Gomes Nunes de Pombeiro: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Mhmrodrigues (discussão | contribs)
Mhmrodrigues (discussão | contribs)
Linha 25:
| nascimento = Antes de [[1096]]
| cidadenatal =
| data da morte = Depois de [[1141]]
| cidadefalecimento =
| sepultamento =
| religião = [[Catolicismo romano]]
}}
'''Gomes Nunes de Pombeiro''' (ou '''Gómez Núñez''' em galego e castelhano; antes de 1096 - depois de c.1141) foi um [[nobre]] proveniente do [[Reino de Leão]], com uma capacidade de liderança política e militar tal que o levaram ao [[conde|título condal]] na [[Reino da Galiza|Galiza]] e a uma não menor destaque político em [[Condado Portucalense|Portugal]], onde ocupou o cargo de [[Mordomo-mor]]. O seu poder assentava no vale do [[rio Minho]], principalmente na margem norte, correspondendo sensivelmente à [[Diocese Católica Romana de Tui-Vigo|Diocese de Tui]]. Aí, segundo uma fonte contemporânea, detinha "um local forte, uma rede de castelos e uma imensidão de cavaleiros e infantaria."<ref>Da ''[[Historia compostelana]]'', cit. in BISHKO (1965), 328: ''potens situ et munimine castellorum et multitudine equitum atque peditum''.</ref>
 
Nas várias guerras que marcaram o reinado de [[Urraca de Leão e Castela]] (1109–1126), faveoreceu o filho desta, o futuro [[Afonso VII de Leão e Castela]] (1126–1157)<ref>Segundo a ''Historia compostelana'', Gomes "favoreceu o rei rapaz e rebelou-se contra a rainha" (''qui fauebat regi puero et rebellabat reginae'') dispondo dos seus castelos e tropas, cit. in BISHKO (1965), 328.</ref>, rei na Galiza desde 1111. Gomes contava-se assim entre os líderes galegos da fação do infante-rei, juntamente com o [[Lista de arcebispos de Santiago de Compostela|Arcebispo de Santiago de Compostela]], [[Diego Gelmírez]] e o chefe da família nobre mais influente da Galiza, [[Pedro Froilaz de Trava]]. Nos primeiros anos da década de 20 do século XII, após a rainha Urraca ter feito a paz com Afonso VII, Gomes aliou-se com outra rainha, [[Teresa de Leão|Teresa de Portugal]], e o seu amante [[Fernão Peres de Trava]]. Gomes virar-se-ia contra eles para apoiar o infante e herdeiro [[Afonso Henriques]], filho de Teresa e do seu falecido esposo [[Henrique de Borgonha]], e inclusive apoiou-o na sua demanda para fundar o [[Reino de Portugal]], o que Afonso conseguiria em 1139. Faleceu no exílio.
Linha 66:
Deste casamento resultou a seguinte descendência:
 
* [[Loba Gomes de Pombeiro]], c.c. GodinhoGodim Viegas de Penagate.
* [[Maria Gomes de Pombeiro]], c.c. [[Lourenço Viegas de Ribadouro]];
* [[Urraca Gomes de Pombeiro]]{{Sfn|Ventura|1992}}, c.c. [[Fernando EanesAnes de Montor]] (m. 1157) e foram os pais de [[Paio Curvo de Toronho]]{{Sfn|Fernández Rodrigues|2004|p=93 e 101}};
* [[Châmoa Gomes de Pombeiro]], c.c. 1) [[Paio Soares da Maia]] 2) [[Mem Rodrigues de Tougues]]
* [[Fernão Gomes de Pombeiro]], abade<ref>Está, porém recordado na ''Historia compostelana'' como personagem central da política castelhano-leonesa, cf. Barton (1997), 37.</ref>