Luís XI de França: diferenças entre revisões

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'''Luís XI''' ([[Bourges]], {{dtlink|3|7|1423}} – [[La Riche]], {{dtlink|30|8|1483}}), também conhecido como '''Luís, o Prudente''', foi o [[Lista de monarcas da França|Rei da França]] de 1461 até sua morte. Era filho de [[Carlos VII de França|Carlos VII]] e [[Maria de Anjou]].<ref>{{citar web|url = https://www.britannica.com/biography/Louis-XI |título = Luís XI de França |obra = Encyclopædia Britannica Online |língua = en |acessodata = 12 de dezembro de 2019}}</ref>
 
Aos três anos, foi encerrado no castelo de [[Loches]], onde permaneceu até dez anos. Aos onze anos, seu pai permitiu que ele fosse viver em [[Amboise]] com a mãe. Tinha um gosto pronunciado pela fé e pelos estudo, apesar de cair por vezes em conflito com a [[Igreja]].
 
Em [[1436]], Carlos VII determinou seu casamento com Margarida da Escócia, união estratégica que o desagradou. Sua aversão ao pai cresceu, e Luís chegou a acusá-lo de o haver aprisionado. Aos dezessete anos de idade, Luís integrou revolta da nobreza contra o pai mas, derrotados, tiveram que se submeter e Luís foi mandado para o [[Dauphiné]].
 
Luís continuou a conspirar contra seu pai. Viúvo em 1445, desposou em 1457 Carlota, filha de [[Luís, Duque de Saboia]]. Carlos VII investiu com suas tropas, o que obrigou Luís XI a buscar refúgio junto ao [[Duque da Borgonha]], rival da Coroa francesa. Luís XI estava no castelo de Genappe, propriedade do Duque da Borgonha, quando recebeu a notícia da morte do pai.
 
As exéquias de Carlos VII foram celebradas no dia [[8 de agosto]] de [[1461]], e Luís XI não compareceu. Coroado rei, dispensou os conselheiros do pai, e colocou sua própria gente. Passou a taxar os nobres, aumentou os impostos, dispensou os coletores do [[Papa]], e passou a controlar as questões eclesiásticas.
 
Luís XI não era um homem muito inteligente, e as permanentes brigas com seu pai deixaram nele marcas profundas. Adorava andar por seu reino, e era pouco inclinado a levar uma vida de Corte. Carlota deu sete filhos a Luís XI mas passava pouco tempo com ele, e permanecia sozinha em [[Amboise]] ou [[Tours]]. Luís XI tinha uma ligação com [[Marguerite de Sassenage]], que lhe dera vários filhos. Sua esposa se acomodou dentro dessa situação, preferindo ignorar as infidelidades.
 
== O Tratado ''des dupes'' de 5 de outubro de 1465 ==
Num tratado que não iludiu ninguém, Luís XI e os grandes senhores feudais concluiram a paz em [[Conflans]] (Conflans Sainte-Honorine). O rei tinha subido ao trono quatro anos antes, aos 38 anos, depois de ter combatido o pai Carlos VII.
 
Vingou-se imediatamente dos servidores do pai. Depois, num feliz acesso de bom senso, restaurou os melhores deles em suas antigas funções. Recrutou mais tarde novos funcionários na burguesia. O mais famoso foi seu barbeiro, [[Olivier le Daim]], que aparecerá num romance de [[Victor Hugo]], «''[[Notre-Dame de Paris]]''». Querendo recolocar ordem no reino, Luís não tarda a fazer inimigos numerosos. Priva alguns senhores de suas pensões, impõem-lhes casamentos ou limita seu direito de caçar. A reação não tarda: os nobres feudais furiosos formam uma «Liga do Bem Público» ou «Ligue du Bien public» para remediar o «desordonné et piteulx gouvernement» ou seja, o «governo desordenado, lamentável». Projetam instalar um regente, o duque de Berry, que tem 18 anos, irmão do rei.
 
Luís XI os enfrenta em [[Montlhéry]], ao sul de Paris, em julho de [[1465]]. A batalha é indecisa e aproveitando a confusão, o rei escapa e corre para entrar em Paris e firmar sua autoridade. Pelo tratado de Conflans, finge ceder às principais reivinvicações dos conjurados. A maior parte recebe novas pensões. Mas o rei, «''aranha universal''», como o chamavam or sua astúcia, continuou a jogar uns contra os outros. Apesar disso, ou por causa disso, figura na história de França como um dos principais atores da reunificação do reino e de sua modernização.
 
