção |editor=[[Último Segundo]] |data=3/12/2014 |acessodata=7/2/2015}}</ref> O [[Paridade do poder de compra|poder de compra]] brasileiro também é corroído pelo conjunto de problemas nacionais chamado "[[custo Brasil]]". Além disso, o país apresenta uma das menores taxas de participação do [[comércio exterior]] no PIB, sendo classificado como uma das economias mais fechadas do mundo.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/02/1592933-por-que-o-brasil-cresce-tao-pouco-em-relacao-aos-outros-emergentes.shtml |título=Por que o Brasil cresce tão pouco em relação aos outros emergentes? |editor=[[Folha de S.Paulo]] |data=22/2/2015 |acessodata=23/2/2015|wayb= 20160408173331}}</ref><ref name="brcost">{{citar web |url=http://mobile.bloomberg.com/news/2011-09-27/rousseff-crisis-spurred-by-lula-debts-as-brazil-boom-diminishes |título=Rousseff Crisis Spurred by Lula Debts as Brazil Boom Diminishes- Bloomberg |publicado=Mobile.bloomberg.com |data=27/9/2011 |acessodata=7/4/2012 |wayb=20131220215334 |urlmorta=sim}}</ref> No [[Índice de Liberdade Econômica]] de 2015, por exemplo, o país foi classificado no 118º lugar entre 178 nações avaliadas.<ref>{{citar web |url=http://www.heritage.org/index/excel/2015/index2015_data.xls |título=2015 IEF (XLS) table download |publicado=Heritage Foundation |acessodata=2/2/2015}}</ref> Apesar de também ser um problema crônico, desde 2001 os níveis de [[desigualdade social]] e [[Desigualdade econômica|econômica]] vêm caindo, chegando em 2011 aos níveis de 1960, embora o país ainda esteja entre os 12 mais desiguais do planeta.<ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/9/25/apesar-de-avanco-brasil-continua-entre-os-12-paises-mais-desiguais-segundo-ipea.jhtm|título=Apesar de avanço, Brasil continua entre os 12 países mais desiguais, segundo Ipea|editor=[[UOL]]|data=25/9/2013|acessodata=31/5/2014}}{{Ligação inativa|data=outubro de 2019 }}</ref>
 
=== Turismo ===
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O ''Best in Travel 2014'', uma classificação anual dos melhores destinos feita pelo guia de viagens ''[[Lonely Planet]]'', classificou o Brasil como o melhor destino turístico do mundo em 2014.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131029_lonely_planet_brasil_2014_fn.shtml|título=Brasil é o melhor país para se visitar em 2014, diz Lonely Planet|editor=[[BBC Brasil]]|data=29/10/2013|acessodata=31/10/2013}}</ref> Entre os destinos mais procurados estão a [[Floresta Amazônica]], praias e dunas na [[Região Nordeste do Brasil|região nordeste]], o [[pantanal]] no [[Região Centro-Oeste do Brasil|centro-oeste]], as [[Cataratas do Iguaçu]] no [[Paraná]], praias no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] e em [[Santa Catarina]], turismo cultural e histórico em [[Minas Gerais]] e [[Turismo de negócios|viagens de negócios]] em [[São Paulo (estado)|São Paulo]].<ref name="Palhares2012">{{citar livro|autor =Guilherme Lohmann Palhares|título=Tourism in Brazil: Environment, Management and Segments|url=http://books.google.com/books?id=O91SVF9nH8gC&pg=PA126|ano=2012|publicado=Routledge|isbn=978-0-415-67432-4|página=126|acessodata=22/9/2013}}</ref> No [[Índice de Competitividade em Viagens e Turismo]] de 2015, o Brasil ficou no 28º lugar entre os 141 países avaliados.<ref>{{citar web |título=The Travel & Tourism Competitiveness Report 2015 |publicado=World Economic Forum |url=http://www3.weforum.org/docs/TT15/WEF_Global_Travel&Tourism_Report_2015.pdf |data=Maio de 2015 |acessodata=23 de julho de 2015}}</ref>
 
A maioria dos visitantes internacionais que chegaram em 2011 vieram da Argentina (30,8%), dos [[Estados Unidos]] (11,5%) e do [[Uruguai]] (5,0%), sendo o [[Mercosul]] e os países vizinhos da [[América do Sul]] os principais emissores de turistas.<ref name="FIPE007" /> O turismo interno é um segmento de mercado fundamental para a indústria, uma vez que 51 milhões de pessoas viajaram pelo país em 2005.<ref name="FIPE007">{{Citar web|url=http://www.publicacoesdeturismo.com.br/ref.php?id=5100 |autor=Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas|ano=2007|título=Caracterização e Dimensionamento do Turismo Domêstico no Brasil 2002 e 2006|publicado=Ministério do Turismo|acessodata=22/9/2013|wayb= 20171018020050}}</ref>
{{panorama|Iguazu_Décembre_2007_-_Panorama_7.jpg|900px|[[Cataratas do Iguaçu]], [[Paraná]], na [[Fronteira Argentina–Brasil]]. A passarela da [[Garganta do Diabo]] possibilita um panorama das quedas a partir do lado brasileiro}}
 
