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Essas teorias enfocam na primeira das três perguntas acima: "Qual é o significado de termos ou juízos morais?" Eles podem, no entanto, implicar ou mesmo [[Consequência lógica| acarretar em]] respostas para as outras duas perguntas também.
* '''[[Cognitivismo (ética)|Teorias cognitivistas]]''' sustentam que as sentenças morais avaliativas expressam [[Proposição|proposições]] (ou seja, são capazes de serem ou verdadeiras ou falsas), em oposição a [[Nãonão-cognitivismo]].
*** '''[[Realismo moral]]''' (no sentido ''robusto''; veja [[universalismo moral]] para o sentido ''minimalista'') sustenta que tais proposições são ''robusta'', no sentido que são fatos independentes da mente, ou seja, não são sujeitos a opinião subjetiva de qualquer pessoa ou grupo, mas sobre características objetivas do mundo. Teorias meta-éticas são comumente categorizadas como uma forma de realismo ou como uma das três formas de "[[anti-realismo]]" em relação a fatos morais: [[subjetivismo ético]], [[teoria do erro]] ou [[não cognitivismo]]. O realismo vem emtem duas variedadesvertentes principais:
** A maioria das formas de cognitivismo sustenta que algumas dessas proposições são verdadeiras, em oposição a [[teoria do erro]], que afirma que todas são errôneas pois sustentam que nada é moral ou imoral.
*** '''[[Naturalismo ético]]''' sustenta que existem propriedades morais objetivas e que essas propriedades são [[Reducionismo|redutíveis]] ou mantêm alguma relação metafísica (como [[superveniência]]) com propriedades inteiramente não-éticas. A maioria dos naturalistas éticos sustenta que temos conhecimento [[Empirismo|empírico]] das verdades morais. O naturalismo ético foi implicitamente assumido por muitos teóricos éticos [[filosofia moderna|modernos]], particularmente [[Utilitarismo|utilitáristas]].
*** '''[[Realismo moral]]''' (no sentido ''robusto''; veja [[universalismo moral]] para o sentido ''minimalista'') sustenta que tais proposições são ''robusta'', no sentido que são fatos independentes da mente, ou seja, não são sujeitos a opinião subjetiva de qualquer pessoa ou grupo, mas sobre características objetivas do mundo. Teorias meta-éticas são comumente categorizadas como uma forma de realismo ou como uma das três formas de "[[anti-realismo]]" em relação a fatos morais: [[subjetivismo ético]], [[teoria do erro]] ou [[não cognitivismo]]. O realismo vem em duas variedades principais:
**** '''[[NaturalismoNão-naturalismo ético]]''', conforme apresentado por [[G. E. Moore]], sustenta que existem propriedades morais objetivas e "irredutíveis" (como a propriedade da "bondade"), e que essasàs propriedadesvezes sãotemos a consciência [[Reducionismointuicionismo ético|redutíveisintuitiva]] ou mantêm''[[A algumapriori relaçãoe metafísicaa (comoposteriori|a [[superveniênciapriori]])'' com das propriedades inteiramentemorais não-éticasou das verdades morais. AO maioriaargumento dosde naturalistasMoore éticoscontra sustentao que temosele conhecimentoconsiderava [[Empirismo|empírico]]a dasfalácia verdadesnaturalista morais.foi Oo naturalismoprincipal éticoresponsável foipelo implicitamentenascimento assumido porda muitospesquisa teóricosmetaética éticosna [[filosofia moderna|modernosanalítica]], particularmente [[Utilitarismo|utilitáristas]]contemporânea.
*** '''[[Subjetivismo Ético]]''' é uma forma de [[anti-realismo]] moral. Esta defende que as afirmações morais são tornadas verdadeiras ou falsas pelas atitudes e / ou convenções das pessoas, sejam as de cada sociedade, as de cada indivíduo ou as de algum indivíduo em particular. A maioria das formas de subjetivismo ético é [[Relativismo moral|relativista]], porém algumas são notávelmente [[Universalismo moral|universalistas]]:
**** '''[[Não-naturalismo ético]]''', conforme apresentado por [[G. E. Moore]], sustenta que existem propriedades morais objetivas e "irredutíveis" (como a propriedade da "bondade"), e que às vezes temos a consciência [[intuicionismo ético|intuitiva]] ou ''[[A priori e a posteriori|a priori]]'' das propriedades morais ou das verdades morais. O argumento de Moore contra o que ele considerava a falácia naturalista foi o principal responsável pelo nascimento da pesquisa metaética na [[filosofia analítica]] contemporânea.