Afastado da [[nobreza]], Luís XI sentia-se bem na companhia de gente modesta como o médico, Coictier ou seu conselheiro Tristan l’Hermite. Apesar de possuir uma natureza piedosa, praticar múltiplos atos de devoção, de ser pródigo de favores àqueles que lhe vinham render homenagens, quando se tratava de adversários era igualmente autoritário e perfeitamente cruel, malvado e sem escrúpulos. Quando assumiu o poder em [[1461]], a [[França]] era um emaranhado de pequenos Estados que deviam homenagem ao Rei.
 
A [[Bretanha]] e a [[Borgonha]] eram um entrave na montagem de uma [[França]] unida. Luís XI tratou de desfazer esses Estados, buscando restabelecer o poder real. Durante seu reinado, ele melhorou os serviços postais, aprimorou a organização militar, desenvolveu a imprensa, e estabeleceu melhoras nas estradas e vias públicas. Entretanto, dentro do país Luís XI tinha que lutar contra sérias dificuldades, como a imposição de uma personalidade política, e a aplicação dos novos impostos estabelecidos.
 
Uma coaligação chamada de Liga do Bem Público se formou contra ele. Essa coaligação era comandada por Carlos, o Temerário, filho de Filipe, o Bom, Duque da Borgonha. Para se defender, Luís XI recebeu ajuda de ''Francesco Sforza'', duque de Milão. Os exércitos se defrontaram em [[Montlhéry]], a 16 de julho de [[1465]]. Tendo em vista a vitória ser incerta, Luís XI negociou alguns acordos com o inimigo, acordos esses que ele jamais cumpriria. Ele guardou profundo rancor dos rebeldes, e fez executar muitos deles pouco tempo depois.
 
Em [[1468]], Carlos, ''o Temerário'', sonhava reunir [[Flandres]] à [[Borgonha]]. Luís XI desistiu de convocar os exércitos e renunciou à guerra. Estando só em [[Liège]], Carlos o Temerário o aprisionou, e constrangeu Luís XI a ceder os territórios à Borgonha. Libertado em novembro de [[1468]], Luís XI desfez-se de suas promessas: doou a Guyenne a seu filho, o Duque de Berry, para agradar ao Duque da Bolonha, que encontrava-se atrapalhado com os ingleses, que requeriam essas terras. Mas essa trapalhada foi fatal, e o Duque de Berry se aliou à [[Bretanha]], [[Borgonha]] e [[Inglaterra]], para punir Luís XI que não cumpria as suas promessas. Luís XI pediu ajuda aos escoceses e ao [[Papa]]. Mas, Luís XI teve um filho que seria o novo herdeiro do trono, o futuro [[Carlos VIII de França|Carlos VIII]], e o Duque de Berry deixou de ser o herdeiro.
 
Em [[1471]], Luís XI e Carlos ''o Temerário'' se confrontaram na [[Picardia]]. Em julho de [[1475]], o Rei [[Eduardo IV]] da [[Inglaterra]] desembarcou em [[Calais]].
 
Luís XI convocou um emissário do Rei da [[Inglaterra]], dizendo-lhe que já era tempo de colocar um fim ao longo conflito que iniciara no ano [[1337]]. As negociações começaram em agosto de [[1475]], e Luís aceitou as exigências dos ingleses.
 
O Tratado foi assinado no dia 29 de agosto, em [[Picquigny]], o que colocou um fim na [[Guerra dos Cem Anos]]. Carlos o Temerário foi ficando pouco a pouco isolado, mas resolveu atacar a Lorraine. Ali, ele se confrontou com os que tinham vindo em auxílio de Luís XI em Granson e Morat, no ano de [[1476]].
 
Durante o inverno de [[1476]], Carlos ''o Temerário'' conquistou Nancy, mas suas tropas foram derrotadas no dia 5 de janeiro de [[1477]]. Luís XI tomou também [[Artois]], [[Boulonnais]], [[Hainaut]] e a [[Picardia]], que passaram para o domínio francês. Sentindo o fim se aproximar, Luís XI retirou-se para o seu castelo de [[Plessis-les-Tours]], onde apegou-se a uma devoção excessiva.
 
Morreu em [[30 de agosto]] de [[1483]], de [[derrame cerebral]].
 
== Casamento e posteridade ==
Casou em Tours em [[24 de junho]] de [[1436]] com [[Margarida Stewart|Margarida da Escócia]] (Perth, [[1424]] - Châlons-en-Champagne, 16 de agosto de [[1445]]), filha de [[Jaime I da Escócia]]. Margarida morreu de parto aos 20 anos de idade. Não tiveram descendência.
 
Casou pela segunda vez em Chambery [[14 de fevereiro]] de [[1457]] com [[Carlota de Saboia]] ([[1445]]-[[1483]] Amboise) filha de [[Luís, Duque de Saboia]]. Tiveram sete filhos:
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== Referências ==
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