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{{Artigo principal|Saúde no Brasil}}
{{Vertambém|Sistema Único de Saúde}}
[[Imagem:Fotorreportagem_do_ICESP_(42627443635).jpg|thumb|esquerda|[[Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira|Instituto do Câncer]] do [[Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo|Hospital das Clínicas]] da [[Universidade de São Paulo|USP]], o maior complexo hospitalar da [[América Latina]]<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/04/1440047-hc-faz-aniversario-em-meio-a-reformas-que-somam-r-350-milhoes.shtml|título=HC faz aniversário em meio a reformas que somam R$ 350 milhões|editor=[[Folha de S.Paulo]]|data=13/4/2014|acessodata=11/8/2014|wayb= 20160921213130}}</ref>]]
 
O sistema de saúde pública brasileiro, o [[Sistema Único de Saúde]] (SUS), é gerenciado e fornecido por todos os níveis do [[governo]], sendo o maior sistema do tipo do mundo.<ref>{{citar web|url=http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/index.html|título=20 Anos do SUS|editor=Conselho Nacional de Saúde|acessodata=13/4/2012}}</ref> Já os sistemas de saúde privada atendem a um papel complementar.<ref name="BGOW Health">{{Citar web|título=Saúde|obra=Atendimento|publicado=Página oficial do Governo brasileiro|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/programas-e-campanhas|acessodata=26/3/2010|wayb=20110520004236|urlmorta=sim}}</ref> Os serviços de saúde públicos são universais e oferecidos a todos os cidadãos do país de forma gratuita. No entanto, a construção e a manutenção de centros de saúde e hospitais são financiadas por impostos, sendo que o país gasta cerca de 9% do seu PIB em despesas na área. Em 2009, o território brasileiro tinha 1,72 médicos e 2,4 leitos hospitalares para cada mil habitantes.<ref name="CIA Intro" />
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[[Imagem:Oil platform P-51 (Brazil)-2.jpg|thumb|[[Plataforma petrolífera]] P-51 da [[estatal]] brasileira [[Petrobras]]. Desde 2006 o país equilibra sua balança de [[petróleo]]<ref>{{citar jornal|título=Lula anuncia auto-suficiência do Brasil em petróleo amanhã|publicado=Folha de S.Paulo |data=20/4/2006|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u107023.shtml|acessodata=26/5/2009}}</ref>]]
 
O Brasil é o décimo maior consumidor da [[energia]] do planeta e o terceiro maior do [[hemisfério ocidental]], atrás dos [[Estados Unidos]] e [[Canadá]].<ref name="CIA – Energia">{{Citar web|título=The World Factbook|publicado=[[Agência Central de Inteligência|CIA]]|data=2008|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2042rank.html|acessodata=1 de março de 2006|wayb= 20070613004307|urlmorta= sim}}</ref> A matriz energética brasileira é baseada em [[Energia renovável|fontes renováveis]], sobretudo a [[energia hidrelétrica]] e o [[etanol]], além de [[Recursos não renováveis|fontes não renováveis]] como o [[petróleo]] e o [[gás natural]].<ref>{{citar enciclopédia|título=Reflexões sobre a história da matriz energética brasileira e sua importância para a definição de novas estratégias para o gás|url=http://www.bgfconsultoria.com.br/pag/documents/Rio_Oil_Gas.htm|publicado=BGF|acessodata=9/6/2008}}</ref> Em 2015, a [[Usina Hidrelétrica de Itaipu]], no [[Paraná]], era a maior [[usina hidrelétrica]] do planeta por produção de [[energia (sociedade)|energia]].<ref name="itaipu2015" />
 
Ao longo das últimas três décadas o Brasil tem trabalhado para criar uma alternativa viável à [[gasolina]]. Com o seu combustível à base de [[cana-de-açúcar]], a nação pode se tornar energicamente independente neste momento. O [[Pró-álcool]], que teve origem na década de 1970, em resposta às incertezas do mercado do petróleo, aproveitou sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos [[brasileiros]] utilizam os chamados "[[Veículo flex|veículos flex]]", que funcionam com [[etanol]] ou gasolina, permitindo que o [[consumidor]] possa abastecer com a opção mais barata no momento, muitas vezes o etanol.<ref>{{citar jornal|título=Brasil alcança marca de 10 milhões de carros flex|publicado=O Estado de S. Paulo|data=4/3/2010|url=http://economia.estadao.com.br/noticias/not_7582.htm|acessodata=27/3/2010|wayb= 20100529132514|urlmorta= sim}}</ref> Os países com grande consumo de [[combustível]], como a [[Índia]] e a [[República Popular da China|China]], estão seguindo o progresso do Brasil nessa área.<ref>{{Citation|url=http://veja.abril.com.br/70307/p_064.shtml|título=China, Índia and Brazilian ethanol|jornal=Veja|publicado=Abril|data=7/3/2007|língua=inglês|local=São Paulo|wayb= 20171019102126|urlmorta= sim}}</ref> Além disso, países como o [[Japão]] e [[Suécia]] estão importando etanol brasileiro para ajudar a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no [[Protocolo de Quioto]].<ref>{{Citation|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000100017|título=Programas de energia alternativa nos EUA, União Europeia e Japão podem favorecer etanol brasileiro|publicado=Universia|wayb= 20140504063455}}</ref>
 
