Saúde pública: diferenças entre revisões

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livro: Gonçalves Ferreira (Portugal)
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{{Mais notas|data=dezembro de 2016}}'''Saúde Pública''' na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do [[processo saúde-doença]] controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais. Por outro lado como destaca Rosen a aplicação efetiva de tais princípios depende de elementos não-médicos principalmente de fatores econômicos e sociais.<ref>ROSEN, George. Política econômica e social no desenvolvimento da saúde pública. p.213 in: ROSEN, G. Da polícia médica à medicina social, ensaios sobre a história da assistência médica. RJ, Graal, 1979</ref>
 
[[Ficheiro:Rossio-CloseUp-1598.jpg|thumb|300px|Representação do século XVI do [[Real Hospital de Todos os Santos]], em Lisboa, Portugal.]]
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Entre as descrições das patologias e medicamentos utilizados no [[Brasil Colônia]] destaca-se as contribuições do médico naturalista [[Guilherme Piso]] (1611-1678), que participou, como médico, de uma expedição nos anos 1637 - 1644 para o Brasil, com patrocínio do conde [[Maurício de Nassau]] (1604-1679) que administrou a conquista holandesa do nordeste do país entre 1637 e 1644. <ref>Pereira, Ruy dos Santos. Piso e a medicina indígena. PE, Instituto Arqueológico Histórico Pernambucano - UFPE, 1980</ref>. Observe-se a continuidade da catalogação de espécies de uso medicinal, já iniciada pelos jesuítas e outros viajantes, comparando o uso das espécies nativas às já conhecidas na farmacopeia europeia.
 
Com a chegada da família real portuguesa, em 1808, as necessidades da corte forçaram a criação das duas primeiras escolas de [[medicina]] do país: o [[Colégio Médico-Cirúrgico]] no [[Real Hospital Militar]] da Cidade de Salvador e a [[Escola de Medicina e Cirurgia|Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro]]. E foram essas as únicas medidas governamentais até a [[República]]. <ref>Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930). ESCOLA DE CIRURGIA DA BAHIA. Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)</ref>
 
Foi no primeiro governo de [[Rodrigues Alves]] (1902-1906) que houve a primeira medida sanitarista no país. O Rio de Janeiro não tinha nenhum saneamento básico e, assim, várias doenças graves como [[varíola]], [[malária]], [[febre amarela]] e até a [[peste bubônica]] espalhavam-se facilmente. O presidente então nomeou o médico [[Oswaldo Cruz]] para dar um jeito no problema. Numa ação policialesca, o sanitarista convocou 1.500 pessoas para ações que invadiam as casas, queimavam roupas e colchões. Sem nenhum tipo de ação educativa, a população foi ficando cada vez mais indignada. E o auge do conflito foi a instituição de uma vacinação anti-varíola. A população saiu às ruas e iniciou a [[Revolta da Vacina]]. Oswaldo Cruz acabou afastado. <ref>Oswaldo Cruz. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro , v. 38, n. 2, p. 75, 2002 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442002000200001&lng=en&nrm=iso>. access on 15 Mar. 2020. https://doi.org/10.1590/S1676-24442002000200001.</ref> <ref>PORTO, Mayla Yara. Uma revolta popular contra a vacinação. Cienc. Cult., São Paulo , v. 55, n. 1, p. 53-54, Jan. 2003 . Available from <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252003000100032&lng=en&nrm=iso>. access on 15 Mar. 2020.</ref> <ref> Rio de Janeiro (Cidade). Secretaria Especial de Comunicação Social. 1904 - Revolta da Vacina. A maior batalha do Rio / Prefeitura
da Cidade do Rio de Janeiro.– A Secretaria, 2006. [http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4204434/4101424/memoria16.pdf PDF] aces. 15 Mar. 2020</ref>
 
{{Referências}}