Maria Clementina Sobieska: diferenças entre revisões

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{{Info/Nobre
| nome = Maria Clementina Sobieska
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| religião = [[Igreja Católica|Catolicismo]]
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{{commonscat|Princess Maria Clementina Sobieska}}
'''Maria Clementina Sobieska''' ([[Oława]], {{dtlink|18|7|1702}} – [[Roma]], {{dtlink|18|1|1735}}) foi uma nobre polonesa, neta do rei [[João III da Polônia|João III Sobieski]], e esposa de [[Jaime Francisco Eduardo Stuart]], filho do rei [[Jaime II de Inglaterra|Jaime II & VII]] e pretendente do trono britânico. Eles tiveram dois filhos, [[Carlos Eduardo Stuart]] e [[Henrique Benedito Stuart]], que ambos continuaram a reivindicação ao trono do pai e avô.
 
==Biografia==
{{esboço-biografia}}
===Início de vida===
Ela nasceu em 18 de julho de 1702 em [[Oława]], [[Silésia]], então parte do [[Sacro Império Romano]] e atual [[Polônia]]. Seus pais eram [[Jaime Luís Sobieski]], filho mais velho do rei [[João III da Polônia]], e sua esposa a condessa palatina [[Edviges Isabel de Neuburgo]]. Sua irmã mais velha, [[Maria Carolina Sobieska|Maria Carolina]], também conhecida como Maria Carlota, casou-se com o [[Carlos Godofredo de La Tour de Auvérnia|duque de Bulhão]].
 
===Casamento===
[[Imagem:The solemnisation of the marriage of Prince James Francis Edward Stuart and Princess Maria Clementina Sobieska (Montefiascone 1 September 1719) by Agostino Masucci.jpg|miniaturadaimagem|300px|O casamento de Jaime Francisco Eduardo Stuart e Maria Clementina Sobieska, por [[Agostino Masucci]]. Na [[Galeria Nacional Escocesa de Retratos]].]]
Sendo uma das herdeiras mais ricas da Europa por herdar vastas propriedades na Polônia de seu avô paterno, ela tornou-se noiva de [[Jaime Francisco Eduardo Stuart]]. O rei [[Jorge I da Grã-Bretanha]] se opôs ao casamento porque temia que a união pudesse produzir herdeiros para reivindicação de Jaime Francisco Eduardo a seus tronos. Para aplacá-lo, o Sacro Imperador Romano [[Carlos VI do Sacro Império Romano-Germânico|Carlos VI]] (primo materno de Maria Clementina) a prendeu enquanto estava a caminho da [[Itália]] para se casar com Jaime Francisco Eduardo. Ela ficou confinada no castelo de [[Innsbruck]], mas os guardas foram enganados e, com a ajuda de Charles Wogan, Maria Clementina escapou para [[Bolonha]], na Itália, onde, para segurança contra novas surpresas, ela casou-se por procuração com Jaime, que estava na Espanha na época.
 
O pai de Maria Clementina, Jaime Luís Sobieski, aprovou sua fuga, declarando que, quando ela ficou noiva de Jaime Francisco Eduardo, ela deveria "seguir sua sorte e sua causa".
 
Maria Clementina e Jaime Francisco Eduardo se casaram pessoalmente em 3 de setembro de 1719 na capela do palácio episcopal de [[Montefiascone]], na Itália, na Catedral de Santa Margarida. Após o casamento, Jaime e Maria Clementina foram convidados a residir em [[Roma]], a pedido especial do [[Papa Clemente XI]], que os reconheceu como o Rei e a Rainha da Inglaterra, Escócia e Irlanda.
 
===Rainha titular===
O Papa forneceu a eles uma guarda pessoal e deu a eles o [[Palazzo Muti]] na Piazza dei Santi Apostoli em Roma para residir, bem como uma vila rural em [[Albano Laziale|Albano]]. A [[Igreja Católica]] também forneceu a eles um subsídio anual de 12.000 coroas do tesouro papal. Os Papas Clemente XI e [[Inocêncio XIII]] consideravam Jaime e Maria Clementina os legítimos Rei e Rainha da Inglaterra, Escócia e Irlanda.
[[Imagem:Maria Clementina Sobieski Memorial.JPG|miniaturadaimagem|esquerda|Memorial em São Pedro, Roma]]
A vida de casados de Jaime e Maria Clementina mostrou-se turbulenta e infeliz. Alegadamente, Jaime inicialmente teve uma impressão favorável a esposa por causa de sua beleza, enquanto ela não gostava dele por causa de sua indiferença, e também por sua natureza passiva.<ref name="mclynn1">Frank McLynn: ''Bonnie Prince Charlie: Charles Edward Stuart''</ref> Ela fez amizade com a governanta de seu filho, Sra. Sheldon, que se tornou sua confidente e favorita.<ref name="mclynn1"/> Por outro lado, ela não gostava da influência de John Hay, favorito de Jaime, e de sua esposa Marjorie Hay, que supostamente teve um caso amorosa com Jaime.<ref name="mclynn1"/>
 
