Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro: diferenças entre revisões

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[[António Enes]], estratega arguto, desencadeou um conjunto de campanhas militares, elegendo como principal adversário [[Gungunhana]], o rei dos [[vátua]]s e imperador de Gaza, de facto [[suserano]] da generalidade das [[tribo]]s do sul de Moçambique. Nestas campanhas, Paiva Couceiro teve acção notável, particularmente nos combates de [[Marracuene]] e [[Magul]], travado a 2 de novembro contra as forças [[angune]]s de [[Gungunhana]], sendo ferido neste combate.
 
No [[combate de Marracuene]], travado a 2 de fevereiro de 1895, Paiva Couceiro ganhou grande destaque, particularmente ao liderar as tropas que repeliram as forças inimigas que tinham penetrado o quadrado defensivo português, uma manobra considerada de extrema dificuldade e que exigia enorme coragem.

Em agosto de 1895 foi feito cavaleiro da [[Ordem de São Bento de Avis]], comopor prémio10 peloanos seude desempenhoserviço emsem Marracuenenota (Capitão de 1ª Classe).<ref>Ordem do Exército n° 18 - 2ª série - 3/8/1985</ref>
 
Regressado a Lourenço Marques, em março daquele ano Paiva Couceiro voltou a demonstrar a sua coragem e a sua vontade de manter intacta a honra do seu País: vestido à paisana, procurou pessoalmente três correspondentes de jornais ingleses, dois ingleses e um americano, que hostilizavam Portugal na imprensa de Londres. Sovou o 1°, um gigante, no seu estabelecimento; a luta estendeu-se até á rua onde Paiva Couceiro deixou o seu inimigo knock-out. O segundo estava no hotel e levou uma sova sem resistir. O terceiro estava a tomar o aperitivo com amigos; pediu-lhe que se levantasse e perguntou-lhe se era ele que escrevia para o jornal que Couceiro trazia na mão. O jornalista respondeu "yes" e Paiva Couceiro esmurrou-o com o seu punho e o jornal á mistura. O anel de sinete que usava na sua mão esquerda foi partido na escaramuça e, mais tarde, foi oferecido ao Museu da Fortaleza (Lourenço Marques) por seu filho D.&nbsp;[[Miguel António do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro]]. Mais uma vez, Henrique de Paiva Couceiro utilizou os seus punhos; de armas serviu-se sobretudo da sua espada, como no combate de Marracuene, quando ajudou a fechar o quadrado que tinha sido rompido pelos inimigos. Por este incidente foi repreendido pelo seu Chefe, o Comissário António Ennes, que mais tarde escreveu: repreendi-o sim, mas com vontade de o beijar!