O Brasil possui a segunda maior reserva de [[petróleo]] bruto na [[América do Sul]] e é um dos produtores de petróleo que mais aumentaram sua produção nos últimos anos.<ref>{{Citation|url=http://www.eia.doe.gov/cabs/Brazil/Oil.html|título=Oil reserves in Brazil|língua=inglês|publicado=Department of Energy|local=EUA|wayb=20081218022943|urlmorta=sim}}</ref> O país é um dos mais importantes do mundo na produção de [[energia hidrelétrica]]. Da sua capacidade total de geração de [[eletricidade]], que corresponde a 90 mil mega[[watt]]s (MW), a energia hídrica é responsável por {{fmtn|66000|MW}} (74%).<ref name="Hidroeletricidade">{{Citation|url=http://www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp?cod=322|título=Hydroelectric power in Brazil|língua=inglês|último=Freitas|primeiro=Newton|local=BR|fechaacceso=2008-11-01|urlarchivowayb=https://web.archive.org/web/20120107031823/http://www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp?cod=322|fechaarchivo=2012-01-07}}</ref> A [[energia nuclear]] representa cerca de 3% da matriz energética brasileira.<ref name=wna>{{Citar web|publicado=World Nuclear Association|url=http://www.world-nuclear.org/info/inf95.html|título=Nuclear Power in Brazil|lingua=inglês|acessodata=26/3/2010}}</ref> O Brasil pode se tornar uma potência mundial na produção de petróleo, com grandes descobertas desse recurso nos últimos tempos na [[Bacia de Santos]].<ref>{{citar jornal|título=Oil discovery rocks Brazil|publicado=CNN|data=9/11/2007|url =http://www.cnn.com/2007/WORLD/americas/11/8/brazil.oil.ap/index.html|acessodata=9/6/2008|wayb=20071109212704}}</ref><ref>{{citar jornal|último =Schneyer|primeiro =Joshua|língua=inglês|título=Brazil, the New Oil Superpower|publicado=Business Week|data=9/11/2007|url=http://www.businessweek.com/bwdaily/dnflash/content/nov2007/db20071115_045316.htm?chan=top+news_top+news+index_businessweek+exclusives|acessodata=9/6/2008}}</ref><ref>{{citar jornal|título=More bounty|publicado=The Economist|data=17/4/2008|url=http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=11049391|acessodata=9/6/2008}}</ref>
{{panorama|Itaipu à noite.jpg|1000px|Vista panorâmica da [[Usina Hidrelétrica de Itaipu]], na [[fronteira Brasil–Paraguai]]. Em 2015, era a maior [[hidrelétrica]] do mundo em geração de energia.<ref name="itaipu2015">{{citar web|url=http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2016/01/itaipu-reassume-lideranca-mundial-em-producao-de-energia-em-2015.html|título=Itaipu reassume liderança mundial em produção de energia em 2015|data=7/01/2016|publicado=[[G1]]|acessodata=7/01/2016}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.itaipu.gov.br/energia/geracao|título=Geração|editor=Itaipu Binacional|acessodata=17/5/2014}}</ref> Aproximadamente 75% da [[Política energética do Brasil|matriz energética]] brasileira, uma das mais limpas do mundo, é proveniente da [[hidroeletricidade]]<ref name="Hidroeletricidade" />}}
 
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{{Artigo principal|Transportes do Brasil}}
 
Com uma rede rodoviária de cerca de 1,5 milhão de [[quilômetro]]s, sendo {{formatnum:212798}} km de rodovias [[Asfalto|pavimentadas]] (2010), as [[estrada]]s são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro.<ref name="CIA The World Factbook – Transportation" /><ref>{{citar web|url=http://www.antt.gov.br/passageiro/apresentacaopas.asp|publicado=[[Agência Nacional de Transportes Terrestres]]|título=Transportes de Passageiros: Apresentação|acessodata=25/2/2010|wayb= 20110204054814|urlmorta= sim}}</ref>
 
Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920, no governo de [[Washington Luís]], sendo prosseguidos nos governos de [[Getúlio Vargas|Vargas]] e [[Eurico Gaspar Dutra|Gaspar Dutra]].<ref>{{Citation|último1 =Pereira|primeiro1 =LAG|último2 =LESSA|primeiro2 =SN|último3 =CARDOSO|primeiro3 =AD|título=Planejamento e Transporte Rodoviário no Brasil}}</ref> O presidente [[Juscelino Kubitschek]] (1956–61), que concebeu e construiu a capital [[Brasília]], foi outro incentivador de rodovias. Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país ([[Volkswagen]], [[Ford Motor Company|Ford]] e [[General Motors]] chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias.<ref name="rodovia"/>
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A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande parte realizada em universidades públicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notáveis polos tecnológicos do Brasil são os institutos [[Fundação Oswaldo Cruz|Oswaldo Cruz]] e [[Instituto Butantan|Butantã]], o [[Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial]], a [[Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]] (EMBRAPA) e o [[Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]] (INPE). Dono de relativa sofisticação tecnológica, o país desenvolve de [[submarino]]s a aeronaves, além de estar presente na pesquisa aeroespacial, possuindo um Centro de Lançamento de Veículos Leves e sendo o único país do [[Hemisfério sul|Hemisfério Sul]] a integrar a equipe de construção da [[Estação Espacial Internacional]] (ISS).<ref name="NASA">{{citar web | url=http://www.nasa.gov/centers/johnson/news/releases/1996_1998/h97-233.html | título=NASA Signs International Space Station Agreement With Brazil }} [[NASA]].</ref>
 
