Três Reis Magos: diferenças entre revisões
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[[Imagem:Bartolomé Esteban Murillo - Adoration of the Magi - Google Art Project.jpg|250px|thumb|''Adoração dos Magos'', de [[Bartolomé Esteban Murillo]].]]
Os '''Três Reis Magos''' (em [[grego koiné|grego]]: μάγοι, [[Transliteração|transl.]] ''magoi''), na tradição da religião [[Cristianismo|cristã]], são personagens que teriam visitado [[Jesus]] logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados apenas no [[Evangelho segundo Mateus]],<ref>[http://www.biblegateway.com/passage/?search=matthew%202;&version=64;]</ref> onde se afirma que teriam vindo "do leste" para adorar o "nascido [[Messias|rei dos Judeus]]". Mateus não especifica quantos são (diz apenas que são "uns magos"), mas como três presentes (ouro, incenso e mirra) são citados, diz-se tradicionalmente que tenham sido três, mas também especula-se que possam ter sido quatro, doze ou até mais.<ref>[[Geza Vermes|Vermes, Geza]], ''The Nativity: History and Legend'', Londres, Penguin, 2006, p.22; [[E. P. Sanders]] descreve as histórias da natividade como "os mais claros casos de invenção nos Evangelhos" (E. P. Sanders, ''The Historical Figure of Jesus'', 1993, p.85).</ref> São figuras constantes em relatos da [[Nascimento de Jesus|natividade]] e nas comemorações do [[Natal]].<ref>[http://books.google.com.br/books?id=o7wGAAAAQAAJ&pg=PA294&dq=Belchior+%22Reis+Magos%22&hl=pt-BR&ei=wvcATc3gFsKBlAeqgKHGCA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CC0Q6AEwAg#v=onepage&q=Belchior%20%22Reis%20Magos%22&f=false Revista universal Lisbonense]. UMA Sociedade Estudiosa, Volume 4. Editora Imprensa Nacional, 1845.</ref><ref>Faleiro, Angelita. [http://books.google.com.br/books?id=WA9vLY2AKX0C&pg=PA60&dq=Belchior+%22Reis+Magos%22&hl=pt-BR&ei=wvcATc3gFsKBlAeqgKHGCA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=10&ved=0CE4Q6AEwCQ#v=onepage&q=Belchior%20%22Reis%20Magos%22&f=false Desbravando nosso folclore]. Editora Biblioteca24x7. ISBN 857893573X, 9788578935733.</ref><ref name=":0">Borba, Francisco da Silva. [http://books.google.com.br/books?id=RFrCN3hCsHoC&pg=PA1255&dq=Belchior+%22Reis+Magos%22&hl=pt-BR&ei=EvgATdenG4LGlQe2xq3JDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=5&ved=0CDcQ6AEwBDgK#v=onepage&q=Belchior%20%22Reis%20Magos%22&f=false Verbete "Santos Reis"]. ''Dicionário UNESP do Português Contemporâneo''. Editora UNESP, 2005. ISBN 8571395764, 9788571395763.</ref>▼
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Talvez fossem astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta, [[Estrela de Belém|viram uma estrela]] e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Segundo o registro bíblico a estrela porém não os levou diretamente a casa do menino Jesus e sim ao palácio do cruel rei [[Herodes, o Grande|Herodes]] em Jerusalém na [[Judeia]] que coincidentemente desejava a morte de Jesus. Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia se passado algum tempo, por causa da distância percorrida, assim a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.
A estrela, conta o evangelho, os precedia, e só após guiá-los ao cruel Herodes é que parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" ({{citar bíblia|Mateus|2|10}}). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: [[ouro]], [[franquincenso|incenso]] e [[mirra]], cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representar a realeza (além providência divina para sua futura [[Fuga para o Egito|fuga ao Egito]], quando Herodes mandaria [[Massacre dos Inocentes|matar todos os meninos]] até dois anos de idade de [[Belém (Palestina)|Belém]]). O incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu ({{citar bíblia|Salmos|141|2}}). A mirra, resina antisséptica usada em embalsamamentos desde o [[Egito antigo]], nos remete ao gênero da [[Crucificação de Jesus|morte de Jesus]], o [[martírio]], sendo que um composto de mirra e [[aloés]] foi usado no embalsamamento de Jesus ({{citar bíblia|João|19|39|40}}).
== Adoração dos Magos ==
{{Artigo principal|Adoração dos Magos}}
A narrativa no [[Evangelho de Mateus]] segue:
{{citação2|{{citar bíblia|Mateus|2|11|12|citação = Entrando na casa, viram o menino, com [[Maria (mãe de Jesus)|Maria sua mãe]]. Prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.}}}}
Nada mais a Escritura diz sobre essa história, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.
Uma descrição dos reis magos foi feita por [[Beda|São Beda]], o Venerável ([[673]]-[[735]]), que no seu tratado “''Excerpta et Colletanea''” assim relata:
{{citação2|[[Belchior (rei mago)|Belquior]] era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de [[Ur]], terra dos [[Caldeus]]. [[Gaspar (rei mago)|Gaspar]] era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do [[Mar Cáspio]]. E [[Baltasar (rei mago)|Baltasar]] era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do [[Golfo Pérsico]], na [[Arábia Feliz]].}}
[[Imagem:The visit of the wise-men.jpg|250px|thumb|esquerda|Os três Reis Magos adorando o [[Menino Jesus]].]]
== Interpretações ==
A [[exegese]] vê na chegada dos magos o cumprimento da profecia contida {{citar bíblia|Salmos|72|11| citação = Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo}}.
[[Imagem:Natal-Reis-Magos.jpg|thumb|300px|[[Pórtico dos Reis Magos]] na entrada de [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]], [[Rio Grande do Norte]].|350px|right]]
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== Celebrações ==
Durante a Idade Média começa a devoção dos Reis Magos (e que são "baptizados"), tendo as suas relíquias sido transladadas no séc. VI desde [[Constantinopla]] ([[Istambul]]) até [[Milão]]. Em 1164, com os três já a serem venerados como santos, estas foram colocadas na [[catedral de Colônia]], em [[Colônia (Alemanha)|Colônia]] (Alemanha), onde ainda se encontram.
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