Betelgeuse: diferenças entre revisões
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| isbn=978-0-521-85714-7
| pages=115–17}}</ref> Os [[raios X]] e [[raios gama]] gerados na supernova não serão suficientes para penetrar a atmosfera terrestre, e a [[onda de choque]] gerada pela explosão não deve afetar a Terra.<ref name="dolan2016"/>
== Variabilidade ==
[[File:Light curve of Betelgeuse.png|thumb|left|upright=1.2|[[Curva de luz]] (banda V) de Betelgeuse entre dezembro de 1988 e agosto de 2002]]
Betelgeuse é classificada como uma estrela [[variável semirregular]], indicando que varia de brilho com alguma periodicidade, mas com amplitude variável, ciclos de diferentes comprimentos, e com períodos sem variabilidade ou com variabilidade irregular. A estrela é colocada no subgrupo SRc, que inclui supergigantes vermelhas pulsantes com amplitudes de cerca de uma magnitude e períodos de dezenas a centenas de dias.<ref name=GCVS/>
Betelgeuse tipicamente apresenta apenas pequenas variações de brilho, se mantendo perto da [[magnitude aparente]] +0,5, mas em seus extremos pode variar entre magnitude 0,0 e +1,3. No [[General Catalogue of Variable Stars]], a estrela é listada com um possível período de 2 335 dias.<ref name=GCVS/> Análises detalhadas mostraram que há um período principal próximo de 400 dias e um período secundário maior próximo de 2 100 dias.<ref name=montarges2016/><ref name=kiss/> Em dezembro de 2019, Betelgeuse entrou em um período de brilho anormalmente baixo, atingindo uma magnitude de +1,506 em janeiro de 2020. Isso pode ser causado por a estrela estar coincidentemente no mínimo de luz dos dois períodos de variabilidade, incluindo um período primário mais profundo que o normal. Durante o brilho baixo, a estrela possui bandas de absorção moleculares mais intensas e uma temperatura superficial cerca de 100 K mais fria que o normal.<ref name=AT13341/><ref name=AT13365/><ref name=AT13410/>
Modelos de pulsações radiais em supergigantes vermelhas mostram que os períodos primários de centenas de dias tipicamente são causados por pulsações no período [[Frequência fundamental|fundamental]] ou no primeiro [[sobretom]].<ref name=guo/><ref name=kiss/> As linhas espectrais de Betelgeuse mostram variações pelo [[efeito Doppler]], evidenciando variações na [[velocidade radial]] conforme a superfície da estrela se aproxima e se afasta da Terra. Essas variações estão aproximadamente em fase com as mudanças de brilho, o que comprova que pulsações radiais são responsáveis pelo período primário.<ref name=goldberg/><ref name=Smith1989/> Observações mostram que as pulsações também causam variações no raio e temperatura da atmosfera estendida de Betelgeuse.<ref name=RAVI1/><ref name=O'Gorman2015/>
A causa dos longos períodos secundários não é conhecida, mas eles não podem ser explicados por pulsações radiais.<ref name=kiss/> Observações interferométricas de Betelgeuse mostram que a superfície da estrela possui grandes [[mancha estelar|manchas]] quentes, que provavelmente são células [[convecção|convectivas]] gigantes; cada uma possui uma fração significativa do diâmetro da estrela e emite 5–10% do fluxo total da estrela.<ref name=HAUBOIS/><ref name=montarges2016/> A principal hipótese para explicar os períodos secundários é que eles são causados pela evolução dessas células; especificamente, eles correspondem ao período que as células levam para subir à superfície. Essa hipótese é apoiada por modelos teóricos e também explica variações de longo período na velocidade radial.<ref name=Stothers2010/>
Além dos períodos de variabilidade dominantes, variações aleatórias ([[Estocástico|estocásticas]]) de pequena amplitude também são observadas. Elas podem ser causadas por [[Grânulo (astronomia)|granulação]], similar ao que ocorre no Sol mas em escala muito maior.<ref name=kiss/>
== Etimologia ==
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<ref name=Nance2018>{{citar periódico|autor=Nance, S.; Sullivan, J. M.; Diaz, M.; Wheeler, J. Craig|titulo=The Betelgeuse Project II: asteroseismology|jornal=Monthly Notices of the Royal Astronomical Society|volume=479|numero=1|paginas=251-261|data=setembro de 2018|bibcode=2018MNRAS.479..251N|doi=10.1093/mnras/sty1418|arxiv=1805.10347}}</ref>