O Brasil tem o mais avançado [[Programa espacial brasileiro|programa espacial]] da América Latina, com recursos significativos para veículos de lançamento, e fabricação de [[satélite artificial|satélites]].<ref>{{Citar web|url=http://www.country-data.com/cgi-bin/query/r-1826.html|título=Brazil&nbsp;— The Space Program|acessodata=24/5/2008|data=abril de 1997|obra=Country data}}</ref> Em 14 de outubro de 1997, a [[Agência Espacial Brasileira]] assinou um acordo com a [[NASA]] para fornecer peças para a [[Estação Espacial Internacional|ISS]]. No entanto, depois de quase dez anos sem conseguir cumprir o contrato de fornecimento, foi excluído do programa em maio de 2007.<ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL43223-5603,00.html|título= Brasil está fora do projeto da estação espacial|publicado= Portal G1|data= 28/5/2007|acessodata= 20/10/2017|wayb= 20080505104742}}</ref> Este acordo, contudo, possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro [[astronauta]]. Em 30 de março de 2006 o tenente-coronel [[Marcos Pontes]], a bordo do veículo [[Soyuz]], tornou-se no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a orbitar o planeta [[Terra]].<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2006/03/29/ult1806u3659.jhtm|título=Do cosmonauta ao taikonauta, dezenas de nacionalidades no espaço|acessodata=18/11/2008|publicado=Terra|wayb= 20171019104534}}</ref>
 
O país também é pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas. O [[urânio]] enriquecido na [[Fábrica de Combustível Nuclear de Resende|Fábrica de Combustível Nuclear]] (FCN), de [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]], no estado do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], atende à demanda energética do país. Existem planos para a construção do primeiro [[submarino nuclear]] do país.<ref>{{citar jornal|título=Brazil to revive nuclear project|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/6290234.stm|obra=[[BBC News]]|publicado=[[BBC]]|data=11/7/2007|acessodata=24/5/2008}}</ref> O Brasil também é um dos três países da [[América Latina]]<ref>{{Citation|url=http://www-elsa.physik.uni-bonn.de/accelerator_list.html|publicado=Rheinische Friedrich-Wilhelms-Universität|título=Accelerator list|local=Bonn, DE}}</ref> com um laboratório [[Síncrotron]] em operação, um mecanismo de pesquisa da física, da química, das [[ciências dos materiais]] e da biologia.<ref>{{Citation|url=http://www.lnls.br/lnls/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=60|publicado=LNLS Laboratório Nacional de Luz Síncrotron|título=O que é o LNLS|wayb=20100121162147|urlmorta=sim}}</ref> Segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009–2010 do [[Fórum Econômico Mundial]], o Brasil é o 61º maior desenvolvedor mundial de [[tecnologia da informação]].<ref>{{Citation|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2603201010.htm|título=Brasil cai duas posições em ranking mundial|jornal=[[Folha de S.Paulo]]|data=26/3/2010|acessodata=26/3/2010}}</ref>
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O Brasil também tem um grande número de notáveis personalidades científicas. Entre os inventores brasileiros mais reconhecidos estão os padres [[Bartolomeu de Gusmão]],<ref name="Inventores" /> [[Roberto Landell de Moura]]<ref name="Inventores" /> e [[Francisco João de Azevedo]],<ref name="Inventores">{{citar web|url=http://www.almanaquebrasil.com.br/especiais/inventores-do-brasil-para-o-mundo/|autor=Almanaque Brasil|título=Inventores do Brasil para o mundo|acessodata=27/12/2010|wayb=20110706151318|urlmorta=sim}}</ref> além de [[Alberto Santos Dumont]],<ref>{{Citar web|url=http://query.nytimes.com/mem/archive-free/pdf?_r=1&res=9B00E3DF1430E033A25753C2A9669D946097D6CF |título=M. Santos Dumont Rounds Eiffel Tower." New York Times, 20 de outubro de 1901|acessodata=29/12/2010}}</ref> [[Evaristo Conrado Engelberg]],<ref name="patentbritish">{{citar web|url=http://vintagemachinery.org/mfgindex/detail.aspx?id=294 |título=Engelberg, Inc|acessodata=17/7/2011|publicado=Vintage Machinery|ano=2011}}</ref> [[Manuel Dias de Abreu]],<ref>Abreu, Manuel de, pag. 17 – Grande Enciclopédia Universal – edição de 1980 – Ed.Amazonas</ref> [[Andreas Pavel]]<ref>{{citar web | url=http://web.archive.org/web/20090309065937/http://www.iht.com/articles/2005/12/16/news/profile.php? | título=Portable stereo's creator got his due, eventually }}</ref> e [[Nélio José Nicolai]].<ref>[https://web.archive.org/web/20140813115503/http://www.cefetmg.br/noticias/2010/11/noticia0014.html Exposição destaca centenário do CEFET-MG]. Acessado em 13 de novembro de 2010</ref>
 