Em 1725, logo após o nascimento do segundo filho, Jaime demitiu Sheldon e nomeou James Murray como o guardião de seus filhos contra os desejos de Maria Clementina.<ref name="mclynn1"/> Ela o deixou e foi morar no [[convento]] de Santa Cecília, em Roma, com sua favorita e o restante de seu séquito pessoal. Ela acusou o marido de adultério, enquanto ele dizia que era pecado deixar ele e os filhos. Seguindo o conselho do cardeal Alberoni, que alegou que era sua única chance de obter apoio contra o marido, Maria Clementina alegou que Jaime desejava dar ao filho uma educação protestante.<ref name="mclynn1"/> Essa alegação garantiu a ela o apoio do Papa, bem como do Reino da Espanha, contra Jaime, e a simpatia do público quando ela exigiu que Jaime retirasse o Duque de Dunbar e os Hays de sua corte e restabelecesse Sheldon em sua posição.<ref name="mclynn1"/> Em abril de 1726, Jaime concedeu permissão a seus filhos para visitá-la. Todo o caso foi visto como um escândalo na Europa e relatado por agentes anti-jacobitas em Roma.<ref name="mclynn1"/> Em maio de 1727, através da mediação do Duque de Liria, Jaime retirou o casal Hay de sua corte e, em janeiro de 1728, Maria Clementina e Jaime se reconciliaram em Bolonha.<ref name="mclynn1"/>
 
Na prática, porém, Maria Clementina e Jaime viveram o resto do casamento separados. Jaime preferia residir em Albano, enquanto Maria Clementina morava no Palazzo Muti, em Roma.<ref name="mclynn1"/> Ela era propensa à depressão, passando grande parte do tempo rezando e se submetendo ao jejum religioso e a outros rituais ascéticos católicos, que se acredita terem desempenhado um papel no fato de nunca mais terem concebido.<ref name="mclynn1"/> Suas relações sexuais com Jaime logo cessaram, eles raramente jantavam juntos e, embora oficialmente se reconciliassem, ela preferia evitá-lo fora de ocasiões formais.<ref name="mclynn1"/> Maria Clementina desempenhou as funções cerimoniais como rainha jacobita.<ref name="mclynn1"/> Em junho de 1729, por exemplo, concedeu uma audiência a [[Montesquieu]].<ref name="mclynn1"/> A Sra. Sheldon, sua favorita, não residia oficialmente na corte jacobita, mas ela lhe forneceu uma residência próxima a ela e a manteve como confidente.<ref name="mclynn1"/> A relação dela com o filho mais novo não era estreita, pois ele era o favorito de seu pai, mas ela era próxima de seu filho mais velho, Carlos, que era o favorito de sua mãe. Durante uma doença de Carlos em 1732, Maria Clementina ficou ao lado dele, apesar do fato de que ele ficou doente em Albano e ela foi forçada a reencontrar Jaime.<ref name="mclynn1"/>
 
===Morte===
Sua saúde deteriorou-se por seu estilo de vida ascético e deteriorou-se com o passar dos anos.<ref name="mclynn1"/> Maria Clementina morreu aos 32 anos, em 18 de janeiro de 1735. Ela foi enterrada com honras reais na [[Basílica de São Pedro]], em [[Roma]]. O [[Papa Clemente XII]] ordenou que ela fosse enterrada como rainha. O [[Papa Bento XIV]] contratou [[Pietro Bracci]] (1700-1773) para esculpir um monumento em sua memória, que foi erguido na Basílica.
 
