Manuel Dias de Abreu: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foi deletada uma informação sobre a indicação de Manoel de Abreu ao Prêmio Nobel no parágrafo 6 e inserida informação mais correta e detalhada sobre a indicação do cientista brasileiro à premiação pelo Nobel no parágrafo 8.
Linha 31:
Em 1922 retornou ao [[Brasil]] e assumiu a chefia do Departamento de Raios X da Inspetoria de Profilaxia da [[Tuberculose]], no Rio de Janeiro. Por esta época, intensifica as pesquisas de radiografias do tórax mas os resultados são desanimadores. Apenas em 1935, em decorrência dos aprimoramentos dos aparelhos radiográficos, retomou suas experiências no antigo Hospital Alemão do Rio de Janeiro. É nesse período que o cientista concebe um método rápido e barato de tomar pequenas chapas radiográficas dos pulmões para maior facilidade de diagnóstico, tratamento e profilaxia da tuberculose e do [[câncer]] de pulmão. Era a invenção da [[abreugrafia]], nome dado em homenagem ao cientista e reconhecida em 1936 pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e depois adotada universalmente.
 
O inventor do exame, Manuel Dias de Abreu, foi indicado ao Nobel em 1950 e teve o invento batizado em sua homenagem no Brasil. Em outros países o exame recebeu nomes como: "schermografia" (Itália), "roentgenfotografia" (Alemanha), "fotofluorografia" (França) e "microrradiografia" (Portugal). No Brasil, comemora-se no dia quatro de janeiro (04/01) o "Dia Nacional da Abreugrafia".
 
Manoel Dias de Abreu lecionou Radiologia em inúmeras instituições científicas do Brasil e exterior e foi membro das mais importantes organizações médicas do mundo. Foi cavaleiro da [[Legião de honra]] (França) e detentor de inúmeros prêmios, entre eles a medalha de ouro que recebeu nos [[Estados Unidos]] em [1950 como médico do ano do Colégio Americano de Médicos do Tórax.
Linha 37:
No campo da medicina e da pesquisa, publicou ''Idéias gerais sobre o radiodiagnóstico na tuberculose'', ''Estudos sobre o pulmão e o mediastino'', ''Nova radiologia vascular'' e ''Radiologia do coração'', que o consagraram. Além disso, Abreu publicou obras poéticas: ''Substâncias'', ilustrada por [[Di Cavalcanti]] e ''Poemas sem realidade'', que ele mesmo ilustrou.
 
Ao lado de [[Carlos Chagas]], [[Vital Brazil]], [[Osvaldo Cruz]] e outros, Manoel Dias de Abreu está entre os grandes vultos da medicina brasileira. Recebeu pelo menos cincoseis indicações para o Premio Nobel de Medicina e Fisiologia, com quatro indicações em 1946, uma em 1951 e uma em 1953, embora nunca tenha sido laureado<sup>[2]</sup>.
 
Manoel Dias de Abreu morreu, em 1962, de forma trágica (e irônica, para um pneumologista), de câncer de pulmão, provavelmente, causado pelo fumo, hábito que mantinha desde longa data.
Linha 47:
Diferente do que foi divulgado até agora, todos os documentos oficiais (certidão de casamento civil e religioso e registros do Cemitério da Consolação) dão conta que Manoel de Abreu nasceu em 1891. O fato veio à tona na publicação "O Mestre das Sombras - Um Raio X Histórico de Manoel de Abreu" escrita pelo jornalista e historiador Oldair de Oliveira.
 
{{Referências}}2 ↑ Pittella, J.E.H. O banco de dados do Prêmio Nobel como indicador da internacionalização da ciência brasileira entre 1901 e 1966. História, Ciências, Saúde - Manguinhos. v. 25, n. 2, p. 569-590, 2018.{{Portal3|Rio de Janeiro|São Paulo|Saúde|Educação}}
{{Referências}}
 
{{Portal3|Rio de Janeiro|São Paulo|Saúde|Educação}}
 
{{DEFAULTSORT:Manuel Dias Abreu}}