**** '''[[Teoria do observador ideal]]''' sustenta que o que é certo é determinado pelas atitudes que um hipotético ''observador ideal'' teria. Um observador ideal é geralmente caracterizado como um ser perfeitamente racional, imaginativo e informado, entre outras coisas. Embora seja uma teoria subjetivista devido à sua referência a um sujeito em particular (embora um sujeito hipotético), a Teoria do Observador Ideal pretende fornecer respostas [[Universalismo moral|universais]] a questões morais.
*** '''[[Subjetivismo Ético]]''' é uma forma de [[anti-realismo]] moral. Esta defende que as afirmações morais são tornadas verdadeiras ou falsas pelas atitudes e / ou convenções das pessoas, sejam as de cada sociedade, as de cada indivíduo ou as de algum indivíduo em particular. A maioria das formas de subjetivismo ético é [[Relativismo moral|relativista]], porém algumas são notávelmente [[Universalismo moral|universalistas]]:
**** '''[[Teoria do comando divino]]''' sustenta que para uma coisa ser correta para um sujeito em particular, Deus, deve aprová-la, e que o que é certo para seres que não ouvem Deus é devido a obediência à vontade divina. Essa visão foi criticada por Platão em ''[[Eutífron]]'' (veja o [[Dilema de Eutífron]]), porém mantém alguns defensores modernos ([[Robert Merrihew Adams|Robert Adams]], Philip Quinn e outros). Assim como a Teoria do Observador Ideal, a Teoria do Comando Divino pretende ser [[universalismo moral|universalista]] apesar de seu subjetivismo.
**** '''[[Teoria do observador ideal]]''' sustenta que o que é certo é determinado pelas atitudes que um hipotético ''observador ideal'' teria. Um observador ideal é geralmente caracterizado como um ser perfeitamente racional, imaginativo e informado, entre outras coisas. Embora seja uma teoria subjetivista devido à sua referência a um sujeito em particular (embora um sujeito hipotético), a Teoria do Observador Ideal pretende fornecer respostas [[Universalismo moral|universais]] a questões morais.
*** '''[[Teoria do erro]]''', outra forma de [[anti-realismo]] moral, sustenta que, embora as afirmações éticas expressem proposições, todas essas proposições são falsas. Assim, tanto a afirmação "Assassinato é moralmente errado" quanto a afirmação "Assassinato é moralmente admissível" são falsas, de acordo com a teoria dos erros. [[J. L. Mackie]] é provavelmente o proponente mais conhecido dessa visão. Como a teoria do erro nega a existência de verdades morais, a teoria do erro implica [[niilismo moral]] e, portanto, [[ceticismo moral]]; no entanto, nem o niilismo moral nem o ceticismo moral implicam a teoria do erro.
**** '''[[Teoria do comando divino]]''' sustenta que para uma coisa ser correta para um sujeito em particular, Deus, deve aprová-la, e que o que é certo para seres que não ouvem Deus é devido a obediência à vontade divina. Essa visão foi criticada por Platão em ''[[Eutífron]]'' (veja o [[Dilema de Eutífron]]), porém mantém alguns defensores modernos ([[Robert Merrihew Adams|Robert Adams]], Philip Quinn e outros). Assim como a Teoria do Observador Ideal, a Teoria do Comando Divino pretende ser [[universalismo moral|universalista]] apesar de seu subjetivismo.
*** '''[[Teoria do erro]]''', outra forma de [[anti-realismo]] moral, sustenta que, embora as afirmações éticas expressem proposições, todas essas proposições são falsas. Assim, tanto a afirmação "Assassinato é moralmente errado" quanto a afirmação "Assassinato é moralmente admissível" são falsas, de acordo com a teoria dos erros. [[J. L. Mackie]] é provavelmente o proponente mais conhecido dessa visão. Como a teoria do erro nega a existência de verdades morais, a teoria do erro implica [[niilismo moral]] e, portanto, [[ceticismo moral]]; no entanto, nem o niilismo moral nem o ceticismo moral implicam a teoria do erro.
* '''[[Não-cognitivismo|Teorias não-cognitivistas]]''' sustentam que sentenças éticas não são verdadeiras nem falsas, porque não expressam [[proposição|proposições]] genuínas. O não-cognitivismo é outra forma de [[anti-realismo]] moral. A maioria das formas de não-cognitivismo também são formas de [[expressivismo]], no entanto, algumas como Mark Timmons e Terrence Horgan distinguem as duas e permitem a possibilidade de formas cognitivistas de expressivismo.
** '''[[Emotivismo]]''', defendido por [[A. J. Ayer]] e [[Charles Stevenson]], afirma que sentenças éticas são apenas para expressar emoções. Ayer argumenta que sentenças éticas são expressões de aprovação ou desaprovação, e não afirmações. Então "Matar está errado" significa algo como "Ugh! Cruzes! Credo! Que horror!".