A ciência brasileira é representada por nomes como [[César Lattes]] ([[físico]] brasileiro codescobridor do ''[[méson pi]]''),<ref name="Lattes">{{citar web|url=http://www.cbpf.br/meson/meson.html|autor=[[Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação|Ministério da Ciência e Tecnologia]]|título=50 anos do Méson-Pi|acessodata=29/12/2010|wayb=20110526200502|urlmorta=sim}}</ref> [[Mário Schenberg]] (considerado o maior físico teórico do Brasil),<ref>{{citar web|url=http://cbpfindex.cbpf.br/publication_pdfs/dh00186.2011_08_16_15_20_32.pdf|título=Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – Coleção Galileo: Textos de Física|acessodata=21/10/2014|data=|wayb=20130331194248|urlmorta=sim}}</ref> [[José Leite Lopes]] (único físico brasileiro detentor do ''UNESCO Science Prize''),<ref>{{citar web|url=http://www.unesco.org/bpi/science/content/news/upress/99-147e.htm|título=Atta-Ur-Rahman, José Leite Lopes and Juan Martín Maldacena receive UNESCO science prizes|data=|publicado=UNESCOPRESS|acessodata=21/10/2014}}</ref> [[Artur Ávila]] (o primeiro latino-americano ganhador da [[Medalha Fields]])<ref>{{citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/08/1499290-brasileiro-ganha-a-medalha-fields-considerada-o-nobel-da-matematica.shtml|título= Brasileiro ganha a Medalha Fields, considerada o "Nobel da Matemática"|wayb= 20171010182811}}</ref> e [[Fritz Müller]] (pioneiro no apoio factual à teoria da evolução apresentada por [[Charles Darwin]]).<ref name="West, David A 2003">West, David A. 2003. Fritz Müller: a naturalist in Brazil. Blacksburg: Pocahontas Press</ref>
 
=== Mídia e comunicações ===
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{{Artigo principal|Lista de rádios do Brasil|Lista de emissoras de televisão do Brasil|Lista de jornais do Brasil}}
 
A imprensa brasileira tem seu início em 1808 com a [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|chegada da família real portuguesa]] ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de [[jornal|jornais]] ou [[livro]]s.<ref>{{Citar web|título=200 anos da Imprensa no Brasil, 50 anos do Jornal Pequeno|publicado=Rede Alfredo de Carvalho|url=http://www.redealcar.jornalismo.ufsc.br/wilsonaraujo.htm|acessodata=2/12/2008|wayb= 20090413182938|urlmorta= sim}}</ref> A imprensa brasileira nasceu oficialmente no [[Rio de Janeiro]] em 13 de maio de 1808, com a criação da Impressão Régia, hoje [[Imprensa Nacional]], pelo [[príncipe-regente]] [[João VI de Portugal|Dom João]].<ref>{{Citation|url=http://portal.in.gov.br/in/imprensa1/a-imprensa-nacional/|título=A Imprensa Nacional|publicado=Imprensa Nacional|local=BR|wayb=20120515075448|acessodata=22/10/2014|urlmorta=sim}}</ref> A ''[[Gazeta do Rio de Janeiro]]'', o primeiro jornal publicado em território nacional,<ref>{{Citation| url=http://www.novomilenio.inf.br/idioma/200009u.htm|contribuição=Primeira página da primeira edição da Gazeta do Rio de Janeiro|título=Novo milênio|local=BR}}</ref> começa a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicação em massa e produziu grandes jornais que hoje estão entre as maiores do país e do mundo como a ''[[Folha de S.Paulo]]'', ''[[O Globo]]'' e o ''[[Estado de S. Paulo]]'', e publicações das editoras [[Editora Abril|Abril]] e [[Editora Globo|Globo]].<ref>{{CitationCitar web|url=http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/jornais-no-brasil/maiores-jornais-do-brasil|contribuição=Maiores jornais do Brasil|publicado=Associação Nacional de Jornais|título=A indústria jornalística|fechaacceso=2010-04-24|urlarchivoarquivourl=https://www.webcitation.org/6A5IXbWe4?url=http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/jornais-no-brasil/maiores-jornais-do-brasil|fechaarchivoarquivodata=2012-08-21}}</ref>
 
A [[radiodifusão]] surgiu em 7 de setembro de 1922,<ref>{{Citar web|título=História do Rádio no Brasil|url=http://www.abert.org.br/web/index.php/quemsomos/historia-do-radio-no-brasil|acessodata=2/12/2008|wayb=20141220081936}}</ref> data do centenário da independência, sendo a primeira transmissão um discurso do então [[Presidente do Brasil|presidente]] [[Epitácio Pessoa]], porém a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro".<ref>{{Citation|url=http://www.grupoescolar.com/materia/historia_do_radio_no_brasil.html|contribuição=História do Rádio no Brasil|título=Grupo escolar}}</ref>
 
A [[televisão no Brasil]] começou, oficialmente, em 18 de setembro de 1950,<ref>{{Citar web|título=História da televisão brasileira|publicado=Microfone|url=http://www.microfone.jor.br/historiadaTV.htm|acessodata=2/12/2008<!-- |wayb=20080101212056 -->|urlmorta=sim|wayb=20111222000439}}</ref> trazida por [[Assis Chateaubriand]] que fundou o primeiro [[canal de televisão]] no país, a [[Rede Tupi|TV Tupi]]. Desde então a televisão cresceu no país, criando grandes redes como a [[Rede Globo|Globo]], [[Rede Record|Record]], [[SBT]], [[RedeTV!|RedeTV]] e [[Rede Bandeirantes|Bandeirantes]]. Hoje, a televisão representa um fator importante na [[cultura popular]] moderna da sociedade brasileira. A [[televisão digital no Brasil]] teve início em 2007, inicialmente na [[São Paulo|cidade de São Paulo]], pelo padrão japonês.<ref>{{Citar web|url=http://www.dtv.org.br/materias.asp?menuid=3&id=5|título=TV digital brasileira|wayb= 20090310062559|urlmorta= sim}}</ref>
 