<ref name=montarges2016>{{cite journal|bibcode=2016A&A...588A.130M|arxiv=1602.05108|title=The close circumstellar environment of Betelgeuse. IV. VLTI/PIONIER interferometric monitoring of the photosphere|journal=Astronomy & Astrophysics|volume=588|pages=A130|last1=Montargès|first1=M.|last2=Kervella|first2=P.|last3=Perrin|first3=G.|last4=Chiavassa|first4=A.|last5=Le Bouquin|first5=J.-B.|last6=Aurière|first6=M.|last7=López Ariste|first7=A.|last8=Mathias|first8=P.|last9=Ridgway|first9=S. T.|last10=Lacour|first10=S.|last11=Haubois|first11=X.|last12=Berger|first12=J.-P.|year=2016|doi=10.1051/0004-6361/201527028}}</ref>
<ref name=kiss>{{cite journal|bibcode=2006MNRAS.372.1721K|arxiv=astro-ph/0608438|title=Variability in red supergiant stars: Pulsations, long secondary periods and convection noise|journal=Monthly Notices of the Royal Astronomical Society|volume=372|issue=4|pages=1721–1734|last1=Kiss|first1=L. L.|last2=Szabó|first2=Gy. M.|last3=Bedding|first3=T. R.|year=2006|doi=10.1111/j.1365-2966.2006.10973.x}}</ref>
<ref name=AT13341>{{citar web|url=http://www.astronomerstelegram.org/?read=13341|autor=Edward F. Guinan; Richard J. Wasatonic; Thomas J. Calderwood|titulo=ATel #13341: The Fainting of the Nearby Red Supergiant Betelgeuse|publicado=The Astronomer's Telegram|obra=|data=8 de dezembro de 2019|acessodata=22 de janeiro de 2020}}</ref>
<ref name=AT13365>{{citar web|url=http://www.astronomerstelegram.org/?read=13365|autor=Edward F. Guinan; Richard J. Wasatonic; Thomas J. Calderwood|titulo=ATel #13365: Updates on the "Fainting" of Betelgeuse|publicado=The Astronomer's Telegram|obra=|data=23 de dezembro de 2019|acessodata=22 de janeiro de 2020}}</ref>
<ref name=AT13410>{{citar web|url=http://www.astronomerstelegram.org/?read=13410|autor=Edward F. Guinan; Richard J. Wasatonic|titulo=ATel #13410: The Continued Unprecedented Fading of Betelgeuse|publicado=The Astronomer's Telegram|obra=|data=20 de janeiro de 2020|acessodata=22 de janeiro de 2020}}</ref>
<ref name=guo>{{cite journal|bibcode=2002ApJ...565..559G|title=Evolution and Pulsation of Red Supergiants at Different Metallicities|journal=The Astrophysical Journal|volume=565|issue=1|pages=559–570|last1=Guo|first1=J. H.|last2=Li|first2=Y.|year=2002|doi=10.1086/324295}}</ref>
<ref name=goldberg>{{cite journal|bibcode=1984PASP...96..366G|title=The variability of alpha Orionis|journal=Astronomical Society of the Pacific|volume=96|pages=366|last1=Goldberg|first1=L.|year=1984|doi=10.1086/131347}}</ref><ref name=Smith1989>{{citar periódico|autor=Smith, Myron A.; Patten, Brian M.; Goldberg, Leo|titulo=Radial Velocity Variations in α Orionis, α Scorpii, and α Herculis|jornal=Astronomical Journal|volume=98|numero=|paginas=2233|data=dezembro de 1989|bibcode=1989AJ.....98.2233S |doi=10.1086/115293 }}</ref>
<ref name="RAVI1">{{cite journal | author=Ravi, V. |author2=Wishnow, E. |author3=Lockwood, S. |author4=Townes, C. | title=The Many Faces of Betelgeuse | journal=Astronomical Society of the Pacific |date=dezembro de 2011 | page=1025 | bibcode=2011ASPC..448.1025R |arxiv = 1012.0377 | volume=448 }}</ref>
<ref name=O'Gorman2015>{{citar periódico|autor=O'Gorman, E. ''et al''|titulo=Temporal evolution of the size and temperature of Betelgeuse's extended atmosphere|jornal=Astronomy & Astrophysics|volume=580|numero=|paginas=A101, 11 pp.|data=agosto de 2015|bibcode=2015A&A...580A.101O |doi=10.1051/0004-6361/201526136 }}</ref>
<ref name="HAUBOIS">{{cite journal | author=Haubois, X. | title=Imaging the Spotty Surface of Betelgeuse in the H Band | journal=Astronomy & Astrophysics | date=dezembro de 2009 | volume=508 | issue=2 | pages=923–32 | bibcode=2009A&A...508..923H | doi=10.1051/0004-6361/200912927 | last2=Perrin | first2=G. | last3=Lacour | first3=S. | last4=Verhoelst | first4=T. | last5=Meimon | first5=S. | display-authors=5 | last6=Mugnier | first6=L. | last7=Thiébaut | first7=E. | last8=Berger | first8=J. P. | last9=Ridgway | first9=S. T.|arxiv = 0910.4167 }}</ref>
<ref name=Stothers2010>{{citar periódico|autor=Stothers, Richard B.|titulo=Giant Convection Cell Turnover as an Explanation of the Long Secondary Periods in Semiregular Red Variable Stars|jornal=The Astrophysical Journal|volume=725|numero=1|paginas=1170-1174|data=dezembro de 2010|bibcode=2010ApJ...725.1170S |doi=10.1088/0004-637X/725/1/1170}}</ref>
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