536: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
Linha 7:
 
No início deste ano, um vulcão cataclísmico na [[Islândia]] expeliu cinzas no Hemisfério Norte, criando uma névoa que mergulhou a Europa, o [[Oriente Médio]] e partes da [[Ásia]] na escuridão - dia e noite - por 18 meses. As temperaturas no verão caíram de 1,5 ° C a 2,5 ° C, iniciando a década mais fria nos últimos 2300 anos<ref>[https://www.sciencemag.org/news/2018/11/top-stories-earth-s-darkest-year-errors-ocean-study-and-young-crater-under-greenland-s Top stories: Earth’s darkest year, errors in ocean study, and a young crater under Greenland’s ice] por Frankie Schembri (16 de novembro de 2018)</ref>.
 
Em algumas partes da Europa e da Ásia, o Sol brilhava apenas quatro horas por dia e não iluminava mais do que a Lua.
 
Apesar de a vida na Terra não ter acabado, este período de intensa escuridão foi seguido por um longo período de agitação, com as árvores a terem muitas dificuldades em crescer desde o ano 536 até 555. As evidências sugeriam uma atenuação solar extensa, mas os cientistas nunca souberam o motivo.
 
Os cientistas analisaram um núcleo de gelo na Gronelândia e concluíram que erupções subaquáticas que transportam sedimentos e microrganismos marinhos para a atmosfera, ajudaram a atenuar a luz do Sol.
 
A partir de um núcleo de gelo chamado GISP2, os cientistas analisaram as camadas de gelo datadas entre 532 e 542, mediram a química da água de fusão e extraíram fósseis microscópicos para estudá-las ao microscópio.
 
A análise não podia ter surpreendido mais os investigadores: as camadas do núcleo de gelo continham 91 fósseis de espécies microscópicas que teriam vivido em águas quentes e tropicais. Mas como apareceram estas espécies tropicais, amantes de calor, numa camada de gelo na Gronelândia?
 
A equipa suspeita que tenham sido atirados para a atmosfera por erupções vulcânicas subaquáticas perto do Equador. Em vez de emitir muito enxofre, as erupções subaquáticas teriam vaporizado a água do mar, aumentando o vapor e transportando sedimentos carregados de cálcio e criaturas microscópicas do mar para a atmosfera.
 
De acordo com os cientistas, as erupções vulcânicas equatoriais, em particular, podem afetar o globo inteiro. Uma vez na atmosfera, os sedimentos e os microorganismos teriam sido bastante eficazes a refletir a luz solar.
 
Por serem tão difíceis de detetar nos registos de sedimentos, nunca haviam sido identificados<ref>{{citar web|URL=https://zap.aeiou.pt/ano-da-escuridao-nova-explicacao-298072|título=O misterioso ano da escuridão tem agora uma nova explicação|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
 
 
 
<!--
== Eventos ==