A [[História da Internet no Brasil|Internet veio ao Brasil]] em 1988 por decisão inicial da sociedade de estudantes e professores universitários paulistanos ([[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo]], liderada por [[Oscar Sala]]) e cariocas ([[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] e [[Laboratório Nacional de Computação Científica]]), mas, somente a partir de 1996, a Internet brasileira passou a ter seus ''[[backbone]]s'' próprios inaugurados por provedores comerciais, iniciando assim o desenvolvimento dessa rede de telecomunicações.<ref>{{citar web|url=http://brasilescola.uol.com.br/informatica/internet-no-brasil.htm|titulo=Internet no Brasil|data=2017|acessodata=7 de novembro de 2017|ultimo=Brasil Escola}}</ref>
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[[Imagem:Puro_ouro.jpg|thumb|esquerda|[[Igreja e Convento de São Francisco (Salvador)|Igreja de São Francisco]] em [[Salvador]], uma das mais ricas expressões do [[barroco brasileiro]]]]
 
O núcleo de [[Cultura do Brasil|cultura]] é derivado da [[Cultura de Portugal|cultura portuguesa]], por causa de seus fortes laços com o [[Império Português|império colonial português]]. Entre outras influências portuguesas encontram-se o [[Língua portuguesa|idioma português]], o [[catolicismo romano]] e [[Estilo manuelino|estilos arquitetônicos coloniais]].<ref>{{Citar web|título=Períodos históricos|obra=História|publicado=Página oficial do Governo brasileiro|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/historia/figuras-historicas/colonia-1|acessodata=8/6/2008|wayb=20110520005557|urlmorta=sim}}</ref> A cultura, contudo, foi também fortemente influenciada por tradições e culturas [[África|africanas]], indígenas e [[Europa|europeias]] não portuguesas.<ref name="Encarta">{{citar enciclopédia|título=People and Society|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_3/Brazil.html|acessodata=10/6/2008|wayb= 20070125171805|urlmorta= sim}}</ref>
 
Alguns aspectos da cultura brasileira foram influenciadas pelas contribuições dos italianos, alemães e outros imigrantes europeus que chegaram em grande número nas regiões [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] do Brasil.<ref name="Encarta 2">{{citar enciclopédia|título=Population|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_3/Brazil.html|acessodata=10/6/2008|arquivourl=http://www.webcitation.org/5kwQIvYDr|arquivodata=31/10/2009}}</ref>
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Os [[ameríndio]]s influenciaram a língua e a [[Culinária do Brasil|culinária do país]] e os africanos influenciaram a língua, a culinária, a música, a [[dança]] e a religião.<ref>{{citar jornal|último =Freyre|primeiro =Gilberto|título=The Afro-Brazilian experiment: African influence on Brazilian culture|publicado=UNESCO|ano=1986|url=http://findarticles.com/p/articles/mi_m1310/is_1986_May-June/ai_4375022|acessodata=8/6/2008|língua=inglês}}</ref>
 
A [[Artes do Brasil|arte brasileira]] tem sido desenvolvida, desde o século XVI, em diferentes estilos que variam do [[Barroco no Brasil|barroco]] (o estilo dominante no Brasil até o início do século XIX){{HarvRef|Karnal|1998}}<ref name="itaucultural.org.br">{{Citation|url=http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=63|contribuição=Barroco Brasileiro|título=Enciclopédia|publicado=Itaú Cultural}}</ref> para o [[Academismo no Brasil|romantismo]], [[Modernismo no Brasil|modernismo]], [[expressionismo]], [[cubismo]], [[surrealismo]] e [[Arte abstrata|abstracionismo]]. O [[Cinema do Brasil|cinema brasileiro]] remonta ao nascimento da [[média|mídia]] no final do século XIX e ganhou um novo patamar de reconhecimento internacional nos últimos anos.<ref>{{citar enciclopédia|título=Theater and Film|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_5/Brazil.html|acessodata=8/6/2008|wayb= 20080212004346|urlmorta= sim}}</ref>
 
=== Música ===
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| acessodata = 2/12/2008 }}</ref> Após esse período, o [[Realismo no Brasil|realismo brasileiro]] expandiu-se pelo país, principalmente pelas obras de [[Machado de Assis]], poeta e romancista, cujo trabalho se estende por quase todos os [[gêneros literários]] e que é amplamente considerado como o maior escritor brasileiro.<ref>[[Antonio Candido de Mello e Souza|Cândido, Antônio.]] (1970) ''Vários escritos.'' São Paulo: Duas Cidades. p. 18</ref>
 
Bastante ligada, de princípio, à [[Literatura de Portugal|literatura metropolitana]], ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o século XIX com os movimentos [[Romantismo no Brasil|romântico]] e realista. Atingiu o ápice com a [[Semana de Arte Moderna]] em 1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do [[Modernismo no Brasil|Modernismo]] e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes. São dessa época grandes nomes como [[Manuel Bandeira]], [[Carlos Drummond de Andrade]], [[Guimarães Rosa]], [[João Cabral de Melo Neto]], [[Clarice Lispector]] e [[Cecília Meireles]].<ref>{{citar web|url=http://www2.docentes.uneb.br/lucianolima/artigos/KEW_GARDEN2.doc|publicado=UNEB|titulo=Misticismo e Ateísmo em 'Amor', de Clarice Lispector|autor=Luciano Rodrigues Lima|acessodata=3/12/2008|wayb= 20120118154154|urlmorta= sim}}</ref>
 