==Descendência==
Maria Clementina e Jaime Francisco Eduardo tiveram dois filhos:
* [[Carlos Eduardo Stuart]] (31 de dezembro de 1720 - 31 de janeiro de 1788), também conhecido como ''Carlos III'' ou "Bonnie Prince Charlie", casou-se com [[Louise de Stolberg-Gedern|Luísa de Stolberg-Gedern]], sem descendência. Teve uma filha ilegítima de sua amante Clementina Walkinshaw.
* [[Henrique Benedito Stuart]] (11 de março de 1725 - 13 de julho de 1807), mais tarde conhecido como Cardeal Duque de Iorque, não se casou.
 
==Ancestrais==
{{ahnentafel top|width=100%|Ancestrais de Maria Clementina Sobieska}}
<center>{{ahnentafel-compact5
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|1= '''Maria Clementina Sobieska'''
|2= [[Jaime Luís Sobieski|Jaime Luís Sobieski, Príncipe Real da Polônia]]
|3= [[Edviges Isabel de Neuburgo]]
|4= [[João III Sobieski da Polônia]]
|5= [[Maria Casimira Luísa de La Grange d'Arquien]]
|6= [[Filipe Guilherme de Neuburgo|Filipe Guilherme, Eleitor Palatino]]
|7= [[Isabel Amália de Hesse-Darmstadt]]
|8= Jaime Sobieski
|9= Teófila Sofia Daniłowicz
|10= Henrique Alberto de La Grange d'Arquien, Marquês de Arquien
|11= Francisca de La Châtre
|12= Wolfgang Guilherme, Conde Palatino de Neuburgo
|13= Madalena da Baviera
|14= [[Jorge II de Hesse-Darmstadt|Jorge II, Conde de Hesse-Darmstadt]]
|15= [[Sofia Leonor da Saxónia|Sofia Leonor da Saxônia]]
|16= Marco Sobieski
|17= Edviges Snopkowska
|18= João Daniłowicz
|19= Sofia Żółkiewska
|20= Antônio de La Grange d'Arquien
|21= Ana d'Ancienville
|22= Batista de La Châtre de Bruillebault
|23= Gabriela Lamy
|24= Filipe Luís, Conde Palatino de Neuburgo
|25= Ana de Cleves
|26= Guilherme V, Duque da Baviera
|27= Renata de Lorena
|28= [[Luís V de Hesse-Darmstadt|Luís V, Conde de Hesse-Darmstadt]]
|29= [[Madalena de Brandemburgo]]
|30= [[João Jorge I da Saxônia|João Jorge I, Eleitor da Saxônia]]
|31= Madalena Sibila da Prússia
}}</center>
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==Galeria==
<gallery class="center">
Imagem:Maria Klementyna Sobieska.jpeg|Gravura de Maria Clementina.
Imagem:Maria Klementyna Sobieska Funeral.jpg|Pompa Fúnebre de Maria Clementina em Roma.
Imagem:Maria Klementyna Sobieska ~ Tomb.jpg|Túmulo de Maria Clementina na Basílica de São Pedro, Roma.
Imagem:Medal commemorating Princess Maria Clementina Sobieska.PNG|Medalha comemorativa de Maria Clementina
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{{Referências}}
 
==Bibliografia==
* Gaetano Platania, ''Angielskie małżeństwo ;arii Klementyny Sobieskiej'', in "Sobótka", 2, 1980, pp.&nbsp;401–410.
* Gaetano Platania, ''Morte di Maria Clementina Sobieska Stuart: il caso di Michele Marieschi progettista di apparati funebr''i, in ARTE/Documento. Rivista di Storia e tutela dei Beni Culturali, 4, 1990, pp.&nbsp;164–173.
* Gaetano Platania, ''La politica europea e il matrimonio inglese di una principessa polacca: Maria Clementina Sobieska'', Accademia Polacca delle Scienze-Biblioteca e Centro Studi a Roma, Manziana (Roma), Vecchiarelli editore, 1993.
* Gaetano Platania, ''Viaggio a Roma sede d'esilio. Sovrane alla conquista di Roma: secoli XVII-XVII''I, Istituto Nazionale di Studi Romani, Roma 2002, pp.&nbsp;99–118.
 
==Ligações externas==
{{commonscat|Princess Maria Clementina Sobieska}}
* [http://www.wilanow-palac.pl/nuptials_of_maria_klementyna_sobieska.html Nuptials of Maria Klementyna Sobieska] no Museu do Palácio Wilanów
 
{{controle de autoridade}}
 
[[Categoria:Nobres da Polônia]]