Acordos de Bretton Woods: diferenças entre revisões

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Um alto nível de concordância entre os países sobre as metas e meios do gerenciamento econômico internacional facilitou em muito as decisões tomadas pela Conferência de Bretton Woods. A fundação daquele acordo foi uma crença comum no intervencionismo. Apesar de os países desenvolvidos diferirem quanto ao tipo de intervenções que preferiam para suas economias nacionais (a [[França]], por exemplo, preferia um maior planejamento e intervenção estatal, enquanto os Estados Unidos eram favoráveis a uma intervenção estatal mais limitada), todos, no entanto, baseavam-se predominantemente em mecanismos de mercado e na noção de propriedade privada.
 
Assim, foram as semelhanças, mais do que as diferenças, que foram postas em evidência. Todos os governos participantes de Bretton WoodsWooods concordavam que o caos monetário do período entreguerras forneceu valiosas lições.
 
A experiência da Grande Depressão, quando a proliferação de controles e barreiras de comércio levaram ao desastre econômico, estava fresca na memória dos participantes. Os conferencistas esperavam evitar a repetição da debandada dos [[década de 1930|anos 30]], quando os controles das trocas minaram o sistema internacional de pagamentos, base do comércio mundial. A política de "''beggar-thy-neighbor''" ("empobrece teu vizinho") dos governos dos anos 30—usando tarifas alfandegárias a fim de aumentar a competitividade de seus produtos de exportação e, assim, reduzir os déficits da balança de pagamentos—ocasionaram espirais [[Deflação|deflacionárias]] que resultaram na diminuição da produção, [[desemprego]] em massa e declínio generalizado do comércio mundial. O comércio nos anos 30 ficou restrito a blocos monetários (grupos de nações que empregavam uma moeda equivalente, como o bloco da "[[Libra esterlina]]" do [[Império Britânico]]). Esses blocos retardaram o fluxo internacional de capitais e as oportunidades de investimentos estrangeiros. Apesar de esta estratégia tender a aumentar o dinheiro arrecadado pelo governo a curto prazo, ela piorou drasticamente a situação a médio e longo prazo.