=== Culinária ===
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{{imagem dupla|right|Brigadeiro.jpg|200|Pao de queijo com cafe.jpg|200|[[Brigadeiro (doce)|Brigadeiro]], um doce nacional e uma das mais reconhecidas iguarias da [[culinária brasileira]]|[[Pão de queijo]] com [[Produção de café no Brasil|café]] e uma pequena garrafa de [[cachaça]], exemplos da culinária do [[interior do Brasil]]}}
 
A [[Culinária do Brasil|cozinha brasileira]] varia muito de acordo com a [[região]], refletindo a combinação de populações nativas e de imigrantes pelo país. Isto criou uma cozinha nacional marcada pela preservação das diferenças regionais.<ref name="Encarta 4">{{citar enciclopédia|título=Way of Life|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_4/Brazil.html |acessodata=8/6/2008|wayb= 20080306153354|urlmorta= sim}}</ref> Os exemplos são a [[feijoada à brasileira]], considerada o prato nacional do país;<ref>{{citar web|url= http://www.braziltravelguide.com/feijoada-the-brazilian-national-dish.html|título= Feijoada: The Brazilian national dish|publicado= braziltravelguide.com|wayb= 20091129154026|urlmorta= sim|acessodata= 9/12/2011}}</ref><ref>{{citar web | url=http://www.brazilmax.com/news.cfm/tborigem/fe_fooddrink/id/11 | título="Brazil National Dish: Feijoada Recipe and Restaurants" | acessodata=9/12/2011 | wayb=20101120102548| urlmorta=sim}} Acesso em 8/11/2009</ref> e os alimentos regionais, como [[beiju]], [[feijão tropeiro]], [[vatapá]], [[moqueca]], [[polenta]], [[pão de queijo]] e [[acarajé]].
 
Ingredientes utilizados pela primeira vez pelos [[povos indígenas no Brasil]] incluem a [[mandioca]], [[guaraná]], [[açaí]], [[cumaru]] e [[tacacá]]. A partir daí, muitas [[Imigração no Brasil|ondas de imigrantes]] trouxeram alguns de seus pratos típicos, substituindo ingredientes em falta com equivalentes locais. Por exemplo, os imigrantes europeus (principalmente de [[Portugal]], [[Itália]], [[Espanha]], [[Alemanha]], [[Polônia]] e [[Suíça]]) estavam acostumados a uma dieta à base de [[trigo]] e introduziram [[vinho]], [[hortaliça]]s e produtos lácteos na culinária local. Quando as [[batata]]s não estavam disponíveis, eles descobriram como usar a [[macaxeira]] nativa como um substituto.<ref>{{citar livro |último =Burns |primeiro =E. Bradford |título=A History of Brazil |publicado=Columbia University Press |local=New York |ano=1993 |página=38 |isbn=0-231-07955-9 }}</ref>
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[[Imagem:Terminam os Jogos Olímpicos Rio 2016 (29040726262).jpg|thumb|[[Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016|Cerimônia de encerramento]] dos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2016]] no [[Estádio do Maracanã]], [[Rio de Janeiro]]]]
 
