Petrônio Máximo: diferenças entre revisões

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Segundo o historiador João de Antioquia,<ref>João de Antioquia, fragmentos 200–201; traduzido em C.D. Gordon, ''The Age of Attila: Fifth-Century Byzantium and the Barbarians'' (Ann Arbor, 1960), pp. 51ff</ref> Máximo envenenou a mente do imperador contra [[Flávio Aécio|Aécio]], resultando no assassinato de seu rival nas mãos de Valentiniano III. De acordo com João de Antioquia, Máximo tinha plena consciência de que, enquanto Aécio estava vivo, ele não podia se vingar de Valentiniano, então Aécio teve que ser removido.<ref name="Mathisen, ''Petronius Maximus''"/> Ele, por tanto, aliou-se a um eunuco de Valentiniano, o [[Primicério#Uso civil e militar|Primicério]] [[Heráclio (primicério)|Heráclio]], que há muito se opunha ao general, com a esperança de exercer mais poder sobre o imperador. Os dois convenceram Valentiniano de que Aécio estava planejando assassiná-lo e pediram que ele matasse seu [[mestre dos soldados]] durante uma reunião, que Valentiniano fez com as próprias mãos, com a ajuda de Heráclio, em 21 de setembro de 454.<ref name="Mathisen, ''Petronius Maximus''"/><ref>Cameron, pg. 473</ref>
 
[[Ficheiro:Roman Empire under Majorian (460 CE).png|thumb|esquerda|O [[Império Romano do Ocidente]] por volta desse período]]
Quando Aécio morreu, Máximo pediu a Valentiniano a posição agora vaga de Aécio, mas o Imperador recusou;<ref name="Jones & Martindale, pg. 751">Jones & Martindale, pg. 751</ref> Heráclio, de fato, havia aconselhado o imperador a não permitir que ninguém possuísse o poder que Aécio exercia. Segundo João de Antioquia, Máximo ficou tão irritado com a recusa de Valentiniano em nomeá-lo como seu mestre dos soldados, que ele decidiu assassiná-lo também. Ele escolheu como cúmplices Optilia e Thraustila, dois [[citas]] que haviam lutado sob o comando de Aécio e que, após a morte de seu general, haviam sido apontados como acompanhantes de Valentiniano.<ref name="Mathisen, ''Petronius Maximus''"/>
 
Máximo os convenceu facilmente de que Valentiniano era o único responsável pela morte de Aécio, e que os dois soldados deveriam vingar seu antigo comandante, ao mesmo tempo em que prometia uma recompensa pela traição do imperador. Em 16 de março de 455, Valentiniano, que estava em Roma, foi ao [[Campus Martius|Campo de Marte]] com alguns guardas, acompanhados por Optilia, Thraustila e seus homens.<ref name="Mathisen, ''Petronius Maximus''"/> Assim que o imperador desmontou para praticar com o arco, Optilia subiu com seus homens e o esfaqueou no templo. Quando Valentiniano se virou para olhar para o atacante, Optila o matou com outro golpe de sua lâmina. No mesmo momento, Thraustila matou Heráclio. Os dois citas pegaram o diadema imperial e o manto e os trouxeram a Máximo.<ref name="Mathisen, ''Petronius Maximus''"/>
 
A morte súbita e violenta de Valentiniano III deixou o Império Romano do Ocidente sem um óbvio sucessor do trono. Vários candidatos foram apoiados por vários grupos da burocracia imperial e militar. Em particular, o apoio do exército foi dividido entre três candidatos principais:<ref name="Mathisen, ''Petronius Maximus''"/> Maximiano, o antigo [[Doméstico (Império Romano)|Doméstico]] (guarda-costas) de Aécio, filho de um comerciante egípcio chamado Domninus, que se tornara rico na Itália; o futuro imperador [[Majoriano]], que comandou o exército após a morte de Aécio e que teve o apoio da imperatriz [[Licínia Eudóxia]]; e o próprio Máximo, que tinha o apoio do [[Senado Romano]] e que garantiu o trono em 17 de março de 455, distribuindo dinheiro aos funcionários do palácio imperial.<ref name="Mathisen, ''Petronius Maximus''"/>