Algumas variações de esportes têm suas origens no Brasil. [[Futebol de praia]],<ref>{{Citar web|título=Beach Soccer|publicado=International Federation of Association Football|url=http://www.fifa.com/aboutfifa/developing/beachsoccer/index.html|acessodata=6/6/2008}}</ref> [[futsal]] (versão oficial do futebol indoor),<ref>{{Citar web|título=Futsal|publicado=International Federation of Association Football|url=http://www.fifa.com/aboutfifa/developing/futsal/index.html|acessodata=6/6/2008}}</ref> [[futetênis]],<ref>{{citar web | url=http://www.jornaloimparcial.com.br/?p=3085 | título=Dia do Desafio traz inventor de fute-tênis | acessodata=2012-05-27 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20130923004033/http://www.jornaloimparcial.com.br/?p=3085 | arquivodata=2013-09-23 | urlmorta=sim }} ''Jornal O Imparcial'', acessado em 17 de junho de 2010</ref><ref>{{citar web | url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u46958.shtml | título=Santos terá torneio de fute-tênis no fim de semana }} ''Folha Online'', acessado em 17 de junho de 2010</ref> [[futebol de saco]]<ref>{{citar web |url=http://www.futsac.com/futsac/historia |título=História |editor=Confederação Brasileira de Futebol de Saco |acessodata=21/9/2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130923100623/http://www.futsac.com/futsac/historia |arquivodata=2013-09-23 |urlmorta=sim }}</ref> e [[futevôlei]] emergiram de variações do futebol. Outros esportes também criados no país são a [[peteca]],<ref>{{citar web|url=http://www.fempe.com.br/|editor=Federação Mineira de Peteca|título=Histórico da Peteca|acessodata=21/9/2013}}</ref> o [[acquaride]],<ref>{{citar web|url=http://www.cidadeaventura.com.br/esportes.php?esporte=acquaride|publicado=Cidade Aventura|título=Acqua Ride|acessodata=21/9/2013|wayb= 20090209013925|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.livresportes.com.br/reportagem.php?id=1141|publicado=LivrEsportes|título=Acqua Ride: Passeio aquático radical|acessodata=21/9/2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130923012339/http://www.livresportes.com.br/reportagem.php?id=1141|arquivodata=2013-09-23|urlmorta=sim}}</ref> o [[frescobol]],<ref name="brasilescola">{{Citar web|url=http://www.brasilescola.com/educacaofisica/frescobol.htm|editor=Brasil Escola|título=Educação física|acessodata=27/5/2012}}</ref> o [[sandboard]]<ref>{{Citar web|título=Sandboard, um esporte criado no Brasil|editor=UOL|url=http://oradical.uol.com.br/sandboard/sandboard_um_esporte_criado_brasil/|acessodata=21/9/2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130925074840/http://oradical.uol.com.br/sandboard/sandboard_um_esporte_criado_brasil/|arquivodata=2013-09-25|urlmorta=sim}}</ref> e o [[biribol]].<ref>{{Citar web|título=História do Biribol|url=http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=galeria_de_arte.detalhe_texto&id_galeria=32&id_arte=1635&id_comunidade=1|último=Montoro|primeiro=Patricia|data=14/6/2005|publicado=EducaRede|acessodata=15/8/2008}}</ref> Nas artes marciais, os brasileiros têm desenvolvido a [[capoeira (artes marciais)|capoeira]],<ref>{{Citar web|título=The art of capoeira|publicado=BBC|data= 20/9/2006|lingua=inglês|url=http://www.bbc.co.uk/northyorkshire/content/articles/2005/09/13/capoeira_feature.shtml|acessodata=6/6/2008|wayb= 20171018102002}}</ref> [[vale-tudo]],<ref>{{Citar web|título=Brazilian Vale Tudo|publicado=I.V.C|url=http://valetudo.com.br/|acessodata=6/6/2008|wayb=19980530081959|urlmorta=sim}}</ref> e o [[jiu-jitsu brasileiro]],<ref>{{Citar web|título=Brazilian Jiu-Jitsu Official Website|publicado=International Brazilian Jiu-Jitsu Federation|url=http://www.ibjjf.org/|acessodata=6/6/2008}}</ref> entre outras artes marciais brasileiras.
 
O Brasil já organizou eventos esportivos de grande escala: sediou as [[Copa do Mundo FIFA|Copas do Mundo]] de [[Copa do Mundo FIFA de 1950|1950]], na qual foi o vice-campeão,<ref>{{Citar web |título=1950 FIFA World Cup Brazil |obra=Previous FIFA World Cups |publicado=International Federation of Association Football |url=http://www.fifa.com/worldcup/archive/edition=7/ |acessodata=6/6/2008 |wayb=20131218142115 |urlmorta=no }}</ref> e [[Copa do Mundo FIFA de 2014|2014]], quando ficou em quarto lugar.<ref>{{Citar web|título=2014 FIFA World Cup Brazil|publicado = International Federation of Association Football | url = http://www.fifa.com/worldcup/brazil2014/| acessodata =6/6/2008|wayb= 20100210024556|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.arquivodosmundiais.com/copa/2014/clas2014.htm|título=Copa do Mundo 2014 – Brasil|data=2014|acessodata=14/6/2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140715003921/http://www.arquivodosmundiais.com/copa/2014/clas2014.htm|arquivodata=2014-07-15|urlmorta=sim}}</ref> Em 1963, São Paulo foi sede dos [[Jogos Pan-Americanos de 1963|Jogos Pan-Americanos]] e [[Porto Alegre]] da [[Universíada de Verão de 1963|Universíada de Verão]]. A cidade do [[Rio de Janeiro]] sediou os [[Jogos Pan-Americanos de 2007]]<ref>{{citar web|url= http://www.fisu.net/en/Summer-Universiades-3490.html|titulo=Summer Universiade | acessodata =11/11/2013|publicado=FISU|língua= en}}</ref> e também os [[Jogos Olímpicos de Verão de 2016]], que contou com a participação de 207 delegações e mais de doze mil atletas.<ref>{{citar web|url= http://www.olympic.org/en/content/Olympic-Games/All-Future-Olympic-Games/Summer/Rio-de-Janeiro-2016/ |titulo=Rio de Janeiro 2016 Summer Olympics|acessodata=16/7/2010|publicado = Comitê Olímpico Internacional|língua=en}}</ref> [[Brasília]], originalmente escolhida para sediar a [[Universíada de Verão de 2019]], declinou da escolha, em 21 de janeiro de 2015, alegando que a cidade não teria condições financeiras de sediar o evento. A FISU reabriu o processo de candidatura para uma nova sede para os Jogos.<ref>{{citar web|url=http://espn.uol.com.br/noticia/476792_governo-insiste-mas-distrito-federal-desiste-de-sediar-torneio-para-poupar-quase-meio-bi| data = 21/1/2015 13h 20 – atualizado em 10/11/2013 13h 25 | título = Governo insiste, mas Distrito Federal desiste de sediar torneio para poupar quase meio bi|acessodata=8/3/2015|publicado=ESPN | local = Distrito Federal}}</ref>
 
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